O ano de 2002 viu uma certa recuperação das exportações de carne bovina e de bovinos da Irlanda, apesar destas terem permanecido bem abaixo dos níveis de antes da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) ou doença da ‘vaca louca’. Estima-se que as exportações de bovinos vivos aumentaram 23% com relação a 2001, para 124 mil cabeças, em 2002. A maioria deste crescimento foi nas exportações para o continente europeu. No entanto, as exportações de animais vivos da Irlanda ao Líbano aumentaram 136% em 2002.
Estima-se que as exportações totais de carne bovina da Irlanda aumentaram 29% em 2002, para 445 mil toneladas, níveis próximos daqueles de antes da EEB. Houve um aumento de 93% nas exportações de carne bovina da Irlanda para a Rússia, o que foi o principal fator por trás deste aumento total.
Como a Rússia somente retirou as barreiras às importações de carne bovina proveniente da maioria dos países da União Européia (UE) em setembro de 2002, a Irlanda tirou vantagem de seu acesso para vender volumes adicionais de carne bovina ao mercado russo. Entretanto, a retirada geral das proibições aos produtos da UE e a recente decisão da Rússia de impor cotas e tarifas de importação às carnes deverão provavelmente reduzir as exportações de carne bovina irlandesa a este país.
De acordo com a agência irlandesa de alimentos, Bord Bia, os criadores de bovinos do país estão esperando aumentar em 8% suas vendas em 2003, aumentando a disponibilidade total de carne bovina para exportação da Irlanda em 50 mil toneladas. Com o aumento da disponibilidade e a redução do interesse da Rússia, a Irlanda poderá se tornar mais competitiva na região do Oriente Médio. O país não exportou carne bovina ao Egito em 2002 – este era o maior mercado de exportação de carne bovina da Irlanda antes da EEB.
Fonte: Meat & Livestock Australia (MLA), adaptado por Equipe BeefPoint