Mercados Futuros – 28/09/07
28 de setembro de 2007
Sumário PAINT Consolidado 2007 já está disponível no site da Lagoa com representação gráfica da avaliação genética dos 27 mil touros
2 de outubro de 2007

Cheio de orgulho

Tenho 32 anos, e estou há 8 trabalhando no mercado de carne europeu. Durante minha vida profissional pude acompanhar as principais transformações no cenário mundial do mercado de carne bovina. Na semana passada tive a oportunidade de acompanhar representantes do departamento de qualidade do maior supermercado holandês em uma auditoria em alguns frigoríficos brasileiros. Fico muito orgulhoso de fazer parte, nem que seja uma pequena parte, deste Brasil que funciona, que cresce e que tem talento.

Tenho 32 anos, e estou há 8 trabalhando no mercado de carne europeu. Durante minha vida profissional pude acompanhar as principais transformações no cenário mundial do mercado de carne bovina. Vi as causas e conseqüências das crises da vaca louca na Europa em 96 e 2001. Vi o Brasil crescer no setor e tomar o mercado que era dos europeus na Rússia e no Oriente Médio. Lembro-me da febre aftosa na Argentina que ficou fechada para exportação durante todo o ano de 2001, o que impulsionou ainda mais as vendas do Brasil aqui na Europa. Vários clientes que compravam carne argentina adotaram a carne brasileira e continuaram com ela.

Também vi há dois anos atrás a febre aftosa aparecer no Mato Grosso do Sul, o embargo incluindo São Paulo e Paraná, e como os brasileiros conseguiram manter as exportações deslocando a produção para outros estados. Vi os frigoríficos brasileiros abrindo capital em bolsa, adquirindo outros no Uruguai, na Argentina, no Paraguai e, suprema ousadia, até nos Estados Unidos e na Austrália.

Na semana passada tive a oportunidade de acompanhar representantes do departamento de qualidade do maior supermercado holandês em uma auditoria em alguns frigoríficos brasileiros.

Pela primeira vez na vida deles, puderam ter uma idéia do que é a pecuária no Brasil, da escala, das distâncias, da infinidade do espaço, do tamanho dos rebanhos. Viajei 5 horas entre Goiás e Minas em uma distância equivalente àquela entre Amsterdam e Paris. O que se anda no Brasil de um estado a outro anda-se na Europa entre três países. No caminho, passeando pelo pujante sertão goiano vimos fazendas de gado, campos imensos de soja, laranjais, seringais, pivôs e tudo o que faz a força do agronegócio brasileiro.

Nos quatro frigoríficos que visitamos entre Goiás e Minas Gerais, vimos indústrias que matam mais de 1.000 cabeças por dia, dando emprego a milhares de pessoas, cada uma delas capaz de por comida no prato da família. Vimos também o quanto está sendo investido e quanta riqueza está sendo produzida ali.

Há problemas? É claro que sim, às vezes se quer produzir muito onde não há espaço para tanto, há melhorias que ainda estão sendo implementadas, reformas e modificações que precisam ser feitas. Mas o que eu vi foi vontade, dedicação, competência, trabalho duro.

Vocês acham que a indústria de carne européia é perfeita? Procurem em motores de busca e nos sites de jornais europeus as palavras “meat scandals” e dêem uma olhada nos resultados. Venda de carne avariada, etiquetagem ilegal, contaminação microbiológica, hormônios, falcatruas, tem de tudo.

Os irlandeses estão a cada dia despejando notícias escandalosas na mídia sobre a carne brasileira. Eu sugiro darmos o troco. Vamos perguntar ao Parlamento Europeu porque São Paulo está embargado há dois anos sendo que nunca teve febre aftosa e o Reino Unido em menos de um mês depois de um foco estava exportando de novo.

Vamos perguntar porque a Europa compra carne irlandesa que teve 15 casos de vaca louca este ano e 41 no passado (Fonte: OIE). Vamos pedir explicações a cada novo escândalo que aparecer na imprensa européia. Vamos organizar uma viagem de pecuaristas e jornalistas brasileiros às fazendas e frigoríficos irlandeses, vamos ver se eles fazem tudo nas normas.

