O crescimento de 15,9% nos valores das exportações de carne bovina, devido à elevação em 14% dos preços externos, foi suficiente para compensar a queda das exportações de frango e, principalmente, da carne suína. Desta forma, o comportamento das exportações do complexo carnes ficou praticamente estável. Tal desempenho, no entanto, poderá provocar uma mudança no ranking das exportações brasileiras.
O aumento do preço médio da tonelada exportada garantiu os dados recordes do saldo da balança comercial do agronegócio, de quase US$ 32 bilhões, de janeiro a agosto deste ano, com crescimento de 10,9% nas receitas de exportação, no período, em relação a 2005.
A exceção da soja em grão, que teve uma redução de 3,6%, todos os principais produtos da pauta de exportação do setor apresentaram aumento de preço médio.
As exportações do complexo soja continuam liderando as exportações do agronegócio, com crescimento de 3,4%, passando de US$ 6,56 bilhões, de janeiro a agosto de 2005, para US$ 6,78 bilhões, em igual período de 2006. Ao contrário dos demais setores, este crescimento ocorreu por força do aumento de 5,7% na quantidade exportada.
O crescimento de 15,9% nos valores das exportações de carne bovina, devido à elevação em 14% dos preços externos, foi suficiente para compensar a queda das exportações de frango e, principalmente, da carne suína. Desta forma, o comportamento das exportações do complexo carnes ficou praticamente estável. Tal desempenho, no entanto, poderá provocar uma mudança no ranking das exportações brasileiras.
“No início do ano, a previsão era de que o complexo carnes ficaria em segundo lugar na pauta de exportações do agronegócio, mas o crescimento dos produtos florestais e do setor sucroalcooleiro poderá mudar o quadro”, avalia Ricardo Cotta. Os números das exportações, de janeiro a agosto, confirmam a tendência: as carnes exportaram US$ 5,38 bilhões, mas os produtos florestais já alcançaram os US$ 5,2 bilhões.
Embora a balança comercial do agronegócio continue apresentando resultados recordes, o índice de crescimento das exportações do setor, de 10,9%, ficou abaixo das taxas apresentadas pelos demais setores da economia, de 15,9% no período. Este descompasso diminuiu o peso do agronegócio nas exportações brasileiras, que caiu de 37,7%, de janeiro a agosto de 2005, para 36%, no mesmo período de 2006. As informações são da CNA.