A carne ainda é o principal alimento presente nas mesas dos consumidores dos Estados Unidos. Em 2002, os consumidores norte-americanos consumiram o maior nível de carne já registrado no país, segundo informado pelo economista agrícola da Universidade do Estado de Kansas, James Mintert. “O consumo per capita total de carnes, incluindo carnes vermelhas e de aves, pelos consumidores dos EUA, foi de cerca de 99,337 quilos durante 2002, o que é um novo recorde”.
Estes dados fazem um grande contraste com os dados de 1960, quando o consumo médio total de carnes era de 75,296 quilos per capita e, de 1980, quando o consumo per capita atingiu o volume médio de 88,451 quilos. Em 1990, este volume médio foi de 90,265 quilos por pessoa no ano. No entanto, o aumento no consumo de carnes não ocorreu igualmente entre todos os setores de carnes, tendo sido mais expressivo no setor de carne de aves.
O consumo de carne de frango em uma base de peso no varejo foi de cerca de 36,28 quilos em 2002, o que denota um aumento de 240% desde 1960, quando o consumo foi de 10,66 quilos por pessoa. Em contrate, o consumo de carne bovina mudou pouco durante o mesmo período, aumentando somente 6%, enquanto o de carne suína caiu 14%.
O aumento do consumo de carnes durante o ano de 2002 não significou boas notícias – no sentido financeiro – para os criadores de animais. O consumo recorde ocorreu porque a oferta de carnes atingiu um volume recorde. Este surpreendente aumento no fornecimento de carnes ajudou a baixar os preços dos animais domésticos em 2002, resultando em grandes perdas financeiras aos criadores de bovinos e suínos. Durante este período, o consumo per capita de carnes vermelhas nos EUA aumentou cerca de 2,5% com relação aos níveis de 2001.
No entanto, a menor oferta de animais domésticos nos EUA em 2003 deverá estimular os preços destes animais. A oferta de carne bovina em 2003 deverá declinar cerca de 2% comparado com 2002, o que deverá gerar uma redução no consumo desta carne a níveis próximos aos de 2001. A oferta de carne suína também deverá cair a níveis mais baixos do que os de 2002, possivelmente em cerca de 2%.
“Finalmente, os consumidores norte-americanos não deverão ter a mesma quantidade de carne de frango de 2002, à medida que os criadores destes animais começaram a reduzir sua produção. Além disso, as exportações de carne de frango deverão também melhorar, ainda que não devam retomar os níveis obtidos antes da Rússia proibir as importações de frangos dos EUA. O consumo doméstico de carne de frango deverá cair cerca de 1% com relação aos níveis de 2002, o que marca a terceira vez nas últimas duas décadas que o consumo de carne de frango cai a níveis mais baixos do que no ano anterior”.
Fonte: Atchison Online (por Ray Ladd), adaptado por Equipe BeefPoint