Mercados Futuros – 29/01/08
29 de janeiro de 2008
Vencedor da campanha “Peça um Curso de IA para o Papai Noel” esteve na Lagoa
31 de janeiro de 2008

UE não concorda com lista apresentada pelo Mapa

O Brasil entregou à União Européia (UE) uma lista de fazendas autorizadas a exportar carne quase nove vezes maior que Bruxelas esperava receber e irritou os negociadores europeus. Ontem, a Comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, apelou para que "o Brasil atue de maneira justa" no comércio e garantiu que apenas 3% das fazendas brasileiras poderão vender carne à Europa.

O Brasil entregou à União Européia (UE) uma lista de fazendas autorizadas a exportar carne quase nove vezes maior que Bruxelas esperava receber e irritou os negociadores europeus. Ontem, a Comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, apelou para que “o Brasil atue de maneira justa” no comércio e garantiu que apenas 3% das fazendas brasileiras poderão vender carne à Europa.

A lista do governo tem mais de 2,6 mil fazendas credenciadas. Fischer Boel não nega que, se o atual sistema de certificação de fazendas não funcionar, um embargo total poderá ser aplicado.

A avaliação do governo brasileiro é de que, se todas cumprem os requisitos, não caberia ao Ministério da Agricultura selecionar 3% delas. Em Bruxelas, os europeus não escondiam a irritação com a atitude brasileira. Primeiro, pelo número de fazendas, considerado exagerado.

Segundo reportagem de Jamil Chade, do jornal O Estado de S. Paulo, Bruxelas deve publicar amanhã em seu diário oficial a lista das propriedades brasileiras autorizadas a exportar. Não se exclui que a lista seja ampliada, mas apenas depois de uma visita de inspetores europeus.

Ontem, falando a fazendeiros irlandeses, a comissária de Agricultura da UE (uma espécie de superministra para os 27 países do bloco) insistiu que estava tomando as iniciativas adequadas para garantir a qualidade da carne brasileira. “Se eles (brasileiros) querem exportar para nós, precisam atender a um padrão. Esse padrão é o que os europeus demandam.”

Os irlandeses, produtores que mais sofrem com a concorrência, pedem um embargo total do produto brasileiro e protestaram contra a lista brasileira. Fischer Boel alertou aos irlandeses que a Europa também precisa ser “justa”, e a resposta de Bruxelas ao problema precisa ser “proporcional”. “Não podemos impor um embargo total à carne brasileira, salvo se essa for a única solução viável.”

0 Comments

  1. Jones Pereira de Souza disse:

    Essa é a competência do nosso MAPA. Ainda vem com desculpas esfarrapdas, “A avaliação do governo brasileiro é de que, se todas cumprem os requisitos, não caberia ao Ministério da Agricultura selecionar 3% delas.”

    Não estou aqui dizendo para abrir as pernas para UE, mas a mesma já cansou de avisar que eles querem assim e pronto acabou e isso já vem a muito tempo, cabe a nós fazer o que? Deixar a UE sem carne?

    É um mercado que é rentável? É sim, mas fazer o que.

    Nós brasileiros digo, envolvendo toda a cadeia devemos nos unir e chegar a um meio termo ou até mesmo um basta quanto a UE.

  2. Alexandre Scaff Raffi disse:

    Eles acabaram de embargar o Brasil inteiro, só voltam no final de fevereiro para ver se conseguimos nos entender.

    E agora José?

    Não venham culpar os pecuaristas, nós avisamos que do jeio que estava não ia dar certo.

  3. William J A P Sousa disse:

    É simplismente incrível, como conseguiram complicar, algo que já não havia “nascido”direito (Sisbov) e agora existe já uma grande barreira para esse recém e problemático rebento que é a rastreabilidade brasileira.

