Com a crise gerada devido ao surgimento massivo de casos de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, na União Européia (UE), o consumo de carne bovina caiu 12% em 1999. No entanto, em 2002, o consumo deste produto tem se recuperado, com um aumento de 9% com relação a 2001, segundo indica um informativo publicado pela Comissão Européia sobre as perspectivas dos mercados agrários entre 2002 e 2009. De acordo com este informe, a produção permanece em níveis relativamente baixos, enquanto os preços ao produtor estão relativamente altos.
Para os anos de 2002 e 2003, os especialistas da Comissão Européia esperam que a produção de carne bovina aumente, alcançando os 7,67 milhões de toneladas de carne em 2004. As principais razões deste aumento seriam a recuperação dos preços e o fim dos programas de destruição de animais. Posteriormente, a produção de bovinos alcançaria seu mínimo na campanha de 2005/06, reduzindo-se a 7,56 milhões de toneladas. Nesta campanha, terão sido implementadas algumas medidas adotadas na mini-reforma da Organização Comum de Mercado (OCM) de carne bovina aprovada em junho do ano passado, dirigidas a reduzir a produção. Para o ano de 2009, a produção voltaria a aumentar até 7,64 milhões de toneladas. Estas projeções estão baseadas na premissa de que a destruição de todos os animais britânicos de mais de 30 meses de idade se manterá até a primavera de 2004.
Com o efeito conjunto da menor produção e maior consumo, o balanço de carne bovina parece ser favorável. Os estoques sob intervenção governamental deverão ser eliminados em 2005. Além disso, a expectativa é de que não haja novas compras durante o período analisado. Além disso, a previsão é de que as exportações sejam capazes de absorver as evoluções da produção.
Fonte: Agrodigital, adaptado por Equipe BeefPoint