De acordo com as ultimas projeções agrícolas feitas pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (Organisation for Economic Co-operation and Development – OECD), os preços da carne bovina nos próximos cinco anos deverão aumentar. O aumento ocorrerá em resposta ao aumento da demanda combinada com a redução na produção de carne bovina, à medida que muitos países começarão a recompor seus rebanhos.
As previsões da OECD são de que um aumento geral na demanda por produtos de carne ajudará a aumentar os preços da carne bovina de forma firme até 2006, com os preços se mantendo constantes até 2008. A severa seca que acomete a Austrália e os Estados Unidos tem levado ao aumento da produção de carne bovina nos últimos 12 meses. Conseqüentemente, a recomposição dos rebanhos é esperada nestes países pelos próximos cinco anos, o que fará com que haja uma redução significante na produção de carne bovina.
A OECD informou que os preços da carne bovina na Austrália deverão aumentar 22% nos próximos quatro anos, enquanto os preços nos EUA e na União Européia (UE) deverão aumentar 8% e 18%, respectivamente. Em contraste ao estável aumento dos preços da carne bovina na Austrália e nos EUA, os preços do produto na Argentina nos próximos quatro anos deverão aumentar em 220%, principalmente devido à contínua desvalorização do peso argentino, aumentando desta forma a competitividade da carne bovina nos mercados mundiais em médio prazo.
A produção total de carne bovina dos países que pertencem à OECD em 2002 foi estimada em 27,1 milhões de toneladas, com a produção nos próximos quatro anos devendo flutuar entre 26,6 milhões de toneladas e 26,9 milhões de toneladas. Estabelecida em 1960, a OECD consiste de 30 países membros.
Fonte: Meat & Livestock Australia (MLA), adaptado por Equipe BeefPoint