Com preços em alta nos grão, a indústria de ração animal espera um aumento dos preços deste insumo para 2007. O avanço tecnológico para o processamento de rações é praticamente anulado pela alta dos preços das matérias-primas, como grãos.
Com preços em alta nos grão, a indústria de ração animal espera um aumento dos preços deste insumo para 2007. O avanço tecnológico para o processamento de rações é praticamente anulado pela alta dos preços das matérias-primas, como grãos.
“O próximo ano se caracterizará pelos altos preços dos grãos, o encarecerá os preços das rações. Os frigoríficos terão dificuldade em repassar isso para os consumidores”, diz o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), Sérgio Cutait. Segundo ele, o impacto no preço das carnes terá reflexo no mercado interno.
“Estamos em um período de recuperação. A carne bovina perdeu espaço na mesa e inicia um processo de recuperação de mercado. Mas com os preços altos, não vejo perspectiva de aquecimento interno”, diz Cutait.
Em almoço de confraternização na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ele criticou a morosidade nas mudanças no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Muita coisa tem mudado para melhor no Mapa, porém nossos insumos importados ainda esperam 30 dias para desembarcar no Porto de Santos, por causa da interferência da Anvisa e da Vigiagro”.
Os empresários do setor de rações foram categóricos em dizer que o novo ministro da Agricultura não deve ser apenas um político que assumirá o cargo por acordo do presidente. “Gostaríamos que o ministro Guedes continuasse. Mas vemos que o ministério pode se transformar em moeda de troca política. Isso paralisaria boas iniciativas do ministério atual e do anterior”, disse.
A matéria é de Juan Velásquez, para a Gazeta Mercantil.