O fim das chuvas é sinal de pastos secos e, consequentemente, maior oferta de boi gordo nos frigoríficos, marcando o final da safra bovina. Essa realidade leva à queda no preço da arroba. Entretanto, de acordo com o assessor técnico da Federação da Agricultura do Estado de Goiás (Faeg), Luiz Belchior, por enquanto não é possível fazer uma projeção mais concreta do valor da arroba bovina nos próximos meses.
Isso ocorre porque vários fatores podem influenciar o mercado, provocando reações diferenciadas. Segundo Belchior, uma delas é a chuva. A expectativa é que, caso o período chuvoso se estenda um pouco mais, os preços continuem estáveis, na última semana a média, em Goiânia, foi de R$ 51,00 a arroba, registrando leve queda.
As exportações também influenciam no mercado interno. Nos meses de janeiro e fevereiro de 2003 foi detectado aumento de 33% em relação ao mesmo período do ano passado, o que faz com que a oferta interna diminua e o preço da arroba aumente. Entretanto, o resultado de um relatório sobre a sanidade do rebanho brasileiro, preparado pela Comunidade Econômica Européia (CEE), que deve ser divulgado no final do mês de maio, traz mais insegurança aos produtores.
Se o resultado for negativo as exportações estarão comprometidas, fazendo com que o fantasma da queda de preços volte a assombrar produtores que, conforme o assessor, estão jogando na loteria ao optar por vender sua produção ou aguardar o fim das chuvas. A cotação da arroba do boi gordo, segundo a Bolsa de Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&F), é de R$ 54,62 para o mês de abril, R$ 53,71 em maio e R$ 55,50 em junho. Normalmente, os preços em Goiás são cerca de R$ 3,00 mais baixos que os de São Paulo.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint