Segundo Jean-Yves Carfatan, especialista em agronegócio, o protecionismo agrícola dos europeus está perdendo força. Na França, um de seus principais redutos, já se tem como certo que o subsídio vai desaparecer em segmentos como a pecuária.
Segundo Jean-Yves Carfatan, especialista em agronegócio, o protecionismo agrícola dos europeus está perdendo força. Na França, um de seus principais redutos, já se tem como certo que o subsídio vai desaparecer em segmentos como a pecuária.
Carfantan garante que a política de subsídios à agropecuária caminha – embora em ritmo lento – para o fim entre os europeus e que os produtores franceses já trabalham tendo em conta essa tendência. Ele assegura que as grandes redes varejistas da França estão intensificando contatos com pecuaristas e frigoríficos brasileiros, conscientes de que com a redução dos subsídios na Europa terão que buscar carne bovina no exterior.
Esse tipo de postura, garante o professor, está cada vez mais presente na sociedade francesa e já começa a se refletir nos negócios: “Cada vez mais grupos franceses vêm ao Brasil, porque têm certeza de que o País será a locomotiva que vai puxar o fornecimento de carne bovina no mundo”.
Segundo o especialista, por uma questão de racionalidade econômica, esses grupos empresariais da França sabem que a redução gradativa dos subsídios vai transformar o Brasil em um fornecedor ainda mais importante de carne bovina: “Se essa é a tendência, os franceses querem aproveitar para fazer parcerias e definir o fornecimento com o setor no Brasil. Eles querem colocar logo os ‘vagões’ bem perto da locomotiva”.
Como conseqüência dessa aproximação, redes de supermercados da França definiram uma estratégia de promoção comercial da carne bovina brasileira em suas lojas, que terá início este ano. As informações são de Theo Carnier para o DCI.