Eu estive em uma fazenda irlandesa, enfiado até a canela em lama e esterco para ver animais (um de cada cor, tipo e tamanho…) imundos estabulados em um espaço minúsculo comendo ração sabe-se lá de que. Acreditem, não temos nada a dever a eles.

Hoje, de cada 3 kg de carne negociadas no mercado internacional, 1kg é de carne brasileira. Pelo que eu vi, poderá ser até mais. Os lobbystas irlandeses de plantão esperneiam porque sabem que não são páreos para nós, mas temos que responder as afrontas à altura, o que é um trabalho para todos os envolvidos na cadeia de produção, pecuaristas, indústrias e governo.

Neste parágrafo final, gostaria de prestar uma homenagem às pessoas que conheci na semana passada. São veterinárias e engenheiras de alimentos, parte dos times da Garantia de Qualidade das indústrias que visitamos. A maioria mulheres, competentes e responsáveis, todas com as respostas na ponta da língua, todas com seus gráficos, treinamentos e análises organizadas com esmero em pastas e arquivos, com atenção aos detalhes, e ainda por cima esbanjando simpatia e graça.

No mundo bruto de homens e bois, elas comandam e são respeitadas e obedecidas. São Liliane, Tatiane, Maria Teresa, Clarice, Juliana, Maysa e tantas outras em outras fábricas por aí. Há homens também, que não costumo elogiar, mas com iguais qualidades, Tiago, Leonardo, Edson, Fábio, Antonio. Vender é fácil, manter o cliente satisfeito é que é difícil, e este é o trabalho da Garantia de Qualidade. Vocês me deixaram esta semana cheios de orgulho de fazer parte, nem que seja uma pequena parte, deste Brasil que funciona, que cresce e que tem talento.

14 Comments

  1. Mario Wolf Filho disse:

    Caro Fernando Sampaio, fico muito feliz em ver seu orgulho e sua empolgação, porém infelizmente, coitado do produtor que produz qualidade e fica com a parte pesada da cadeia produtiva e é espoliado pela maioria das indústrias frigoríficas, que crescem extraordinariamente em quanto o produtor, o pecuarista está encolhendo é só ver o abate de fêmeas ultimamente em todo o Brasil. Algumas regiões mais outras menos, e a causa é o desestimulo pelo preço e pelo rendimento de carcaça, você já viu boi cruzamento industrial de 2 anos, com 531 de média terminado em confinamento dar 50,8% de carcaça, pois isto é freqüente nos abates. na região Norte de MT. Mas pelo que sei é geral.

    Um forte abraço e espero um dia que nós compartilhemos também dessa sua euforia.

    Mario Wolf Filho – Pres. do Sindicato Rural de Nova Canaã do Norte-MT

  2. Krijn Wielemaker disse:

    Parabéns Fernando, tudo verdade, vamos na briga para este mercado, meu grande desejo é que os pecuaristas também ganhem com o trabalho deles.

  3. José Manuel de Mesquita disse:

    Prezado Fernando,

    Realmente, você está certo em sentir orgulho das potencialidades, e dos resultados que observou nas visitas/auditorias realizadas.

    Uma de minhas dúvidas: por que os resultados das auditorias oficiais do mercado comum europeu realizadas nos frigoríficos brasileiros sempre encontram resultados tão diferentes dos que você observou em sua visita?

    Chego a pensar que ambas as visitas são direcionadas, ou seja: Os fornecedores escolhem os frigoríficos estruturados para mostrar aos clientes, e os auditores estrangeiros escolhem aqueles que são problemáticos (de forma aleatória ou mesmo direcionada).

    Resumindo: nosso sistema de produção está sendo julgado pelos extremos, e como em qualquer distribuição estatística os extremos não representam uma amostragem fiel do sistema que está sendo avaliado. Nosso sistema não possui (nos meios de produção) o padrão de qualidade exigido pelos europeus, se analisando de forma geral. Infelizmente nossa qualidade está em uma das pontas, e não em todo o sistema como deveria.

  4. Arthur R. Jerosch Filho disse:

    Fernando Sampaio,

    Tá aí um nome que não pode ser esquecido pelo Itamaratí, quando tivermos um governo competente.

    Bravo Fernando, continue sua luta por nós aí. Garanto que assim como eu, muitos também tem orgulho de você.

