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28 de setembro de 2006
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30 de setembro de 2006

Governo argentino flexibiliza restrições à exportação

A Argentina relaxou as restrições às exportações de carne bovina impostas em março deste ano. A cota para exportação de carne resfriada e congelada será elevada para 70% do volume exportado de junho a novembro de 2005.

Notícia do jornal Valor Econômico informou que a Argentina relaxou as restrições às exportações de carne bovina impostas em março deste ano. A cota para exportação de carne resfriada e congelada será elevada para 70% do volume exportado de junho a novembro de 2005.

De acordo com o jornal argentino La Nación, enquanto produtores e frigoríficos argentinos buscam um consenso para que o governo diminua as restrições às exportações de carne bovina, não se descartava que, caso não fosse feito um acordo entre esses setores, ocorreria nova prorrogação na resolução publicada em julho passado. Segundo a Agência Reuters, a primeira prorrogação ocorreu no início de setembro e permitiu manter as exportações de 40% do volume exportado entre primeiro de junho e 30 de novembro do ano passado.

Em linhas gerais, a iniciativa dos produtores consiste em garantir o abastecimento de 12 cortes a preços populares, concordado em abril, até dezembro de 2007. Os frigoríficos também falam em garantir o abastecimento interno, mas não o limitariam, como propõem os produtores, a certos cortes, e querem a possibilidade de exportar sem restrições.

O setor produtivo e industrial não tem mantido nos últimos meses boas relações devido às duras críticas que os produtores fizeram contra a indústria. A acusação é que os frigoríficos, supostamente, aproveitaram-se da queda de preços dos animais, de até 30%, após a proibição das exportações de carnes, em março passado.

Apesar disso, estão sendo feitas reuniões entre os setores para que se chegue a um entendimento. “O acordo é uma necessidade”, disse uma fonte da indústria.

Produtores e as indústrias argentinas concordam em uma coisa: exigirão do governo um cronograma para uma maior abertura das exportações. A produção quer também uma redução nos impostos de 15% a 10% para que possam subsidiar os cortes populares no mercado interno com os de maior valor.

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