A pedido do secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, três frigoríficos colocarão no mercado doméstico cerca de 3.000 toneladas de carne bovina para apoiar a política antiinflacionária.
A pedido do secretário de Comércio Interior da Argentina, Guillermo Moreno, três frigoríficos colocarão no mercado doméstico cerca de 3.000 toneladas de carne bovina para apoiar a política antiinflacionária. Esta é a quarta vez que os frigoríficos, principalmente os exportadores, aportam cortes bovinos a preços atacadistas compatíveis com os valores dos 12 cortes populares que o Governo apóia. Há mais de um mês esses preços somente são conseguidos em alguns supermercados.
O pedido implica, também, no reaparecimento de Moreno na definição de políticas para a cadeia de carne, dez dias depois do acordo que o Governo fechou com o campo e a indústria para normalizar o abastecimento de gado e, consequentemente, de carne, um alimento que tem uma ponderação de 4,5% no índice de preços ao consumidor (IPC).
As empresas associadas ao Consórcio de Exportadores de Carne (ABC) da Argentina forneceriam de 2000 a 2500 toneladas. Outras 800 toneladas seriam fornecidas pela União da Indústria de Carnes Argentina (Única), cujos frigoríficos associados estão principalmente em Santa Fé e Córdoba. “Decidiu-se canalizar este volume por meio dos supermercados e que eles façam a logística e a distribuição da forma que lhes seja mais conveniente”, disse ao La Nacíon o presidente da Única, Gustavo Valsangiacomo.
Segundo o Governo, uma parte deste cortes, em sua maioria carne de novilho pesado de escassa demanda interna, irá para os açougues por intermédio do Mercado Central, atualmente sob o controle do Comércio Interior. No entanto, para o vice-presidente da Associação de Proprietários de Açougues da Capital Federal, Alberto Williams, esta possibilidade não é interessante, “já que não podemos ir buscá-la”.
A este compromisso também aderiria a Câmara da Indústria e Comércio de Carne (Ciccra), com cerca de 1500 toneladas. Para a indústria exportadora, destinar estes cortes ao mercado interno implica em converter em dinheiro efetivo uma mercadoria que, pelas restrições vigentes, deveriam ficar em estoque por bastante tempo.