    Forte abraço

  5. Claudio Maluf Haddad disse:

    Valeu, Fernando,

    É de pessoas competentes como você que o Brasil necessita. Tenho muito orgulho em ter participado de sua formação profissional, e para você o ceu é o limite.

    Um forte abraço.

  6. Jogi Humberto Oshiai disse:

    Prezado Fernando,

    Informo que também tive orgulho ao visitar recentemente o trabalho heróico desenvolvido por verdadeiros funcionários de governo (IMA, INDEA e GEFRON) na fronteira do Brasil com a Bolívia. Profissionais altamente motivados graças a liderança da Dra Risia Lopes Negreiros, do Indea/MT, que vivem em condições de “Tarzan” para tentar combater a aftosa e também o crime organizado.

    O Brasil é hoje detentor do que foi declarado pelo Diretor Executivo da Abiec – o petróleo vermelho! Pondero, contudo, que não devemos cair no ufanismo do passado e passar o tempo todo gritando que o novo petróleo é nosso! Felizmente os meus colegas e amigos produtores, da indústria da carne e da mídia especializada já tomaram consciência que a inércia do governo federal no Brasil e no exterior especialmente no que se refere ao agronegócio deixa muito a desejar e assim o esforço empreendido pelo setor para se posicionar como primeiro exportador de carne bovina no mundo em volume acaba muitas vezes sendo punido com rigor por falta de decisões políticas. Você muito bem recordou que a crise de febre aftosa já se alastra por longos dois anos e eu condividi a marga experiência logo no seu início na SIAL na companhia das lideranças das indústrias, dos produtores e das certificadoras!

    Você como profissional do setor sabe muito bem que o paradigma regulatório na área de saúde animal e pública é praticamente estabelecido pela União Européia e querendo ou não este é também o principal mercado em preços para os cortes de qualidade. Portanto, não se trata somente de denunciar o eventual protecionismo comunitário por meio de barreiras não tarifárias sem antes fazer o dever de casa acumulado ao longo dos últimos anos. Lembro que o interesse é nosso!

    Para finalizar – utilizo como gancho o último comentário e encareço para que não perca o teu entusiasmo com vistas a colaborar para cobrir as lacunas existentes no serviço público brasileiro, inclusive no MRE (Itamaraty), até que medidas estruturais sejam tomadas a nível governamental para que o setor do agronegócios seja defendido por reais representantes do setor. O atual Ministro do MAPA ventilou o retorno de adidos agrícolas – um sonho?!

    Estou a tua disposição em Bruxelas para continuar a discussão e para lutar por este setor que é realmente um “mar de petróleo”.

  7. Otávio Hermont Cançado disse:

    Meu caro amigo Fernando,

    Parabéns por mais este belo e realista artigo. Você reflete aquilo que julgo o melhor que o brasileiro pode ser e ter. Orgulho, sem coitadismo.

    Temos que ser mais atuante, como já disse por diversas ocasiões em artigos anteriores.

    Forte abraço,

    Otávio Cançado

  8. Edgar Lauro disse:

    Estimado Fernando,

    Como trabajador del area agropecuaria, y como sudamericano, me llena de orgullo saber que la voluntad, dedicación, competencia y trabajo duro del hombre de campo y las industrias van rindiendo sus frutos paulatinamente.

    Es muy cierto que vender es facil, pero mantener al cliente satisfecho es lo dificil; sin embargo, la capacitación, el esfuerzo diario de querer hacer bien las cosas, acompañados del trabajo duro, indefectiblemente deberan rendir sus frutos y creo que los pecuaristas de los paises de ésta parte de América, lo estan logrando.

    Siempre es una satisfacción leer articulos como lo que has escrito, por lo que te envío mis congratulaciones, junto al compromiso de seguir adelante en busca del perfeccionamiento, para beneficio de nuestras naciones y conciudadanos.

    Un abrazo.

    Edgar A.Lauro.

  9. Deniz Ferreira Ribeiro disse:

    O trabalho acumulado que vem sendo realizado pela cadeia da carne brasileira, após a virada do século, é realmente um motivo de justo orgulho e satisfação para todos os brasileiros conscientes e familiarizados com o tema, particularmente para o articulista engº Fernando, que ocupa posição de destaque no elo da cadeia mais próximo do consumidor mais exigente. É, portanto, acima de tudo, um observador privilegiado, ao qual não passou despercebida, inclusive a qualidade do material humano envolvido nos processos industriais implantados em nosso país.

    Esta condição é fruto de investimentos bem direcionados, tanto em instalações, quanto em pessoal habilitado e preparado. Não existem estatísticas disponíveis que quantifiquem tais investimentos. Todos sabemos que essas indústrias, das quais nos orgulhamos são autenticamente brasileiras, propriedade de brasileiros e administradas e operadas por brasileiros. Sabemos também que as linhas de crédito oficiais, a juros favorecidos, que no passado impulsionaram fortemente o crescimento de outros segmentos industriais, estiveram muito distantes de nossa indústria frigorifica, o que confere maior importância ainda ao esforço realizado.

    Sabemos ainda que não houve aporte significativo de capitais do exterior, e que apenas neste ano estão sendo ensaiadas as operações de captação de capital através da Bolsa de Valores. Por fim, sabemos que as empresas das quais nossas indústrias frigorificas fazem parte se encontram em bom estado de sanidade financeira (o que tem permitido, inclusive, que se lancem nos projetos de abertura de capital).

    Através de contatos que tenho mantido com estrangeiros ligados à cadeia, tenho ouvido com freqüência a indagação, que muito bem poderia ter sido feita pelo engº Sampaio: qual a fórmula mágica encontrada pela indústria frigorifica brasileira para a alavancagem de tantos investimentos? De onde saíram tantos milhões de dólares para que essa performance espetacular de maciços investimentos pudesse ter sido realizada, se há pouco tempo atrás, todos esses empresários se dedicavam a atividades afins, é verdade, mas em escalas infinitamente inferiores.

    A questão se coloca em discussão, não para empanar o brilho daquilo que é real motivo de orgulho, e sim para que possamos continuar nos orgulhando de modo mais consistente no futuro. Porque? Porque é forçoso reconhecer que no campo econômico milagres não existem.

    A alavancagem financeira do espetacular programa de produção posto em marcha pela indústria da carne proveio da compressão dos preços e conseqüentemente das margens dos fornecedores de matéria prima. O engº Sampaio sabe muito bem, como trader que é, que essa alavancagem não veio do comércio internacional, porque diante dos “lobos” experientes desse mercado, nossos neófitos industriais não passam de frágeis “cordeirinhos”.O tempo mudará essa realidade, porque os cordeirinhos crescerão e os lobos perderão seus dentes, mas ainda não houve tempo suficiente para que isso aconteça.

    Muito menos a fonte dessa alavancagem teria vindo do mercado doméstico, de vez que a economia do País vem há muitos anos apresentado crescimento medíocre, empecilho grave a qualquer possibilidade de alavancagem. Assim, outra pergunta se coloca: qual a possibilidade de que se possa continuar a comprimir preços e margens dos produtores de matéria prima e obter uma resposta de produção compatível com a capacidade instalada e em instalação pela indústria?

    Nos parece que a resposta que vem sendo dada pela realidade, é fonte de real preocupação para todos os envolvidos na cadeia da carne e talvez o engº Sampaio possa vir a ter uma visão mais completa desse conjunto do qual ele faz parte em seu elo final, se se debruçar um pouco mais na análise do que vem acontecendo em seu elo inicial.

    As sucessivas compressões de preços e de lucratividade do elo inicial da cadeia somente foram possíveis por dois fatores fundamentais e circunstanciais: taxa de expansão do rebanho acima da demanda doméstica a partir de meados da década de 90 e inércia intrínseca do setor produtivo para reagir às variações de preço. A tendência de expansão do rebanho já apresenta indicações de ter sido revertida e os problemas de oferta que advirão no curto prazo correm por conta da inércia apontada.

    Se deixada à atuação normal das forças de mercado, a atitude tradicional da indústria frigorifica conduzirá a uma crise sem precedentes na cadeia da carne brasileira que jogará por terra muito do que tem sido feito até agora. A oferta de boi gordo e a produção de bezerros irá se encolhendo cada vez mais e um ramo de atividade tão promissor irá deixar de realizar seu futuro brilhante, do qual realmente poderíamos nos orgulhar, se os agentes da cadeia bem sucedidos de um lado, pudessem ter agido de modo mais profissional de outro.

