Mercados Futuros – 09/08/07
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13 de agosto de 2007

Produtores britânicos querem embargo total ao Brasil

Sofrendo embargo da União Européia, os produtores da Grã-Bretanha querem que a carne brasileira também seja barrada no bloco. Ontem, em Dublin, produtores do Reino Unido e Irlanda declararam que querem que Bruxelas adote a mesma medida contra o Brasil.

Sofrendo embargo da União Européia, os produtores da Grã-Bretanha querem que a carne brasileira também seja barrada no bloco. Ontem, em Dublin, produtores do Reino Unido e Irlanda declararam que querem que Bruxelas adote a mesma medida contra o Brasil.

O maior problema gerado pelo foco de aftosa em Surrey é que 90% da carne produzida no Reino Unido são para exportação e os britânicos já começam a calcular os prejuízos.

Em uma declaração conjunta publicada ontem, a Associação de Fazendeiros da Irlanda e a União de Fazendeiros da Irlanda do Norte pedem a seus governos que pressionem “por um embargo imediato da União Européia sobre as importações de carne brasileira diante dos riscos desnecessários e inaceitáveis que podem gerar para a Irlanda e para a Europa”.

A justificativa, segundo os irlandeses, é que no Brasil a aftosa é endêmica e eles não entendem porque não é tomada uma medida. “Estamos seriamente preocupados com o fato de que a União Européia continua enfrentando riscos desnecessários ao aceitar a carne brasileira, enquanto Estados Unidos, Austrália, Japão e Coréia do Sul rejeitam as importações brasileiras”, informou o comunicado.

Segundo notícia de Jamil Chade, do jornal O Estado de S.Paulo, os europeus também aplicam um embargo contra o Brasil, após os focos de aftosa em 2005, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, estão proibidos de exportar.

Bruxelas ainda deixou claro que as queixas britânicas em relação ao Brasil têm motivos comerciais, e não de saúde. Portanto, não pensa em rever o embargo e deu até o final de 2007 para que o Brasil coloque em prática todos os procedimentos para permitir que as exportações nacionais sejam consideradas como adequadas.

0 Comments

  1. Fábio de Souza Fonseca disse:

    O foco de febre aftosa que ocorreu no Reino Unido nos mostra claramente que a enfermidade deve sofrer uma vigilância constante no mundo todo. A barreira sanitária imposta naquele país foi de 10 Km de raio, em torno do foco. Quando esta mesma enfermidade ocorreu em Japorã/MS, os municípios com mais de 600 Km de distância, dentro do MS, foram interditados para evitar “risco” de propagação do vírus. Fica absurdamente claro a barreira não tarifária imposta a nossos produtores e a inoperância total do governo.

  2. Rômulo Sançana França disse:

    Os produtores brasileiros merecem que esse embargo a carne brasileira não aconteça, pois produzir carne de qualidade aqui no Brasil é uma tarefa muito dura. Nossos produtores não tem todo o amparo do governo, como os produtores de lá tem, aqui no Brasil se produz é na “raça” mesmo, por isso acho que nossa carne deveria ser mais valorizada sim.

  3. Luiz Carlos Santos Caetano disse:

    Espero que o governo brasileiro faça a sua parte para não termos mais focos de aftosa.

  4. Luis Fernando F Azevedo disse:

    Isto é um total absurdo, o pior é que com este governo sem expressão e atitude, é provável que se for tomada uma medida contra o Brasil não vamos ter nenhuma reação.

  5. Luis Gustavo Antunes Souza disse:

    É necessário que os produtores e indústrias se organizem em campanhas de marketing, por exemplo, para que quando ocorrer tal tipo de situação no mercado internacional, haja uma ação efetiva contra qualquer tipo de embargo, nesse caso muito mais econômico do que sanitário propriamente dito, protegendo dessa forma qualquer produto de origem animal do Brasil.

  6. José Leonardo Montes disse:

    É brincadeira uma atitude dessas, pois nós somos um país de extensões superiores a Europa e eles se acham no dever de nos criticar. Cadê o tão certo controle sanitário deles. Porém cabe aos nossos governantes atitudes de repúdio e agirem com rigor neste caso.

  7. Bruno Augusto de Oliveira disse:

    Agora com esse embargo é necessário olharmos também para o mercado interno, uma vez que sofremos esse tipo de repreenção. Devemos procurar soluções alternativas para que os consumidores brasileiros continuem tendo acesso aos produtos gerados aqui.

  8. João Adalberto Ayub Ferraz disse:

    O mal de tudo isto, é a enorme importância que a UE dá ao seu produtor.

    E não é só lá, na Ásia também, se formos a Coréia, vamos assistir um quadro estarrecedor, em ruas de Seul, lá os animais são mortos em frigorífico de Suíno, próximo a um lixão no final da rua.

    Carnes de bovinos, suínos, são expostas a céu aberto, e estes senhores sem um único zelo, defendem seu grau de sanidade e higiene, não comprando carnes nossas, por motivos de sanidade.

    Quanto a poderosa Inglaterra, por favor os britânicos que nos desculpem, olhem primeiro para o próprio umbigo, pratiquem um mea culpa Cuidados, que cuidados?. Segundo as informações, o vírus da aftosa saiu do laboratório, que eles tanto nos apregoam com a pseudo segurança, e a vaca louca?

    Convenhamos, eles têm atitudes e competência, isso sim, Governo que fala grosso, e moeda forte, mas o Brasil produz tudo muito melhor e com qualidade, quantidade, e competência. O defeito maior da nossa carne, é o medo da perda do domínio mercadológico mundial, tirando o jugo colonial da mão britânica.

    Acorda Brasil.

  9. Maria Selma P. de Andrade Hage disse:

    Isto é uma vergonha, o que eles pensam que são? Acham que podem ditar regras ? Será que não vamos deixar de ser subservientes? Cadê os nossos representantes que não tomam nenhuma atitude?

    Também com este governo que só sabe falar frases feitas. Temos que nos respeitar, para sermos respeitados, mostrar que temos potencial, condições para criar um rebanho saudável, estamos caminhando para o controle de nosso rebanho, com pouca ajuda do governo federal diga-se de passagem. Precisa investir mais na agropecuária deste país.

    Acorda Brasil!

  10. Jose Marques Pereira disse:

    Gostaria que tivessemos um governo digno o suficiente para nos representar lá fora num momento como este, porém, como vamos nos defender se no nosso próprio país não reinvindicamos nossos direitos?

    Nossas terras estão sendo ocupadas,nossos impostos desviados, nossos portos defasados, e nós?