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Friboi investirá US$ 300 milhões em Sorriso

Na segunda-feira o Friboi assinou o protocolo de intenções para instalação de uma unidade frigorífica em Sorriso (MT). A unidade deve chegar à capacidade total até 2010, e irá realizar abate de bovinos e suínos. Para isso, serão investidos US$ 300 milhões, informou reportagem de Francielle Mezadri, do Diário de Cuiabá/MT.

Na segunda-feira o Friboi assinou o protocolo de intenções para instalação de uma unidade frigorífica em Sorriso (MT). A unidade deve chegar à capacidade total até 2010, e irá realizar abate de bovinos e suínos. Para isso, serão investidos US$ 300 milhões, informou reportagem de Francielle Mezadri, do Diário de Cuiabá/MT.

“Com esse empreendimento poderemos triplicar o valor agregado de nossa economia, que hoje é de R$ 900 milhões e pode passar de R$ 3 bilhões”, comemorou o prefeito, Dirceu Rossato.

0 Comments

  1. Luciana Bogorni disse:

    Bom dia!

    Sou estudante do último ano de Medicina Veterinária e sou da região de Sorriso.

    Achei ótima essa notícia, pois os pecuaristas dessa região enfrentam muitos problemas na hora de abater seus animais, já que, os frigoríficos habilitados a exportação estão em Cuiabá e Tangará da Serra. A distancia percorrida pelos animais para o abate é muito grande o que ocasiona perdas e estresse dos mesmos.

    Esse frigorífico vai ajudar muito no desenvolvimento da pecuária na região.

  2. Maurício Menegotto de Almeida. disse:

    Cara Luciana,

    Boa tarde, sou produtor rural em Santa Catarina e no Mato Grosso do Sul, discordo de sua opinião, num primeiro momento pode até aparecer, mais depois vocês ficarão escravos da manipulação de preços do boi, pelos cartéis dos frigoríficos, ainda mais com o Bertin junto. Tenho a impressão que daqui uns anos, estaremos confinando bois para os frigoríficos, como os avicultores e suinocultores desse nosso país já fazem, eles nos dão a ração e nós entramos com o boi e a mão de obra.

  3. Sergio Cardinal Schneider disse:

    Melhor que seja vender para o Friboi que não ter para quem vender. Meu caro Maurício, todos sabem que a situação esta difícil para todos os setores da agropecuária, porém se os grandes exportadores estão investindo temos muito que comemorar sim. Concordo com a Luciana.

    Abraço a todos

  4. Francisco Crestani disse:

    Sou supermercadista em SC e pecuarista em Sorriso – MT. O que os pecuaristas precisam é se organizar, fazendo cotação de preço, principalmente os confinadores por serem animais com melhor acabamento, e vender seus animais em grupos. Mostrar aos frigoríficos que animais com mais qualidade devem ter um destaque no valor da arroba, uma vez que nós supermercadistas pagamos um custo maior para os produtos de melhor qualidade. Com certeza este novo firgorífico ajudará, e muito, toda a região e, os pecuaristas terão uma nova e grande opção para negociação.

  5. Alexandre Sachetto disse:

    Uma pergunta, como pode so os frigorificos crescerem tanto numa pecuaria decadente quanto a do brasil ?

  6. Marcelo Gulman disse:

    O Brasil tem carne para dar e vender, com cartel ou sem cartel sempre haverão aquelas empresas querendo tirar o máximo proveito da situação assim como sempre terá um grupo de fazendeiros/agricultores que tentarão fazer a parte deles para que o produto deles seja mais valorizado.

    É a famosa lei da oferta e procura que fica mais apimentada com a entrada da concorrência da Bertin e Friboi e a possibilidade de facilitar, pelo menos por enquanto a vida de quem produz/cria na região.

    Uma coisa eu posso garantir, o Brasil está se consolidando como exportador de carne porém muitos outros países estão crescendo no assunto também e vai chegar um momento que o mercado internacional vai exigir mais qualidade e aqueles (pecuaristas e frigoríficos) que estiverem aptos a fornecer tal qualidade serão os grandes (para não dizer a palavra gigante) ganhadores na batalha. Pois lá fora o preço manda, mas sem qualidade não há pechincha e é por isso que a Austrália exporta muito menos porém fatura muito mais que o Brasil com a venda da sua carne mundo afora.

    Abraços a todos!

  7. Célio Henrique Fritche disse:

    Cara Luciana, ótima colocação no ponto de vista econômico.

