O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Alves Maciel, encaminhou ontem a todas as Superintendências Federais de Agricultura nos estados ofício circular determinando a aplicação de multa e suspensão temporária das graxarias que ainda não se adequaram à Instrução Normativa nº 15, publicada em 2003.
O secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Gabriel Alves Maciel, encaminhou ontem a todas as Superintendências Federais de Agricultura nos estados ofício circular determinando a aplicação de multa e suspensão temporária das graxarias que ainda não se adequaram à Instrução Normativa nº 15, publicada em 2003.
A instrução traz o “Regulamento Técnico sobre as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação para os estabelecimentos que processam resíduos de animais destinados à elaboração de farinhas e sebo. O objetivo é prevenir a ocorrência da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou “Doença da Vaca Louca”, no Brasil.
O prazo para adequação à IN já foi prorrogado duas vezes (em 2004 e 2005). Agora o estabelecimento que não atender às regras poderá receber multa de R$ 5 mil ou R$ 7,5 mil e, conforme o caso, interdição. Para definir a penalidade, o Mapa classificou as fábricas em Grupos 1, 2 ou 3, de acordo com o percentual de atendimento à instrução normativa.
Segundo levantamento do Dipoa, das 326 graxarias vinculadas a frigoríficos de inspeção federal, 69% estão no Grupo 1 (atendem de 70% a 100% das normas), 26% estão no Grupo 2 (de 30% a 69%) e 5% no Grupo 3 (menos de 30%). A expectativa do Mapa é de que a inspeção seja mais rigorosa no Grupo 3. Ao iniciar a aplicação das penalidades, o Mapa espera concluir a implementação da IN e, desta forma, melhorar a estabilidade sanitária do sistema de prevenção de EEB no país.
Ao prorrogar os prazos para adaptação à instrução normativa, o Mapa atendeu ao pedido do setor, que alegou precisar de tempo para adquirir o esterilizador ou adaptar equipamentos para atender a exigência.
A intenção do Mapa é de que o Brasil alcance o patamar de países como Austrália, por exemplo, em relação ao risco de EEB. “Nós também já evoluímos bastante desde 2003, mas é importante que os empresários se conscientizem de que ao adotar as medidas sanitárias recomendadas, todos os elos da cadeia produtiva da carne serão beneficiados”.
As informações são do Mapa.
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É difícil se fazer cumprir o que determina a IN15, o Mapa classifica as graxarias em três níveis (1,2,3), a diferença entre a 2 e 3 esta em relação muitas vezes ao critério de julgamento utilizado pelo auditor.
Em matadouros de mercado interno, no nordeste, prestadores de serviço, muitas vezes arrendado, as avaliações e os critérios serão os mesmos utilizados em matadouros relacionados para exportação?
Esterilização de farinha de carne e osso.
O processo de fabricação de farinha de carne e osso de um modo bem resumido, tem duas etapas dentro de um digestor.
1- Cozimento – Durante este processo o produto mantém a temperatura em torno de 98ºC. Pois nesta etapa ocorre a evaporação da água.
2- Fritura – Durante este processo a água já foi quase toda evaporada e o produto entra na fase de fritura com o sebo. Durante o tempo de fritura o sebo (que não é água e tem o ponto de ebulição bastante alto) atinge a temperatura 140ºC, dependendo da pressão da caldeira, que tem que ser acima de 3 quilos (Bar).
Pergunto: com esta temperatura não é suficiente para a esterilização da farinha?