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Desequilíbrio no mercado mantém cotações em alta

A demanda elevada por animais, frente à pouca oferta, tem gerado alta de preços em toda a cadeia pecuária. De acordo com levantamentos diários do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, as cotações da arroba, da carne e do bezerro são as maiores, em termos nominais, registradas em toda a história.

A demanda elevada por animais, frente à pouca oferta, tem gerado alta de preços em toda a cadeia pecuária. De acordo com levantamentos diários do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, as cotações da arroba, da carne e do bezerro são as maiores, em termos nominais, registradas em toda a história – os levantamentos de preços da arroba iniciaram em março de 1994, os da carne, em janeiro de 2001 e os de bezerro, em fevereiro de 2000.

Desde 25 de outubro, quando o Indicador do boi gordo Esalq/BM&F (estado de São Paulo) fechou a R$ 65,15, as cotações vêm batendo recordes diários. Nessa terça, o Indicador foi de R$ 66,32, à vista (valores a prazo convertidos para à vista pela taxa CDI), aumento de mais de 8% no acumulado de outubro. A prazo, grande parte dos negócios tem sido efetivada em torno de R$ 67,00, para descontar os 2,3% de CESSR (Contribuição Especial da Seguridade Social Rural).

A baixa oferta de animais é generalizada e inclui tanto as regiões de confinamento como as de pasto, o que tem mantido curtas as escalas dos frigoríficos. Segundo agentes consultados pelo Cepea, muitos pecuaristas de engorda já não dispõem de lotes para serem comercializados; outros preferem esperar para vender o restante dos animais na expectativa de preços maiores.

No mercado atacadista de carne com osso da Grande São Paulo, os preços também têm registrado recordes. No acumulado de outubro (até o dia 30), a carcaça casada de boi teve aumento de 6,1%, se mantendo nos maiores patamares nominais, acima dos R$ 4,10/kg desde a última quinta-feira, 25. Nessa terça-feira, 30, a carcaça fechou a R$ 4,15/kg.

E os preços do bezerro também seguem em alta, sustentados pelo desequilíbrio entre oferta e demanda. Nessa terça-feira, o Indicador fechou a R$ 468,87 (à vista), aumento de quase 1% no acumulado do mês. A média do bezerro São Paulo foi de R$ 468,36 no dia 30, reação de 0,88% em outubro.

As informações são do Cepea.

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