    Caro Maurício, devemos comemorar mais empregos, maior fortalecimento da economia na região em especial, aumento do PIB, apesar que pelo menos o que me parece nossos governantes não estão dando muita importância para isso, fonte de crescimento empresarial, opções de segmentação dentre outros efeitos positivos.

    Temos que parar como brasileiros e maior exportador de carnes do mundo de sermos reativos a um investimento tão claro e sólido como essa proposta de uma empresa séria que detém mais de 50 anos no mercado e que não precisa provar nada para ninguém.

    Abraços.

  8. Fabiano Crístian Oliveira disse:

    É um grande engano afirmar que não há frigoríficos habilitados à exportação nessa micro-região. Basta consultar o site do Ministério da Agricultura e terá uma grata surpresa. Porém a vinda de tão conceituada empresa significa uma melhora nas condições dos sofridos trabalhadores de “chão-de-fábrica”, visto que a oferta de empregos e vagas para pessoal qualificado aumentará gritantemente.

  9. Jania Aparecida Proença disse:

    Eu acredito na união; através de cooperativas dos pecuaristas. Seja na compra de insumos, venda conjunta e porque não, até mesmo através de frigorífico. Percebo que a classe é muito individualista, prefere ser “massacrada” à se unir, principalmente os pequenos. Enquanto isso caro Marcelo Gulman, nós pecuaristas, pequenos e desunidos somos obrigados a aceitar preços injustos.

    E aí, Alexandre Sachetto, somos obrigados ainda a ouvir dos Frigoríficos: Que eles também não “estão ganhando” Quem está estão?

    Já passou da hora de nós pecuaristas nos organizarmos: A união faz a força.

    Boa Noite a todos!

  10. Fernando Fiorese disse:

    Acredito sim que a construção de mais um frigorifico no Mato Grosso (Sorriso), vai ser ótimo para a economia local. Mas como sempre quem paga a conta somos nós os desorganizados produtores, a indústria frigorifica está cumprindo o seu papel, competente e unidos. Se fazem cartel, perante nosso comportamento de produtores desunidos, estão mais que certo.

    Não há resistência do produtor, e muito menos de seus representantes, que são o retrato de seus correligionários. Estão a frente das classes produtoras em busca de cargos políticos e comodidade financeira. É sim uma vergonha para nossos representantes que não tomam nenhuma atitude em relação a sua representatividade de classe.

    Nós produtores não somos tradicionais e nem desinformados, somos sim vaidosos e orgulhosos. Como vamos aceitar que alguém, que as vezes nem conheço, venda o queridinho boi? Que na maioria dos produtores, faz quatro anos que está no meu pasto, se brincar tem até nome.

    Como essa pessoa estranha vai comprar o que uso na fazenda?
    Então saio eu produtor solitário e a onça sempre na espera me faz vítima. Esse é o nosso retrato.

  11. Claudecir Mathias Scarmagnani disse:

    Muito bem meu caro Francisco Crestani e Sérgio Cardinal. Ao invés de ficar ai parado e chorando as magoas, vamos a luta, investindo em reformas com adubação, aquisição de bovinos com raças de boas qualidades, encurtando o prazo de permanência nas pastagens, aderindo aos semi-confinamentos ou até confinamentos, porque não?. Partindo para boi a termo e BM&F, conforme caso a caso.

    É bem melhor ter o produto a quem vender e saber que vamos receber (Friboi, Marfrig, Bertim, Sadia e outras boas empresas já instaladas do MT), quem não se lembra dos antigos caloteiros, prefiro não citar nome (0utubro de 2000).

    Parabéns também as empresas citadas, afinal são arrojados, corajosos e estão investindo no nosso Estado.

  12. Nilson Almeida disse:

    Todos Ganham!

    Mas poucos falam claramente quanto ganham!

    A crise da pecuária, para muitos, não é novidade. A novidade para todos é o preço do dólar, baixíssimo, devido ao interesse mundial pelo real, “nossos” fabulosos juros e crescimento de exportação!

    Exemplo de eficiência econômico-financeira, vemos diariamente, em vários setores e o nosso setor – carnes exportadas – (suínos, aves e bovinos) é o mais espetacular de todos.

    Fatídico é a imperiosa necessidade de vender gado para abate. Nós produzimos nossos animais para isso. Sem frigorífico e nossos fabulosos consumidores não existiria criação de animais para suprir a necessidade de proteína da população!

