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Mapa promete divulgar novo Sisbov nessa sexta

Com as divergências entre produtores, indústria e governo, harmonizadas, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), divulgará na sexta-feira as novas regras do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov). Uma reunião será marcada na próxima semana para bater o martelo no novo Sisbov.

“Teremos um sistema de avaliação e auditoria muito mais eficiente”, garantiu o ministro Roberto Rodrigues.

Anunciada no início de fevereiro, a reformulação do Sisbov criou um cronograma de identificação de 100% dos animais a partir do desmame até 2009. A reforma incluiu o registro global das propriedades certificadas e habilitadas a exportar. Também introduziu os controles de insumos, como vermifugações e vacinações. E foi garantido o acesso à base de dados por autoridades estaduais.

O Sisbov tem sido usado como argumento pela União Européia para retardar a retomada das importações da carne brasileira. O bloco informou que só retomará os embarques após avaliar o funcionamento do sistema.

Entre os problemas surgidos durante a discussão das mudanças, os pecuaristas temiam o uso das informações do sistema pela Receita Federal para controlar o pagamento de impostos e também resistiam a rastrear todo o gado nas propriedades. Sem falar sobre quem deve pagar a conta.

Até dezembro de 2008, os dois modelos de Sisbov serão paralelos. As certificadoras vão vistoriar as fazendas a cada seis meses. Até 2009, porém, será mantido o prazo mínimo de 40 dias de permanência na base de dados antes do abate. A UE exige, no mínimo, 90 dias nas fazendas habilitadas e não admite a mistura com animais de outras propriedades.

As informações são do Estadão/Agronegócios e de Mauro Zanatta para o jornal Valor.

0 Comments

  1. Nathaniel Cintra disse:

    Eu sou pecuarista na região do pantanal do MS, região não habilitada à exportação para UE. Entretanto, os frigoríficos exigem e me penalizam senão envio animais rastreados.

    Por não ser da região habilitada nosso preço tem um diferencial a menos, e bastante significativo. Se não tenho benefício, por que tenho que rastrear meu rebanho?

    Um caso interessante aconteceu a poucos dias quando estava abatendo 90 bois que vendi ao Independência-Anastácio/MS. A unidade de Anastácio está dentro da região não habilitada, no entanto exigem o rastreamento, e pagam menos pelo nosso gado. Durante o abate, perguntei por que estavam jogando os brincos no cesto de lixo na sala de pesagem, e completando perguntei se eram capazes de me informar em qual caixa de alcatra, por exemplo, estava determinado animal. A resposta foi que eles não rastreavam do abate para frente. Interessante não? Para que que serve o rastreamento?

    Me faz lembrar do episódio das caixas de pronto socorro obrigatória nos veículos há algum tempo atrás, das bicicletas e guarda chuvas do tempo do Ministro Guerra, lembra-se? Tudo não passava de armação para beneficiar grupos amigos de políticos. Maracutaia total.

    Os ganhadores, companhias como Allflex, Frigoríficos, rastreadoras, veterinários etc.

    Isto só acontece neste país, conhecido hoje como o país onde os políticos tem duas fontes de renda: o salário como funcionário publico, e o mensalão.