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Setor de alimentação animal prevê crescimento em 2008

O setor de alimentação animal prevê um aumento de 10% no volume de ração comercializado este ano, apesar das previsões de alta de soja e milho para a próxima safra. Segundo estimativa do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) esse mercado poderá superar a marca de 59 milhões de toneladas vendidas em 2008, ultrapassando os 53,5 milhões de toneladas comercializadas na última safra.

O setor de alimentação animal prevê um aumento de 10% no volume de ração comercializado este ano, apesar das previsões de alta de soja e milho para a próxima safra. Segundo estimativa do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações) esse mercado poderá superar a marca de 59 milhões de toneladas vendidas em 2008, ultrapassando os 53,5 milhões de toneladas comercializadas na última safra.

Esse incremento será alavancado pelo aumento do consumo de aves e suínos, que respondem por 80% do total comercializado, e pelos preços recordes da arroba do boi, que devem mobilizar um consumo ainda maior do produto. Embora os volumes comercializados sejam menores, com um total de 6,4 milhões de toneladas, a produção de ração para bovinos foi a que mais cresceu em 2007, acima de 20%.

O principal desafio do setor será o aumento dos preços dos suplementos minerais. Segundo reportagem de Priscila Machado, do Diário do Comércio & Indústria, uma reação em cadeia que irá atingir todos os ingredientes deve impulsionar uma alta de até 70% nos preços dos principais insumos.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Suplementos Minerais (Asbram), Marcos Baruselli, afirmou que o repasse da alta dos insumos para o preço final da ração irá depender do planejamento de cada empresa. Baruselli alertou ainda para o risco de o produtor recuar no uso dessas matérias-primas diante do aumento dos preços. Em 2007, os efeitos da alta do milho e da soja, que representam 90% do custo da ração, já se refletiram no aumento do preço das rações que, por sua vez, registrou uma alta de 17%, percentual que poderá ser superado em 2008 caso haja uma quebra de safra ou o impedimento de importar essas commodities.

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