    Mas quanto você ganha? Se é pouco, saia da atividade e busque uma mais rentável! Se o seu ganho não é justo, alguém ganha mais que você e a suas custas, diminua seu custo ou forneça menos produtos! A pecuária sempre se acomoda nos excesso de oferta. A meu ver não é essa a situação atual. A situação atual é excesso de demanda, preços crescentes e mercado comprador.

    Os investimentos do setor industrial não tem similar no setor produtivo. Se o produtor fizer o inverso do que a indústria está fazendo, simplesmente não terá produto para oferecer aos compradores. Nesta situação, nada adianta o bois gordo dobrar de preço se você reduziu a sua produção pela metade! Lógico que a redução de custo é a chave do sucesso e este é o melhor meio de ser mais eficiente.

    Conte com seu melhor senso de prosperidade produzindo o quanto mais você puder usando bem seus recursos. Tenha em mente que o aumento do seu faturamento é diretamente proporcional e sua capacidade de ter os animais prontos para o abate na hora certa e com o preço certo, isto é, com aquele que você consegue pagar!

    Fora isso, tenha sempre animais para abate, pois a pecuária existe para isso. Não tem como ficar vendendo gado só entre os pecuaristas!

  13. Luciano Silva disse:

    Gostaria de dar os parabéns a Friboi pelo incentivo que está dando na região, e que apesar de sermos concorrentes, temos sim que dar os parabéns a este tipo de ação, que só vem acrescentar para uma pecuária mais forte.

  14. Rony Carlos de Mello disse:

    Concordo plenamente com o Nilson, o pecuarista precisa parar de lamentações e tornar-se produtivo, procurar agregar valores ao seu produto, ter animais o ano todo para venda, preparar-se para a entressafra e assim ganhar mais. O JBS-Friboi só levará desenvolvimento para a região, que precisará saber aproveitar o momento.

  15. Otávio Hermont Cançado disse:

    Meus caros,

    Li todas as intervenções a respeito na notícia de instalação de mais um frigorífico no município de Sorriso. Em boa parte delas as palavras “união”, “desunião”, “comodidade” entre outras me chamaram a atenção.

    Tenho a satisfação de acompanhar o crescimento deste segmento (frigorífico) há mais de 10 anos. Participei ativamente, seja no serviço público federal, seja na iniciativa privada. Por isso posso afirmar que nada do que verificamos hoje, como o vertiginoso crescimento dos frigoríficos, foi atingido sem muito trabalho, dedicação e, acima de tudo, profissionalização das empresas e das suas estruturas, que abriram mão de gerências familiares para gerências e diretorias com a participação de profissionais de mercado competentes e reconhecidos por seu trabalho e visão de futuro.

    Creio, portanto, que a saída não se dará pela constante apresentação de justificativas já extremamente espancadas em artigos e comentários. A inação é um problema que deve ser enfrentado. O mercado está aí. Temos diversos mecanismos legais de intervenção econômica e social que os pecuaristas poderiam fazer uso, mas não o fazem, seja por desconhecimento (falta de estrutura adequada) ou por um posicionamento cômodo, que escancara a fragilidade de um setor forte, competitivo e de grande poder que poderia se organizar melhor se assim desejasse.

    Não quero dizer ou afirmar que se trata de tarefa fácil, mas que é possível. Basta dar início a um trabalho conjunto, com liderança forte e objetivos claros e atingíveis, no curto, médio e longo prazo.

    Tenho convicção de que toda a cadeia sairia fortalecida com a aplicação de medidas conciliatórias.

    Somos os maiores do mundo (pecuaristas e frigoríficos). Devemos agir como tal!

    abraços do,

    Otávio Cançado

  16. Helio Zancopé Filho disse:

    Respeito todas as opiniões, mas tenho acompanhado de muito perto que a cada dia estamos fortalecendo, um cartel forte em detrimento da produção. Cabe a todos os produtores desse país se conscientizar que os frigoríficos tem que ter lucros para poder nos pagar em dia, pois o produtor já cansou de pagar essa conta sem beneficio algum.

    Chegou a hora da indústria retribuir os produtores com preços bem melhores, cansamos de: ser burro de carga, gostaríamos de ser um pouco: carga de burro. Se tivéssemos um pouco mais de união, a classe pecuarista não estaria hoje com o pires na mão. Cada um que cuide do seu negócio, pois os frigoríficos não vão cuidar por nós.

    Abraços a todos