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Mercado do boi gordo – 14/11/2006

O mercado do boi gordo teve mais uma semana de baixa. O indicador Esalq/BM&F fechou a terça-feira cotado em R$ 55,56/@, queda de 1,84% na semana. O dólar teve pequena valorização na semana, baixando a cotação em dólares do boi gordo, cotado a US$ 25,81/@, queda de 2,7% na semana. A cotação do boi gordo em dólares, um dos indicadores que mais pressionam os preços atualmente, vem caindo nas últimas semanas, acumulando recuo de 12,4% no mês.

O mercado do boi gordo teve mais uma semana de baixa. O indicador Esalq/BM&F fechou a terça-feira cotado em R$ 55,56 /@, queda de 1,84% na semana. O indicador Esalq/BM&F para bezerro fechou praticamente estável, cotado a R$ 369,58/cabeça. O dólar teve pequena valorização na semana, baixando a cotação em dólares do boi gordo, cotado a US$ 25,81/@, queda de 2,7% na semana. A cotação do boi gordo em dólares, um dos indicadores que mais pressionam os preços atualmente, vem caindo nas últimas semanas, acumulando recuo de 12,4% no mês.

Gráfico 1. Esalq/BM&F em R$/@ e US$/@


No mercado futuro, a semana foi de forte oscilação, com reduções na semana nos contratos para nov/06 (-R$0,20/@) e fev/07 (-R$0,19). Os demais contratos tiveram alta média de R$ 0,56/@, com destaque para abril, maio, julho e agosto de 2007. Alguns analistas de mercado acreditam que não mais espaço para tantos recuos (veja notícia).

Gráfico 2. Evolução do mercado futuro (nov/06 e mai/07)


No mercado físico, a semana foi novamente de quedas, mais acentuadas que o mercado futuro. Houve recuos em 15 das 24 praças levantadas pelo iFNP. Porto Alegre/RS e Paragominas/PA foram as únicas praças com altas na semana, recuperando os preços de 14/out.

No mercado atacado, a carne bovina teve pequena baixa na semana, com recuo do dianteiro. O equivalente físico caiu 1,1%, para R$ 53,79/@. Como o indicador Esalq/BM&F caiu ainda mais, a diferença entre o equivalente físico e indicador Esalq/BM&F caiu novamente na semana, fechando em R$ 1,77/@. O valor mais baixo do spread em 2006 ocorreu nessa segunda-feira, 13/11. Isso indica que os preços da carne bovina no atacado dão sustentabilidade para aumentos da cotação do boi gordo.

Gráfico 3. Spread indicador Esalq/BM&F x equivalente físico do boi


Os preços da carne no atacado, altos em relação ao indicador, e a queda da arroba em dólares dão sustentabilidade para uma reação nos preços do boi gordo. No entanto, o principal fator que mantém os preços da arroba é a oferta de gado para abate, principal fator formador de preço do boi.

Com a segunda quinzena de novembro, o número de animais confinados diminui a cada dia, favorecendo possíveis altas nos preços do boi gordo. Em várias regiões do Brasil as chuvas chegaram mais cedo esse ano, mas ainda não há volume significativo de animais de pasto para abate. Com isso, as escalas encurtaram em vários estados brasileiros na última semana, reforçando a possibilidade de alta de preços do boi gordo. É provável que tenhamos um “vazio” de animais para abate no final de novembro e início de dezembro.

0 Comments

  1. Deniz Ferreira Ribeiro disse:

    Lamentável o uso de uma ferramenta que foi criada para proteger a produção – o mercado futuro – se prestar a atender à voracidade de ganhos dos compradores de boi gordo, que desavergonhadamente manipulam as cotações, comprando e vendendo contratos para conduzir as cotações aos valores por eles desejados. Este mau uso de uma ferramenta útil e o referenciamento dos preços da arroba do boi em dolares, como se o mercado de câmbio de hoje não estivesse totalmente enviesado e pudesse servir para comparar preços numa série histórica, estão sendo tão ou mais danosos à pecuária de corte do que a própria febre aftosa. É triste, muito triste!

    Deniz Ferreira Ribeiro
    Produção de gado de corte
    Águas de Sta. Barbara/SP
    Ribas do Rio Pardo/MS