Atacado – 07/01/08
7 de janeiro de 2008
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9 de janeiro de 2008

Criadores usam sorgo como alternativa ao milho caro

Os altos preços do milho e as previsões de que a escassez do grão deve continuar este ano estão impulsionando os criadores a utilizarem o sorgo na alimentação de seus animais, tanto a variedade granífera quanto a forrageira.

Os altos preços do milho e as previsões de que a escassez do grão deve continuar este ano estão impulsionando os criadores a utilizarem o sorgo na alimentação de seus animais, tanto a variedade granífera quanto a forrageira.

O sorgo granífero custa 80% do preço do milho (entre R$ 26,50 e R$ 27) e pode substituir até 30% do cereal nas rações, sem perda no valor nutritivo, segundo reportagem do Estado de São Paulo. Conforme a Embrapa, considerando aminoácidos, proteínas, vitaminas e outros elementos, o sorgo granífero tem valor biológico apenas 6% inferior ao do milho, o que torna ambos quase iguais em termos nutricionais.

Já o sorgo forrageiro, utilizado na produção de silagem, apresenta como vantagem em relação à silagem de milho a maior produtividade e o menor custo de produção. Além disso, o sorgo rebrota após o corte para silagem, permitindo corte subseqüente ou pastejo direto da rebrota.

O Brasil está entre os dez maiores produtores mundiais de sorgo, mas ainda utiliza pouco esse produto nas rações. De acordo com a Embrapa, enquanto no mundo o sorgo já substitui 10% do milho, no Brasil, seu uso no lugar do milho é de apenas 3%. Cerca de 38% do sorgo brasileiro vai para rações de aves, 37% para a de suínos e 20% para a de bovinos.

A cultura, que tolera bem climas quentes e não é tão sensível quanto o milho à seca, se expande 20% ao ano, sobretudo no Centro-Oeste. Este ano, em todo o País, plantaram-se 850 mil hectares e 1,7 milhão de toneladas foram colhidas.

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