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Mercado do boi gordo – 21/12/2006

O mercado do boi gordo teve uma semana de baixa, com queda de 2,4% no indicador Esalq/BM&F cotado em R$ 52,52/@. Com a pequena valorização do dólar, a arroba cotada na moeda norte-americana teve queda ainda maior, de quase 3% na semana, cotada em US$ 24,33/@.

O mercado do boi gordo teve uma semana de baixa, com queda de 2,4% no indicador Esalq/BM&F cotado em R$ 52,52/@. Com a pequena valorização do dólar, a arroba cotada na moeda norte-americana teve queda ainda maior, de quase 3% na semana, cotada em US$ 24,33/@. No mercado de reposição, o indicador Esalq/BM&F para bezerro também teve queda, de 0,6%, cotado em R$ 363,31/cabeça, com a relação de troca em 1:2,39.

Tabela 1. Indicadores do mercado do boi gordo


Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F e Equivalente físico


No mercado físico, das praças levantadas pelo iFNP, apenas Açailandia no Maranhão teve alta, de R$1,00/@. Houve queda de preços em 11 praças pesquisadas e estabilidade em 12.

Tabela 2. Cotações do boi gordo nas principais praças


No mercado atacado da carne bovina, houve queda nas cotações do traseiro e dianteiro, com o equivalente físico recuando para R$ 49,37/@. O spread (diferença) entre o equivalente físico e o indicador Esalq/BM&F está em R$ 3,16/@, tendo aumentado nessa semana em R$ 1,92/@. Quanto maior a diferença entre o equivalente e o indicador, pior para o frigorífico. No entanto, o spread médio durante os últimos 12 meses de R$ 4,32/@, ou seja, em relação a média anual, o preço do boi gordo está barato em relação a carne bovina no atacado.

Tabela 3. Cotações da carne bovina no atacado


Veja no gráfico abaixo, durante os últimos meses a evolução do spread entre o indicador Esalq/BM&F e o equivalente físico.

Gráfico 2. Spread entre indicador Esalq/BM&F e equivalente físico


No mercado futuro, a semana foi de alta nos três primeiros vencimentos (dez/06, jan e fev/07), baixa nos vencimentos de março a julho/07 e alta nos vencimentos de agosto a outubro/07.

Tabela 4. Mercado futuro do boi gordo


Segundo Rodrigo Brolo, da Intercap, “O mercado futuro opera em alta lenta a gradual. Com o ano chegando ao final e a diminuição das ofertas de boi para o abate, o indicador parou de cair e com isso o mercado futuro sobe lentamente, já que está sendo negociado com deságio na Bolsa. A expectativa ainda é de ligeira alta para a semana que vem, com investidores vendidos liquidando suas posições, para uma nova pressão de baixa na primeira semana de janeiro com o tradicional aumento nas ofertas que costuma acontecer”.

As escalas se ampliaram pouco essa semana, com destaque para GO, MG, MT e RS. Segundo Elio Micheloni, da Terra Futuros, “Há escalas agendadas para a primeira semana de janeiro com preço a ser negociado, ou seja, há pecuaristas com bois prontos garantindo o dia para abater sua boiada.”

Nos últimos dias, o IBGE divulgou dados do abate do terceiro trimestre de 2006 (julho a setembro), indicando um aumento de 7,3% com relação ao 3º trimestre de 2005 e de 5,3% com relação ao 2º trimestre de 2006. Segundo o IBGE inicia-se uma reversão do ritmo de abate de vacas. Para ler a notícia completa, clique aqui.

Para os próximos dias espera-se estabilidade, com poucos negócios nesse período de festas e fim de ano.

0 Comments

  1. Tertuliano Miguel de Arêa Leão disse:

    O problema fundamental é que o produto cai de preço rapidamente para o produtor e permanece na alta para o consumidor. O lucro fica em dois segmentos: Frigorífico e Supermercado.

    Rastrear teve finalidade de prejudicar o produtor. Não subiu o valor para o gado rastreado e sim abaixou o valor do gado não rastreado. O produtor no frigorífico é geralmente só penalizado. Quando o gado é entregue na fazenda para a transportadora tudo que acontece com o animal depois é descontado do produtor.

    O único vendedor de um produto que o tem pesado pelo comprador é o pecuarista. E ainda, da maneira que ele bem entender. Haja paciência.