O mercado do boi gordo teve nova semana de altas, no mercado físico e no mercado futuro. O indicador Esalq/BM&F se valorizou 1,18% na semana, cotado em R$ 57,57/@ à vista. O dólar caiu novamente, cotado a R$ 1,919. A arroba em dólares está valendo mais de US$ 30,00. Em dólares, a arroba acumula alta de 38% nos últimos doze meses. O indicador de preços do bezerro (Esalq/BM&F, MS) subiu menos que o boi gordo essa semana, com a relação de troca subindo para 1:2,22, mesmo valor de 2006 em junho.
O mercado do boi gordo teve nova semana de altas, no mercado físico e no mercado futuro. O indicador Esalq/BM&F se valorizou 1,18% na semana, cotado em R$ 57,57/@ à vista. O dólar caiu novamente, cotado a R$ 1,919, com isso a arroba em dólares está valendo mais de US$ 30,00 desde o início dessa semana. Em dólares, a arroba acumula alta de 38% nos últimos doze meses.
O indicador de preços do bezerro (Esalq/BM&F, bezerro MS) subiu menos que o boi gordo essa semana, com a relação de troca subindo para 1:2,22. Interessante notar que a relação de troca está muito similar a essa mesma época de 2006. No ano passado o valor mínimo da relação de troca foi 1:2,16, mesmo valor mínimo de 2007. Há um ano a relação de troca era 1:2,19, pior que a atual (para o invernista). Comprovando que o bezerro se valorizou bastante nos últimos 12 meses, mas abaixo do boi gordo (+18% para o boi gordo e +16% para o bezerro).
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Gráfico 1. Indicador do boi gordo e relação de troca desde 02/jan/06
Tabela 2. Cotações no atacado de carne bovina
Gráfico 3. Indicador Esalq/BM&F e contratos futuros do boi gordo (valores à vista), em 20/jun/07
Devido ao cenário de oferta restrita de bovinos para abate nos próximos meses, é provável que os preços do mercado físico e futuro continuem a subir. A exceção parece ser o vencimento de outubro/07.
Qual sua opinião sobre o mercado do boi gordo para os próximos meses? Dê sua opinião na seção de cartas do leitor, abaixo.
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O artigo por si só, dá esclarecimentos muito úteis; no meu caso específico é bem diferente, pois minha propriedade está localizada no Sul do Pará – Rio Maria – e lá o cartel é muito forte dos frigoríficos da região; mesmo após a liberação com vacinação os preços continuam os mesmos praticados (90 dias.).
Na minha opinião o boi se mantem firme ou sobe em outubro, pois pouca gente está encontrando boi magro disponível para confinamento, esta faltando bezerro e boi magro no mercado. Dificilmente por fator de demanda o boi baixaria o preço em outubro, isso no meu modo de ver as coisas.
Minha opinião é de que estava demorando chegar a vez do produtor, ou melhor, o momento de se pagar um preço justo pelo trabalho de quem levanta ainda no escuro para manter sua propriedade de forma produtiva e a cumprir com sua função social.
O produtor, não tenho dúvidas, tem essa consciência do social. Lamentavelmente, o mercado não possui consciência, só interesse o lucro, a oferta.
De qualquer modo, acho que daqui para frente, com a economia dando sinais de aquecimento em todas as suas variáveis produtivas, a queda dos índices de desemprego, a oferta de mais postos de trabalho, queda da taxa selic, novos investimentos e linhas de crédito do BNDES, aumento da atividade industrial, enfim, um cenário que dá grandes sinais de prosperidade para o agrobusiness, o produtor vai poder se orgulhar do esforço e do preço que pagou por não desistir.
Contudo, é preciso que nós, homens do campo, estejamos alertas e conscientes na hora de negociarmos nossos produtos. Só nós sabemos quanto custa para engordar o boi. Portanto, não podemos dizer quanto você paga, mas sim, eu quero tanto pela arroba do meu boi!
Abraços,
Nilson