A indústria canadense de carne bovina, um negócio avaliado em 30 bilhões de dólares canadenses, está praticamente paralisada desde que foi anunciado um caso de “vaca louca” (Encefalopatia Espongiforme Bovina – EEB), no início da semana passada. Os abatedouros da província de Alberta pararam ou reduziram drasticamente a produção, enquanto esperam que os Estados Unidos retirem a proibição de importação.
Os frigoríficos, que exportam 60% de sua produção, não sabem o que farão se o veto continuar por mais duas semanas. A Associação dos Exportadores de Carne estima prejuízos diários de US$ 8 milhões. “Não sei o que o produtor fará se não puder vender seus animais. Isso nunca aconteceu antes”, disse um economista do setor, Kevin Grier.
Especialistas tentam descobrir a origem da vaca contaminada e todo seu caminho durante a vida. Claude Lavigne, da Agência Canadense de Inspeção de Alimentos pondera: “até agora só temos um caso, mas não sabemos se vão surgir outros”.
O Canadá tem um dos mais completos sistemas de acompanhamento de gado. Desde o nascimento, o animal recebe um brinco eletrônico com uma numeração que permite o seu rastreamento até o abate. Porém, esse banco de dados só foi implementado há dois anos, o que o torna ineficiente na investigação do animal que morreu aos oito anos.
Assim, os técnicos tiveram que recorrer ao velho e demorado método de entrevistar fazendeiros e examinar registros de compra de gado em busca de pistas.
Os especialistas tentam descobrir como o animal foi contaminado, já que, desde 1997, o Canadá não usa ração feita a partir de restos de gado para alimentar ruminantes.
Fonte: Superávit/Estaminas (por Joelma Stheling) e Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint