Reposição Fêmea Nelore – 09/10/07
9 de outubro de 2007
No mercado físico pouca oferta mantém preços firmes
11 de outubro de 2007

Uruguai: abates recuam em setembro

A queda da atividade da indústria frigorifica uruguaia, embora fosse previsível, assume uma proporção que não tinha sido antecipada. No primeiro semestre, abateu-se em um bom ritmo, embora os abates totais, de 1,25 milhão de cabeças, tenham sido 10% menores do que no mesmo período do ano anterior.

O Uruguai continua com falta de gado preparado, os frigoríficos estão abatendo duas vezes por semana e os valores dos animais não param de subir, formando um panorama inédito no país.

A queda da atividade da indústria frigorifica uruguaia, embora fosse previsível, assume uma proporção que não tinha sido antecipada. No primeiro semestre, abateu-se em um bom ritmo, embora os abates totais, de 1,25 milhão de cabeças, tenham sido 10% menores do que no mesmo período do ano anterior.

Esta tendência se aprofundou no meio do ano e, no terceiro trimestre (julho a setembro), os abates foram de 444,5 mil cabeças, 22,5% a menos que no mesmo período do ano anterior, que não foi nada excepcional.

No mês de junho deste ano, no entanto, os abates quase alcançaram 259 mil cabeças, superando os do ano anterior pela primeira vez e foi um dos maiores da história para um só mês. Este foi o último mês em que se processaram altos volumes; já em julho os abates baixaram mais de 90 mil cabeças, 35% de queda de um mês a outro e este mês finalizou com pouco mais de 166 mil cabeças.

Os abates de agosto repetiram a tendência de julho, mas em setembro, a debilidade da oferta se intensificou. À medida que transcorria o mês foi se acentuando a escassez e, na última semana, chegaram ao mínimo dos últimos quatro anos, com 23,4 mil cabeças abatidas.

Ao mesmo tempo que caía a oferta, os preços dos bovinos foram subindo: na última semana, segundo o indicador do Instituto Nacional de Carnes (INAC), o preço dos novilhos de corte ficou em média em US$ 2,33 o quilo, o que equivale a quase US$ 1,28 o quilo em pé, mais de 20% acima do preço na mesma semana do ano anterior.

Este processo deve estar chegando ao fim, com as empresas frigorificas baixando os preços e ajustando sua atividade para 2 ou 3 dias no máximo por semana, para evitar pressionar sobre um mercado tão reduzido. A expectativa é que a oferta se recomponha de forma relativamente rápida. As informações são da Consultora Seragro publicados pelo El País.

0 Comments

  1. Julio M. Tatsch disse:

    Quanto ao dianóstico citado no artigo referente ao Uruguai, fato idêntico está ocorrendo no RS, ocultado parcialmente pelos altos volumes de carne maturada e desossada importados pelo RS do Brasil central.

    Atenciosamente, Julio Tatsch

  2. Rodolfo Endres Neto disse:

    Com certeza este será o quadro que veremos em breve no Brasil. É só aguardar este final de gado confinado.