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Mercado da carne bovina no atacado – 05/12/06

Mercado firme no atacado da carne bovina neste semana. O traseiro e a PA recuperaram os preços registrados no início de novembro, acumulando, respectivamente, +8,24% e +15,79% na semana. O dianteiro, apesar de alta de 10,64% na semana, ainda acumula -10,34% no mês. Uma redução no nível de oferta de carne impulsionou a alta, junto com a melhora na demanda, um função do início do mês (maior poder aquisitivo).

Mercado firme no atacado da carne bovina neste semana. O traseiro e a PA recuperaram os preços registrados no início de novembro, acumulando, respectivamente, +8,24% e +15,79% na semana. O dianteiro, apesar de alta de 10,64% na semana, ainda acumula queda de 10,34% no mês. Uma redução no nível de oferta de carne impulsionou a alta, junto com a melhora na demanda, um função do início do mês (maior poder aquisitivo).

A carne é negociada a R$ 4,60 x R$ 2,60 x R$ 2,20 (dianteiro x traseiro x PA). A diferença entre os maiores preços negociados no ano – o que ocorreu próximo a 16 de outubro quando o indicador Esalq/BM&F apontava para o boi a R$ 63,15/@ a vista em SP – e hoje é maior no dianteiro, que acumula queda de 18,75% de lá até hoje. O traseiro, que chegou a ser negociado a R$ 5,00 no pico de preços, hoje está 8,00% abaixo daquele patamar.

Gráfico 1. Evolução das cotações da carne bovina no atacado paulista


O mercado está bastante aquecido para cortes de alto valor do traseiro, o que é um reflexo direto do maior poder aquisitivo. Muitas peças são muito bem negociadas com a elevação da demanda, como o contra-filé, cuja alta é de 10,74% na semana. A picanha, apesar de não haver variação na semana, está em um patamar de preços bastante elevado.

A cotação do traseiro 7 cortes, que compreende coxão mole, coxão duro, lagarto, patinho, alcatra, contra-filé e filé mignon, ainda tem uma recuperação tímida no preços, de 1,63% na semana, em função do mercado desaquecido para cortes de menor valor, como o coxão mole, que acumula -7,83%, e o patinho, com -9,48% na semana. A tabela 1 representa os preços e variações negociados no atacado, com base no Boletim Intercarnes. A última coluna faz referência à data em que o atacado negociou nos maiores valores do ano na carne com osso.

Tabela 1. Preços e variações no atacado


O spread equivalente físico do boi no atacado – indicador Esalq/BM&F dá uma idéia de sustentação do mercado interno para os preços do boi gordo. Em uma semana, enquanto o equivalente físico do boi acumulou alta de 9,51%, o boi acumula recuperação de 3,04%, fazendo com que o spread caia para R$ 1,32/@.

Este é um dos menores valores no ano, fator positivo para sustentar a alta nos preços do boi, desde que a melhora se consolide e seja repassada à montante na cadeia. O outro momento em que ocorreu uma redução do spread (13/nov, em R$ 1,23) acabou não tendo impacto positivo nos preços do boi, principalmente porque estavam em queda o Esalq/BM&F e o atacado. Veja a evolução dos dois indicador e o spread entre ambos nos gráficos 2 e 3.

Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F x equivalente físico do boi no atacado


Gráfico 3. Spread Indicador Esalq/BM&F – equivalente físico do boi no atacado

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