A exemplo de Santa Catarina, que em fevereiro do próximo ano deve encaminhar à OIE um pedido para que o estado seja reconhecido como área livre da febre aftosa 'sem vacinação', o secretário de Produção e Turismo e responsável pelo Iagro, João Cavalléro, defende que Mato Grosso do Sul deve caminhar no mesmo sentido, ainda que em médio prazo.
A exemplo de Santa Catarina, que em fevereiro do próximo ano deve encaminhar à OIE um pedido para que o estado seja reconhecido como área livre da febre aftosa ‘sem vacinação’, o secretário de Produção e Turismo e responsável pelo Iagro, João Cavalléro, defende que Mato Grosso do Sul deve caminhar no mesmo sentido, ainda que em médio prazo. O fim da vacinação contra febre aftosa, segundo ele, significa a conquista de mercados mais competitivos, a exemplo do Japão e Estados Unidos.
Cavalléro é médico veterinário pós-graduado em Doenças Infecto-contagiosas e já ocupou funções de destaque como diretor do Departamento de Defesa Animal do Mapa, em Brasília; e também foi vice-presidente da OIE para as Américas e Delegado do Brasil junto a OIE. Ele aponta que a mudança é necessária e sem volta.
“O ideal seria que as entidades de classe e os produtores, principalmente, compreendessem no que reflete o fim da vacinação contra a aftosa. Os países de primeiro mundo não vacinam seus rebanhos, já exterminaram a doença há anos e em breve estarão exigindo isso dos países exportadores”, justifica.
Embora defensor dessa mudança, ele reconhece que o momento é de recuperação do mercado comercial. “O primeiro passo esta no restabelecimento do status de área livre da febre aftosa com vacinação em Mato Grosso do Sul, aliado a medidas estruturantes que permitam que toda a América Latina caminhe junta nesse sentido”, defende ele se referindo a pauta conjunta entre o estado e o Paraguai, onde ficou definido itens que serão implementados, como o geoprocessamento da região para mapear as propriedades e cadastrar o rebanho, identificação diferenciada do gado de fronteira, ação conjunta no controle do trânsito de animais, vacinação conjunta e assistida por um técnico credenciado pelos órgãos competentes e criação de um banco de dados com acesso franqueado aos dois países.
As informações são da assessoria de imprensa da Seprotur/MS.
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Como todo estado economicamente agropecuário, todos vão tentar chegar a este status, mas não como e com toda esta pressa do Dr. Cavallero.
As cobranças do importadores de carne do Brasil só tendem a aumentar, não só da carne bovina como também das outras espécies animais. Participando de um curso sobre sanidade dos equideos nesta semana passada, ficou já bem determinado que nós só vamos vender carnes de equideos, se conseguirmos controlar e tentando erradicar as doenças que acometem os mesmos.
Toda e qualquer barreira sanitária imposta pelos importadores nós só temos um meio de prosseguir como um dos já maiores exportador de animais, carnes e derivados dos mesmos: cumprir a dita cuja, o mais rápido possível.
Se for assim, tão fácil, o Paraguai será considerado como zona Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação pela OIE antes que Santa Catarina…
Eu penso que é muito arriscado ser livre sem vacinação, pois já temos focos de febre aftosa vacinando, e o aparecimento de novos focos traz um prejuízo econômico muito grande, não valendo a pena correr esse risco.
Realmente não é hora de se precipitar. Todos têm que se recuperar primeiro do que aconteceu no sul do MS. Com vacinação, imagine sem.