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Rodolpho A. Ortenblad, realizador do Leilão Berço do Tabapuã, fala sobre critérios de seleção, expectativa para o leilão e para a pecuária de corte

Rodolpho A. Ortenblad é engenheiro agrônomo, titular da Fazenda Córrego da Santa Cecília e realizador do tradicional Leilão Berço do Tabapuã, em sua 11ª edição.
Nessa entrevista ao BeefPoint, fala sobre os critérios de seleção adotados pela fazenda, sobre o que selecionadores de Tabapuã e criadores de gado comercial podem esperar para o leilão e sua expectativa para a pecuária de corte.


Rodolpho A. Ortenblad é engenheiro agrônomo, titular da Fazenda Córrego da Santa Cecília e realizador do tradicional Leilão Berço do Tabapuã, em sua 11ª edição.

Nessa entrevista ao BeefPoint, fala sobre os critérios de seleção adotados pela fazenda, sobre o que selecionadores de Tabapuã e criadores de gado comercial podem esperar para o leilão e sua expectativa para a pecuária de corte.

Essa já é a 11a edição do Leilão Berço do Tabapuã, o que evoluiu de 2005 para 2006?

Rodolpho A. Ortenblad: No Leilão Berço procuramos trabalhar como em nossa Seleção, sempre preconizando para que as gerações vindouras superem as anteriores.

Apertar no crivo seletivo sempre foi rotina desde o início da formação da raça Tabapuã, além de trabalhar com animais Provados em PGPs de linhagens de alta performance reprodutiva e com DEPs de ponta.

Já nas fêmeas; novilhas de famílias eficientes, com mães de excelentes índices produtivos de IPP, IEP e PMD.

Procuramos ofertar Genética Avaliada e Provada e a cada ano este crivo é mais acirrado.

Nas divulgações do leilão, a Fazenda Córrego da Santa Cecília sempre utiliza o bom humor. Qual a mensagem que vocês desejam passar a quem investe no Leilão Berço do Tabapuã?

Rodolpho A. Ortenblad: Procurar sempre inovar, bom humor é obrigação, estamos vivos e com saúde para lutar, só isto já é uma dádiva.

Apesar da longa crise no setor, aprendemos que, com eficiência teremos o fator de diferença para a sobrevivência no mercado, a cada dia mais competitivo. Aprendemos também que não adianta esperar nada do Governo, infelizmente no Brasil o setor produtivo vem sendo esmagado,massacrado.

Com garra,seriedade, critério, gestão, manejo e genética sempre poderemos colaborar para propagar genética confiável para o rebanho nacional.

A frase que abre a divulgação da fazenda é “vencer o conformismo e encarar o desafio de criar seu próprio modelo”. Que modelo o Tabapuã está buscando atualmente?

Rodolpho A. Ortenblad: Sustentar a Bandeira do Zebu mais precoce e mais provado, desde a F1 na formação da raça participamos de provas de performance oficializadas, através de uma boa orientação técnica e coleta precisa de dados temos conquistado a cada geração diferenciais em performance.

Hoje na ABCZ o Tabapuã é a raça que mais cresce em número de RGN e RGD proporcionalmente ao seu rebanho P.O.

Vocês afirmam que “reprodução, produção e produto tem que caminhar juntos”, como o Tabapuã atende a essas três demandas?

Rodolpho A. Ortenblad: Reprodução para quem trabalha com seleção é base, hoje a reprodução está fincada em 3 pilares, precocidade reprodutiva, eficiência (intervalo entre partos) e peso médio a desmama que se resumem na Habilidade Materna mais Provável, onde a Matriz Tabapuã é incomparável mãe. A longevidade desta matriz também é impórtante mas isto é natural, matriz boa fica, matriz ineficiente Tchau!

Hoje temos em nosso rebanho várias matrizes com 15 a 18 anos que não conseguimos descarta-las pois estão acima da média de HMMP.

Percebemos com Projetos realizados no passado que a arrancada que um bezerro bem desmamado tem, ele consegue manter na recria até o abate. Só com arranque que um avião decola e o mesmo acontece no rebanho, habilidade maternal é base, e o Tabapuã tem de sobra.

Produção é fruto de uma boa nutrição “a pasto”. Dentro da realidade nacional temos muita oferta de forragem, o que precisamos é uma genética que desfrute desta nutrição,que tenha eficiência na conversão e neste quesito o Tabapuã é Show, uma maquina de transformar capim em @ com alto rendimento de carcaça. Produto é fruto! Realizando o dever de casa acima é só colher!


Quais os resultados de provas de performance vocês poderiam apresentar?

Rodolpho A. Ortenblad: Indico três textos super interessantes escritos pelo nosso diretor técnico, todos tem muito conteúdo e como estão muito bem redigidos passo a minha palavra para o Edson Ribeiro.

Os textos estão nos links:
  .:www.tabapua.org.br/tabanews01.htm
  .:www.tabapua.org.br/tabanews02.htm
  .:www.tabapua.org.br/tabanews03.htm

Qual sua recomendação para quem deseja iniciar ou ampliar seu plantel de Tabapuã PO? O que vocês estarão ofertando para esse cliente no leilão?

Rodolpho A. Ortenblad: Estaremos ofertando “famílias” com todos os dados de eficiência comprovada.

Algumas linhagens abertas para aqueles que queiram refrescar seus rebanhos e algumas linhagens fechadas para aqueles que necessitem apurar seus rebanhos.

Genética avaliada e Provada.

Qual a importância da visão de longo prazo e persistência na seleção PO, para um comprador de touros para uma vacada comercial?

Rodolpho A. Ortenblad: Confiabilidade. O comprador de touros para uma vacada comercial deveria sempre prestar atenção na frase “vaca de tostão, boi de milhão”.

Acredito muito em “vaca e boi de milhão” no bom sentido, não há nada mais prazeroso a um selecionador do que ver o seu rebanho valorizado dentro de uma realidade, isto é sinal de credibilidade e certamente precisamos de muito critério, seriedade e persistência para consegui-la.

Qual a sua expectativa para a pecuária de corte em 2007?

Rodolpho A. Ortenblad: Que os cartéis desabem, que o livre mercado seja respeitado e que a carne passe a ser remunerada por “qualidade” e não por peso. O setor não merece este atraso.

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