  10. José Cláudio Ivantes disse:

    Fernando. O que comentar?

    Fico realmente emocionado ao ler os seus comentários e os dos demais.

    Como pecuarista sabemos o grande esforço que fazemos todos os dias para acompanhar as mudanças do Sisbov. Incrível.

    Espero que realmente essa qualidade chegue em remuneração aos pecuaristas.

    Meus parabéns.

  11. Djalma de Freitas disse:

    Fernando,

    Gostaria de parabenizá-lo pela matéria e, principalmente, pelo ângulo de visão utilizado, que foi apresentar as coisas que estão certas, sem contudo, esquecer o trabalho que ainda precisa ser feito.

    Temos o hábito de valorizar somente o que está errado, notícias negativas. Seu artigo motiva a todos profissionais atuantes no setor a continuarem no longo e árduo caminho que vai garantir à carne brasileira o respeito que ela merece.

    Parabéns!

  12. Rafael Henrique Ruzzon Scarpetta disse:

    Eu parabenizo o Sr Fernando, e gostaria aqui, apenas de frisar uma frase do Sr Jogi: “Felizmente os meus colegas e amigos produtores, da indústria da carne e da mídia especializada já tomaram consciência que a inércia do governo federal no Brasil e no exterior especialmente no que se refere ao agronegócio deixa muito a desejar”

    E também do Sr Roberto Mesquita: “A meu ver, a diferença entre o Brasil e o Reino Unido, é que nós sabemos produzir carne de qualidade e eles sabem promover a qualidade da carne.”

    Ou seja, precisamos de mídia gente, é por isso que o Reino Unido continua ocupando um mercado que pode ser nosso, mesmo com qualidade inferior, falta atitude do governo, para promover, divulgar a qualidade da nossa carne.

    Como disse o Miguel Cavalcanti, em uma palestra aqui em Campo Grande, precisamos criar um selo de identificação de qualidade da nossa carne, e exigir que o consumidor final saiba que aquela carne veio do Brasil.

    Enfim, temos que nos mexer!

  13. Marcelo Ribeiro disse:

    Fernando,

    Fiquei emocionado em ler seu depoimento. Também trabalho fora do Brasil e pude fazer parte do processo de aquisição por uma empresa brasileira de uma empresa americana-australiana, ajudando inclusive a colocar a bandeira brasileira aqui na Austrália.

    Bem, é nítido que nós brasileiros estamos construindo uma nova fase na produção de alimentos no mundo, inclusive assumindo uma imensa responsabilidade por isso.

    Sinto orgulho em ir as 4 indústrias que temos aqui e ver a nossa bandeira quase que gritando: “somos latinos e chegamos!”

    Parabéns e continue sua luta, que na verdade você está lutando por todos nós.

    Marcelo Ribeiro

  14. Rísia Lopes Negreiros disse:

    Comentário realmente interessante esse do Fernando. O mundo do agronegócio precisa de pessoas com visão em toda a extensão da cadeia para sobreviver no meio das novas formas de concorrência impostas pelo mundo globalizado.

    Trabalho a 17 anos no Estado de Mato Grosso e tenho assistido a inúmeras situações e exigências diferentes a cada exigência para nos mantermos no mercado, saímos mais fortalecidos e com idéias novas para melhorar o setor.

    O depoimento do Fernando é de 2007, mas o conteúdo continua atual. Senti vontade de deixar meu comentário por duas razões:
    A primeira delas é que estive no foco de febre aftosa do Mato Grosso do Sul em 2005 e a descrição do mesmo por uma pessoa que não conheço pessoalmente me tornou próxima da matéria ora apresentada.
    A segunda se refere ao comentário do amigo Jogi Humberto Oshiai, a que aproveito para agradecer as gentis palavras dirigidas a mim no seu comentário. Estivemos juntos na fronteira onde mostramos os trabalhos realizados e as dificuldades que enfrentamos para realiza-lo. Daquela ocasião para cá conseguimos melhores estruturas e melhores condições de trabalho, quando voltar poderá constatar nossos avanços.
    Parabéns a Fernando pelo esforço desprendido.
    Rísia Lopes Negreiros