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Em meia à polêmica, EUA abandona identificação obrigatória

O Governo federal dos EUA está abandonando os planos de obrigar os produtores de bovinos, suínos e aves a registrar uma base de dados nacional com a intenção de ajudar a limitar surtos de doenças. Diante de uma ampla oposição, o USDA disse que o programa de rastreabilidade animal deverá permanecer voluntário.

O Governo federal dos Estados Unidos está abandonando os planos de obrigar os produtores de bovinos, suínos e aves a registrar uma base de dados nacional com a intenção de ajudar a limitar surtos de doenças. Diante de uma ampla oposição, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) disse que o programa de rastreabilidade animal deverá permanecer voluntário.

Muitos produtores dos EUA estão cautelosos com o programa porque querem que seus registros se mantenham confidenciais e não querem pagar pelo sistema. A indústria estima que custaria mais de US$ 100 milhões anualmente para registrar e reportar os movimentos dos animais.

Não são somente os produtores individuais que estão preocupados com o programa. O estado de Vermont decidiu em agosto remover sua participação no sistema porque os oficiais estão preocupados com a privacidade das informações.

Até agora, cerca de 23% das fazendas, confinamentos e outros estabelecimentos se registraram junto ao USDA. A meta do USDA é ter todas os estabelecimentos registrados até janeiro de 2008 e ter total participação no sistema em janeiro de 2009.

O Sistema Nacional de Identificação Animal (National Animal Identification System – NAIS), identificaria os bovinos individualmente com brincos ou outros dispositivos. Existem várias formas de alta tecnologia de monitorar seus movimentos, o que é feito freqüentemente com identificadores de orelha de radiofreqüência, mas também com scans de retinas dos olhos ou até mesmo teste de DNA. Os suínos e aves poderiam ser registrados em lotes porque esta é a forma como tipicamente esses animais se movimentam através da cadeia alimentar.

No ano passado, o secretário da Agricultura dos EUA, Mike Johanns, anunciou que a participação no programa seria obrigatória em 2009. Depois, Johanns disse que esta obrigatoriedade seria exigida “um dia”.

O vice-secretário para comercialização e regulamentação do USDA, Bruce Knight, disse que 2009 ainda é a meta para a participação total no programa. Ele se diz confiante de que o programa funcionará bem mesmo sendo voluntário, dizendo que o foco da discussão foi desviado para a questão do programa ser ou não obrigatório, sendo que o mais importante é que ele se torne operacional.

As informações são do site Seattlepi.nwsource.com.

0 Comments

  1. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    E nós, pecuaristas do nosso Brasil varonil, quando iremos nos mobilizar? Todos contra o cartel dos frigoríficos mas cada um lutando sozinho…. e o Sisbov ? E a aftosa ? Até quando vacina será papel? O artigo acima não detalha exatamente como seria o funcionamento do banco de dados nos EUA mas não é isso que importa e sim que, uma vez insatisfeitos, os produtores se mobilizaram e o governo recuou. Esse é o exemplo!

  2. Antonio Pereira Lima disse:

    No dia em que o pecuarista brasileiro estiver de cabresto, assim como o avicultor e o suinocultor, sentirá saudades do tempo em que tinha liberdade para comercializar seu produto. Estão abrindo a nossa caixa preta, querem saber quantos bois existem com idade para o abate, e onde estão. É estranho ver os setores interessados na rastreabilidade, não se importarem muito com a sanidade.

    Será que um dia virá à tona que, a aftosa, a rastreabilidade, os embargos de carne etc..etc..etc eram só pegadinhas do mercado? Isto tudo é que está fazendo com que, poucos estão ganhando muito, e muitos não estão ganhando nada, e ainda por cima com muitos deveres e pouco direito. Chega de armadilhas,não deixem que coloquem as amarras, porque a bolinha vermelha no meu nariz já está fazendo calo. Eu achava o mineiro desconfiado, mas o americano,é muito mais.