Nessa semana mais curta, o mercado do boi gordo se manteve firme, com alta no indicador Esalq/BM&F e alta em todos vencimentos futuros. Mesmo com o frio e aumentos pontuais de preços em algumas regiões, a oferta de animais para abate continua pequena. As escalas estão curtas e os compradores dos frigoríficos estão relutantes em aumentar preços, com receio de não conseguirem mais compras. A pequena oferta atual de gado gordo aumentou as expectativas de melhores preços na entresafra.
Nessa semana mais curta, o mercado do boi gordo se manteve firme, com alta no indicador Esalq/BM&F e alta em todos vencimentos futuros. O indicador subiu 0,72%, desde 30/05, cotado a R$ 55,84/@. Mesmo com o frio e aumentos pontuais de preços em algumas regiões, a oferta de animais para abate continua pequena. As escalas estão curtas e os compradores dos frigoríficos estão relutantes em aumentar preços, com receio de não conseguirem mais compras. A pequena oferta atual de gado gordo aumentou as expectativas de melhores preços na entresafra, mas confinadores alegam que os preços são remuneradores apenas para o segundo ciclo (abate em outubro/novembro).
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F e contrato futuro junho/07
No mercado físico, as alterações foram quase todas positivas, com preço base de R$57,00 em SP, R$ 55,00 no MS e R$ 54,00 em GO e MT. Na tabela abaixo acompanhe as cotações com alterações em relação à 30/maio. A tabela completa pode ser acessada na seção Cotações.
Tabela 2. Cotações do boi gordo, praças com alterações na semana
Tabela 3. Cotações no atacado de carne bovina
Gráfico 3. Contratos futuros para agosto e outubro/07
Os frigoríficos seguem em seu processo de expansão e consolidação. Ontem o Friboi anunciou a compra de confinamento com capacidade engorda anual de 150.000 cabeças, no município de Castilho, SP. Como discutido no editorial “Pecuária de corte e o avanço da bioenergia“, os frigoríficos parecem buscar aumentar a percentagem de gado próprio. O aumento desse percentual será mais um fortalecedor do poder de barganha dos frigoríficos, na negociação com produtores.
0 Comments
Quase todos os fundamentos sinalizam para um mercado firme até o final do ano, sendo a taxa de câmbio a principal excessão. Seria interessante considerar a viabilidade de se trabalhar com o indicador em dólares acima de US$ 30,00/@. Com o contrato para outubro a 63,05/@ e o dólar futuro para o mesmo vencimento a R$ 1,987, temos o boi futuro em US$ a US$ 31,73/@ para outubro.
Há que se considerar uma série de fatores que vêm sendo debatidos no BeefPoint sobre as implicações de demanda de biocombustíveis no mercado de carne bovina (+ Kirchner na Argentina, seca na Austrália, nossa própria queda de potencial exportador considerando queda na oferta). Será que isso por si será capaz de sustentar os preços da carne exportada em níveis que garantam uma relação de troca @/tonelada de carne exportada atraente para o exportador, considerando a @ a US$ 32,00? Isso, só, explicaria a imposição de um “limite” no indicador em US$? Qual seria o ponto de equilíbrio para tornar o confinamento interessante a quais os cenários possíveis?
Seguramos nossa produção de bezerros e garrotes para terminar na entressafra (2º ciclo) e espero mesmo que as respostas sejam positivas.
Abraços a todos e parabéns pelo excelente trabalho realizado
Otavio Negrelli
Guiratinga, MT
O pecuarista vem atendendo gradativamente algumas exigências do mercado, mas tem andadado num ritmo muito lento no que diz respeito a criar maior barganha neste mercado, os frigoríficos vem criando alternativas próprias para organizar sua escalas de abate, quer criando planilhas de carregamento ou agora comprando os grandes confinamentos, que também aumentam a margem da indústria.
Se os produtores não querem perder suas margens tem de ao menos, serem os negociadores nas alianças mercadológicas também estabelecidas a partir das grandes redes. Assim mesmo quando existem boas alianças os produtores tem dificuldade de negociar suas posições. A discussão deste assuntos nas associações de produtores tem de ser cada vez mais aprofundadas.
Quando será que o boi gordo vai melhorar no sul da Bahia estamos para fechar as porteiras. A difilcudade que passamos é terrível, falta crédito, incentivo oficial.