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EUA: Mapa espera cota entre 20 e 60 mil toneladas

O Brasil espera começar a exportar entre 20 e 60 mil toneladas/ano de carne bovina in natura para os Estados Unidos a partir do primeiro semestre de 2004. A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se deve à conclusão, ontem (11), da terceira visita da missão técnica norte-americana que está fazendo a análise de risco para febre aftosa do rebanho brasileiro.

Agora, os técnicos dos EUA vão elaborar um relatório sobre o diagnóstico feito no sistema de defesa animal do País. “Estamos otimistas em relação à abertura daquele mercado”, disse o diretor substituto do Departamento de Defesa Animal (DDA), Jamil Souza.

A certificação do sistema brasileiro de defesa animal pelos Estados Unidos, argumentou Souza, não é importante apenas para autorizar, pela primeira vez na história, as exportações de carne bovina in natura para aquele mercado. “Essa decisão também pode contribuir para o Brasil ter acesso a outros países como Canadá, México e Japão”, afirmou, lembrando que os EUA são um país altamente exigente sob aspecto sanitário e um grande comprador. “Por isso, eles acabam influenciando outros mercados”.

Hoje, o país só comercializa o produto processado para aquele mercado. No limite de 60 mil tonelada/ano, as vendas brasileiras para os Estados Unidos poderão ficar entre US$ 180 e 200 milhões por ano.

Segundo Souza, os técnicos norte-americanos ficaram satisfeitos com a transparência com que o Mapa apresentou os dados solicitados. Antes de voltar aos EUA, a missão recomendou ao governo brasileiro um reforço na vigilância nas áreas de fronteira, especialmente com a Bolívia e o Paraguai. “Há uma grande preocupação em relação à febre aftosa na América do Sul”.

“Temos como controlar. A melhor solução é o Brasil incorporar a vacinação nesses países”, defendeu o presidente do Fórum Permanente de Pecuária de Corte da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira. O diretor da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, não acredita que a aftosa possa afetar (a abertura), pois nos últimos anos o País conseguiu incorporar novas áreas livre da doença.

Em sua terceira visita ao Brasil, a missão percorreu o Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Rondônia.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Gazeta Mercantil (por Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint

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