Os três frigoríficos - União, Diplomata e Fribrasil - localizados na área com interdição sanitária ao sul do MS, em Japorã, Eldorado e Mundo Novo, devem iniciar, nesta semana, o abate dos bovinos reagentes aos exames de circulação viral da febre aftosa realizados na região.
Os três frigoríficos – União, Diplomata e Fribrasil – localizados na área com interdição sanitária ao sul do MS, em Japorã, Eldorado e Mundo Novo, devem iniciar, nesta semana, o abate dos bovinos reagentes aos exames de circulação viral da febre aftosa realizados na região. Esta foi uma das decisões tomadas anteontem pelo Governo de Mato Grosso do Sul e Mapa que chegaram a um entendimento, em reunião realizada na Governadoria, em Campo Grande.
De acordo com decisão comum entre produtores, frigoríficos e governos municipais e do estado, as indústrias abatedouras destes municípios serão isentas do recolhimento de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) sobre os abates dos animais que apresentaram índices acima do normal de reagência ao vírus da aftosa.
Para que os produtores, indústrias e a economia de Japorã, Eldorado e Mundo Novo não sofram impactos negativos com a continuidade das restrições comerciais nestes três municípios, o governo de MS elaborou uma estratégia, com o Mapa, para permitir a continuidade dos abates nos três frigoríficos existentes naquela região.
A proposta prevê que os animais que apresentaram reagência ao vírus da febre aftosa sejam adquiridos e abatidos, exclusivamente, pelos frigoríficos dos três municípios que em contrapartida terão isenção de ICMS. Com isso, os produtores conseguirão comercializar seus animais, com preços de mercado, e os frigoríficos que trabalham com desossa e maturação da carne, poderão comercializar os produtos normalmente contando ainda com a suspensão da tributação. Para o Governo, a estratégia contribui para a rápida eliminação do rebanho que, mesmo sadio, apresentou índices de reagência aos vírus de febre aftosa.
As informações são de Marco Antônio Gehlen, para o Correio do Estado/MS.
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Esta notícia me traz algumas preocupações:
– Se o Mapa investigou 11.449 cabeças, e somente 2,7% apresentaram resultados reagentes, será que precisa três frigoríficos para abater 309 cabeças?
– Será que todos os animais que apresentaram este resultado,estão prontos para o abate?
– Somente a carne destes animais que apresentaram este resultado será isenta de ICMS?
– Se os produtores vão vender a preço de mercado, estou pagando para ver, e os frigoríficos vão comercializar os produtos normalmente, isto eu acredito, para quem vai ficar o dinheiro do ICMS?
– Quem dita as regras no preço da carne, é o atacado em São Paulo, se a carne isenta de ICMS, que ninguém sabe qual vai ser o volume, entrar em São Paulo ofertada a preços inferiores, será que não derruba o preço do boi no estado inteiro?
– Afinal, 309 cabeças, produtor vendendo a preço de mercado, frigorífico comercializando a carne normalmente, consumidor de barriga cheia, havia necessidade de tanto barulho?
Caso queiram mesmo acabar com a circulação do vírus, é necessário liberar a caça aos veados. Com a grande fronteira seca, problemas de vacinação nos países vizinhos, e estes animais, que são muito susceptíveis, transitando livremente entre fazendas e países, teremos problemas por muito tempo ainda.
Hoje em dia, com esta onda ecológica, falar nisto virou tabu, mas qualquer fazendeiro antigo sabe o papel que eles desempenham na veiculação do vírus entre as propriedades.