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Austrália cria regras de bem-estar animal no transporte

A necessidade de padrões nacionais consistentes de bem-estar animal para suprir a crescente demanda doméstica e internacional por garantia de qualidade de procedimentos estimulou a execução de uma reunião entre os principais membros da indústria pecuária da Austrália para desenvolver diretrizes nacionais sobre o tema. Eles consideraram as questões específicas a serem incorporadas no primeiro código de diretrizes e padrões de bem-estar animal para transporte de animais na Austrália.

A necessidade de padrões nacionais consistentes de bem-estar animal para suprir a crescente demanda doméstica e internacional por garantia de qualidade de procedimentos estimulou a execução de uma reunião entre os principais membros da indústria pecuária da Austrália para desenvolver diretrizes nacionais sobre o tema.

De acordo com o site Theland.farmonline.com.au, a reunião ocorreu na semana passada em Canberra e envolveu as seguintes entidades: Cattle Council of Australia, Australian Lot Feeders Association, Dairy Australia, Australian Livestock Transporters Association (ALTA), entre outros.

Eles consideraram as questões específicas a serem incorporadas no primeiro Diretrizes e Padrões de Bem-Estar Animal para Transporte de Animais na Austrália (Australian Animal Welfare Standards and Guidelines for the Land Transport of Livestock).

O diretor executivo da ALTA, Luke Fraser, disse que o aumento da demanda por processadores e produtores por garantia de qualidade através da cadeia de fornecimento levou a indústria de transporte de animais a implementar medidas para garantir um padrão nacional a seus membros.

“Desenvolvemos o TruckCare, que é um programa de garantia de qualidade voltado a fornecer a seus membros uma série de padrões consistentes que eles podem seguir para satisfazer os requerimentos de bem-estar”, comenta Fraser.

Fraser disse que a garantia de qualidade em toda a cadeia de fornecimento precisa ser colocada em prática agora para que os produtores australianos ganhem acesso aos mercados internacionais, como o da União Européia (UE).

“O fato de termos um padrão nacional em prática formulado sobre uma base científica por consultores independentes certamente dá à Austrália uma vantagem na busca por esses mercados”.

Quando estiverem completos, os padrões e diretrizes cobrirão as produções australianas de bovinos, ovinos, suínos, eqüinos, aves, emus, avestruzes, búfalos, caprinos, alpacas, camelos e cervos.

0 Comments

  1. Rodrigo Bisco Ward disse:

    Levando-se em conta que o transporte é um fator importantíssimo para a cadeia produtiva nada mais correto e necessário que um conjunto de regras para garantir a integridade e a qualidade do produto, uma vez que todo o trabalho efetuado na propriedade pode vir a se perder devido ao transporte inadequado.

    No Brasil várias empresas já possuem um controle interno do transporte onde até as condições das estradas percorridas são levadas em conta, agora mais do que nunca o bem-estar animal está sendo levado a sério pois os prejuízos financeiros afetam não só quem compra mas também quem vende.

  2. Eduardo Miori disse:

    Bom para a Austrália. Já no Brasil é diferente, considerando que muitos frigoríficos de São Paulo preferem comprar gado no Mato Grosso ou Rondônia para manter baixo o preço da arroba em São Paulo e ,por extensão , em todo o país pergunta-se : como fica o bem-estar do animal transportado por 2.000 km?

    E a qualidade da carne sempre alardeada como fator fundamental para a pecuária brasileira? Boa é que não deve ser.

    Com o crescimento da cultura de cana de açúcar em São Paulo substituindo pastagens já se pode prever que a prática de viagens transcontinentais dos pobres bovinos vai se intensificar.
    E depois fala-se de certificação de fazendas e adoção de boas práticas de produção pelo pecuarista.
    Como dizia o falecido filósofo Bussunda : Fala sério

    Eduardo Miori