Representantes da Famato, Indea, Fefa, Delegacia Federal do Ministério da Agricultura e sindicato dos frigoríficos do estado discutiram nesta quarta-feira normas para exportação de carnes a países que não exigem o sistema de rastreabilidade. Essa certificação feita pelo Indea que vai criar uma rede de profissionais da iniciativa privada e credenciá-la para fazer a vistoria in loco nas propriedades.
Representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Fundo Emergencial da Febre Aftosa (Fefa), Delegacia Federal do Ministério da Agricultura e sindicato dos frigoríficos do estado, discutiram na quarta-feira a circular nº041/2006 publicada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura, que trata de normas para exportação de carnes a países que não exigem o sistema de rastreabilidade.
A circular exige que os animais deverão ter a declaração do produtor, um documento com todas as informações do animal e o criador deverá ter na propriedade um livro para registrar estes dados, acompanhados de notas fiscais. É com base nestas informações que o Indea fará a certificação.
A medida agradou o setor frigorífico. Segundo o presidente do Sindicato dos Frigoríficos (Sindfrigo) Luiz Antônio Freitas Martins, isso beneficiará especialmente os médios e pequenos proprietários de frigoríficos e os produtores rurais.
Para conceder a certificação, o Indea vai criar uma rede de profissionais da iniciativa privada e credenciá-la para fazer a vistoria in loco nas propriedades, mantendo nestes locais a declaração do produtor e documentos que comprovem a veracidade dos dados contidos no documento. “É a partir do laudo do médico veterinário credenciado que o Indea vai emitir a certificação”, explicou o presidente do instituto, Décio Coutinho.
O representante da Famato, Eduardo Alves Ferreira Neto, acredita que a medida poderá beneficiar os produtores das áreas de Mato Grosso que não são habilitadas a exportar. Porém, ele lembrou que o produtor não é obrigado a fazer a certificação. “Se o pecuarista avaliar que a certificação proporcionará aumento de rentabilidade ele certamente adotará as medidas, caso contrário, continuará ofertando seu produto para o mercado interno”, disse. As informações são da Famato.
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No meu ponto de vista é um retrocesso o que nossos burocratas estão operacionalizando na pecuária matogrossense. Vivendo a 20 anos no estado do MT, constato que os profissionais do Indea já não dão conta do serviço que estão responsáveis atualmente, por motivos que vão desde a falta de capacitação, passando pelo fato de que a maioria dos profissionais do nível superior da instituição são médicos veterinários e as demais ciências agrárias são desprezadas.
Tercerização de serviços precisa de auditoria, este trabalho não será bem feito! Deixar de implementar o Sisbov na integra no estado pode fechar inúmeras portas comerciais, criar uma certificação agora é perder dinheiro e tempo.
Pessoal da Famato e Sindifrigo se estivessem trabalhando para acabar com esta zona tampão que existe no norte do estado estariam ajudando mais a cadeia produtiva pois estariam capitalizando os produtores-heróis, deste nortão que ainda nem estrada possue, transitam em caminhos que nem tatu de kichute passa.
Minha sugestão é que se ouçam os produtores estaduais e se concretize a vontade deles, não de um grupo de pessoas dentro de salas em Cuiabá. Para se ter idéia na minha região aqui as capitais nossas são Palmas e Goiânia, Cuiabá só órgão público e estou no MT.
Espero que estas medidas possam ajudar e não atrapalhar o serviço que as certificadoras de grande porte estão fazendo nas fazendas pelo Brasil. Pois todas estão trabalhando muito sério nesse assunto, pois vai ser dai que poderemos retomar nossas exportações para a Europa novamente.
Fica aqui meu apelo para os pecuaristas poderem fazer seus rastreamentos e levar mais a sério isso para o progresso da pecuária brasileira.
Achei ótima a idéia, mas devemos tecnificar os funcionários dos Indeas do Mato Grosso. Há muita reclamação de clientes principalmente em épocas de campanhas de Aftosa , pelo acumulo de pecuaristas e a falta de funcionários.
Para que tudo corra bem devemos preparar os Indeas primeiro, e treiná-los bem. A rastreabilidade é de estrema importância para a cadeia produtiva, mas devemos fazer disso uma rotina tranqüila para que os pecuaristas não saiam com dúvidas da unidade, para que possa passar só a imagem boa de nossa certificação na cadeia. A dificuldade de rastrear é muito grande, devemos ser bem claros na informação, para que não vire uma bola de neve na informação.
Me desculpe se fui franco, eu já gerenciei loja pecuária e a dificuldade de instrução aos pecuaristas é muito grande , alguns não entendem , outros entendem e muitos não querem entender.
Hoje estou do lado do frigorífico, mas sou treinado e por isso consigo instruir bem meus clientes, dependo deles, e vou tirar todas as dúvidas possíveis.