Uruguai quer melhor acesso à Coréia para processados

Os frigoríficos uruguaios estão negociando com importadores da Coréia do Sul, mas continuam buscando produtos que agilizem as exportações. As autoridades sanitárias coreanas habilitaram há alguns meses mais 11 plantas frigoríficas uruguaias para exportar produtos de carne termoprocessados e, desde então, as empresas começaram a sondar o mercado enviando alguns cortes de dianteiro (os de menor valor) e alguns produtos como tendões bovinos, já tradicionais neste mercado.

Segundo o gerente do Frigorífico Canelones, Hugo Caorsi, os preços recebidos na Coréia do Sul não são muito maiores do que se receberia com a venda dessas mercadorias cruas a outros mercados, mas os negócios estão sendo encarados com a perspectiva de que possam melhorar.

Já com o Japão, o Uruguai não tem realizado negócios no setor de carne cozida e produtos que receberam processamento térmico. Segundo Caorsi, o mercado japonês está “muito abastecido”. Quando o Uruguai foi habilitado a exportar carne cozida ao Japão, os frigoríficos tinham a expectativa de que este mercado se converteria em um grande nicho para línguas bovinas, que antes de 2000 eram importadas cruas a altos preços.

Caorsi se mostrou mais esperançoso de que o Uruguai consiga vender carne bovina maturada e desossada à Coréia antes que ao Japão. No próximo dia 16 de novembro, o diretor geral de Serviços Pecuários, Francisco Muzio, e o presidente do Instituto Nacional de Carnes, Luis Alfredo Fratti, viajarão a ambos os países para começar novas gestões.

Com a Coréia do Sul, será firmado um convênio para troca de técnicos, para avançar em novos relatórios que permitam que o Uruguai venda cortes de carne bovina fresca ao país asiático. O Governo uruguaio, através da embaixada uruguaia na Coréia, já está fazendo gestões políticas para derrubar a barreira que impede entrar neste mercado com carne fresca. A reportagem é do jornal uruguaio El País.