Entidades de classe, representantes dos pecuaristas e frigoríficos estão se organizando, na tentativa de unir forças para propor mudanças ao sistema de rastreabilidade e melhorar o Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos). Na semana passada, em reunião entre representantes do setor oi redigida um carta que será enviada ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.
Entidades de classe, representantes dos pecuaristas e frigoríficos estão se organizando, na tentativa de unir forças para propor mudanças ao sistema de rastreabilidade e melhorar o Sisbov (Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos).
Na semana passada, em reunião entre representantes da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária do MS), Sindicato Rural de Campo Grande, Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), ASPNP (Associação Sulmatogrossense dos Produtores de Novilho Precoce), Sodepan (Sociedade de Defesa do Pantanal), Acerta (Associação das Empresas de Certificação e Rastreabilidade Agropecuária), SICADEMS (Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de MS) e de frigoríficos que atuam no estados, foi redigida um carta que será enviada ao Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes.
No documento as entidades apresentam os problemas enfrentados pelos pecuaristas do Mato Grosso do Sul em aderir ao sistema e cumprir com as novas exigências e sugerem mudanças nos prazos e em alguns requisitos para tornar viável a migração para o “novo Sisbov”. Abaixo segue a carta redigida durante a reunião.
Carta do setor produtivo da bovinocultura de corte do MS ao Ministro da Agricultura:
Campo Grande – MS, 28 de novembro de 2007.
Excelentíssimo Senhor Ministro,
O Setor da Pecuária de Corte do Estado de Mato Grosso do Sul, aqui representado pelas instituições abaixo assinadas, vem por meio deste “solicitar prorrogação de todos os prazos de inclusão e transferência entre o Sistema SISBOV – Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina – e ERAS – Estabelecimento Rural Aprovado pelo Sisbov”.
Nosso pedido se justifica por vários pontos levantados pelo setor que causam incoerência e não conformidade com as Normas Técnicas e a prática das propriedades rurais, sendo eles:
• Prorrogação de 120 (cento e vinte) dias de todos os prazos;
• Eliminação do DIA – Documento de Identidade Animal – para qualquer operação do ERAS e Sisbov;
• O animal desconforme deverá desclassificar somente a ele mesmo, mantendo habilitado o restante do lote, sem gerar punição adicional;
• A propriedade ‘ERAS’ poderá comprar quaisquer animais de propriedades ‘não ERAS’, desde que respeitado o prazo de 90 (noventa) dias;
• A vistoria pela certificadora nas propriedades rurais cadastradas deverá ser anual;
• O frigorífico poderá abater animais provenientes da “Área Habilitada” e “Área não Habilitada”;
• No abate, a leitura e identificação dos animais serão feitas na “calha de sangria” pelo frigorífico;
• Deverá ser concedido o acesso direto pelo produtor rural ao BND – Banco Nacional de Dados – do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA;
Outrossim, considerando que:
• Os programas de rastreabilidade bovina ERAS e Sisbov são considerados de caráter voluntário, voltados a produtores que pretendem vender seus animais à frigoríficos habilitados à exportação para a Comunidade Européia;
• O Estado de Mato Grosso do Sul teve suas exportações suspensas desde seu foco de aftosa, em outubro de 2005;
• O produtor nesses últimos anos, descapitalizado, freou seus investimentos, e a migração para o ERAS, exige um maior gasto com vistorias a cada seis meses;
• Uma dificuldade na equiparação do saldo dos animais do Sisbov para o ERAS, visto que no novo sistema, a quantidade de animais deve ser igual ao IAGRO, e muitas vezes há problemas nos relatórios das rastreadoras antigas;
• Um grande número de pecuaristas tende a migrar do Sisbov ao Eras após a divulgação da liberação do Estado para exportação neste mês de novembro, e pode provocar um colapso no sistema de rastreamento, visto que temos em torno de 45.000 propriedades no Estado e apenas 1.400 já cadastrados no Eras.
Com estas justificativas, Senhor Ministro, aguardamos um pronunciamento de Vossa Senhoria sobre o referido pleito que, para nós produtores rurais, é de suma importância, e ficamos a disposição para o que se faça necessário.
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Para que estes remendos? Precisamos aproveitar o momento em que o mundo parece que vai acabar e eliminar totalmente esta maluquice da identificação individual.
O trace-back pode e deve ser feito como sempre o foi há muitos anos: basta a GTA, inspeção federal no abate e uma Defesa Sanitária equipada, e nada mais.
Chega de parasitismo e de leis obtusas impostas por quem não é do ramo!
Muito oportuna essa abordagem e esperamos que haja sensibilidade por parte do Sr. Ministro da Agricultura para este assunto, e de extrema importância para os pecuaristas nao somente do MS, como para todo o nosso país.
Parabéns pela iniciativa!!!!
É o jeitinho brasileiro, sempre querendo empurrar para frente. Deixa tudo pra última hora e depois vem com um montão de desculpas. Para resolver de vez a questão da rastreabilidade é preciso determinação, o mundo inteiro quer nossa carne, hoje é o segundo melhor preço no mundo todo.
É preciso aproveitar o momento “bom”e acertar as contas.
sds
Claudecir M. Scarmagnani
O rastreamento não mudou em nada meu manejo e meu controle do animal, só complicou meu controle administrativo e aumentou minhas despesas.
Meus animais já eram numerados, controlados e com acompanhamento nutrisanitário, a qualidade deles é a mesma rastreados ou não.
O SISBOV só complicou com botons, mais papéis, recibos, protocolos, planilhas, DIAs, relatórios, arquivos, pessoal, aumentou despesas e deu prejuizos.
Como fiz tudo direitinho e muitos não, fiquei bestando, digo fiz porque não vou rastrear, não compensa.
Existem fazendas que estão a anos fazendo de qualquer jeito não saem disso, existem fazendeiros, e produtores de: humus, alface, batatas, leite, flores, frutas e de CARNE, carne nova que vira carne no gancho e carne no pasto para produzir carne que vai para o gancho e assim por diante.
Enfim falamos de produção, em propriedades que já prestei serviço e outras de colegas que fazem de forma séria cheguei, organizei e entreguei, se der continuidade, tem um levantamento contabil, um rastreamento particular e passa a saber o que tem e para onde foi.
Aos donos de gado, de terra, pois existem produtores, tirem por base a própria casa, a esposa põe em ordem, e se sair dela basta ela passar pela porta e ela dirá quem mexeu aqui. Então vá alguem de fora ditar uma regra nas vossas casas, pensem.
Então o que estamos vivendo e vendo nada mais é o fim de uma era na pecuária. Ou se torna um profissional ou continuaremos com telhado de vidro e sendo ameaçados pelo exterior, por leis feitas dentro de centros urbanos para agregar despesas, coloquem as fazendas no chão da realidade economica ai saberemos cobrar, exigir, impedir e evitar julgamentos.
Organize, ninguém perde por andar no caminho reto.