  4. Cleyton Giúdice do Nascimento disse:

    O Brasil deveria tomar medidas corretas e definidas quanto a este mercado, pois temos um enorme mercado em crescimento na Ásia, que não nos reclama de tudo sempre e não estamos aproveitando isto (ao contrário da Austrália). Somos o maior exportador de carne do mundo temos que nos valorizar!

  5. Louis Pascal de Geer disse:

    Para mim está mais do que na hora em começar uma grande campanha de marketing da carne brasileira focalizando diretamente o consumidor final da União Européia, junto com as indústrias que tem condiçoes de exportar e a importadores também.

    Neste marketing temos que convencer o consumidor lá fora que a carne brasileira é mais barata e mais saudável, também precisamos expor quais são as nossas garantias plenamente sustentáveis em termos sanitários e de rastreabilidade.

    No meu ver, a ABIEC e o SIC tem que tomar a dianteira neste assunto e provocar uma pressão dos consumidores dentro da União Europeia para deixar a carne brasileira entrar.

  6. Jairo Pradela disse:

    Antes de tecer minha opinião sobre o assunto, devemos analisar alguns pontos:

    1º- Acho que o Brasil não apresentou sua extensão geográfica à UE, nem mesmo o potencial de produção de carne bovina.

    2º- O zoneamento das áreas habilitadas tem que ser revisto, pois não é concebível uma simples estrada dimensionar área 1 de área 2. Nossos representantes também não conhecem nada de geografia.

    3º- O Mapa está complicando as boas práticas que a UE propõe, muita burocracia para o produtor que necessita de informações claras e estas não chegam até eles.

    Esta reação da UE chega até ser irritante, mas com esse sistema de rastreabilidade em vigor não poderiamos esperar outra reação. Até agora a rastreabilidade era para “inglês” ver, só que chegou a hora que o inglês quer ver, e não estamos sabendo mostrar a ele, porque estamos tentando consertar um sistema originado de forma amadora, principalmente de interesse próprio de certos agentes da cadeia produtiva.

    Já pensou se os pecuristas pararem durante 30 dias de ofertar boi gordo, ou seja, fechar a porteira? Condições eles tem, basta se unirem!

  7. Marcelo Freitas disse:

    Com essa nova novela quem sai perdendo mais uma vez é o pecuarista, que comprou os brincos, um livro, pagou vistorias das prestadoras se adecou as novas exigências e agora que vai para a UE são apenas 3% dos pecuaristas.

    Hoje tenho 03 propriedades, mas só implantei o projeto em 02 para verificar a credibilidade do projeto, pois no sistema antigo perdi mais de 6 mil animais, pois abati os animais e não recebi nenhum valor a mais, engoli o prejuizo.

    Agora mais uma vez terei que engolir o prejuizo.

    Parabéns UE, aos poucos vai quebrando os pecuaristas desse humilde e rebaixado país.

  8. Luiz Fernando Azambuja Jr. disse:

    O pecuarista tá nem aí para o mercado internacional. Ele só se preocupa é com a pastagem, aguada, cerca e cavalo. O mercado, é do Frigorífico que pinta e borda com o dinheiro dele. Esta omissão vai custar caro!

    50 % dos produtores brasieliros nem sabe o que é SISBOV, somos uma potência pecuária circunstancial, o “Papai do Céu” nos deu campo e sol, só por isso. Não há profissionalismo, os veterinários e agrônomos morrem de fome neste País. Agora quem vai morrer de fome é a pecuária gigantesca nacional. Ah! vamos vender carne pra China. Quando? Quem vai comer todo este filé, cochão, alcatre? O povo, e bem barato!

    Acabou! Mas temos um alento! A terra tem vocação, sempre teremos bois pastando sobre ela, outros pecuaristas a ocuparão, mais profissionais e orientados por técnicos. Este governo (ou qualquer outro anterior) tá nem ai, eles vestem a camisa daqueles que os patrocinam, os grandes grupos, grandes segmentos, para que se perpetuem no poder.

  9. José Leonardo Montes disse:

    Vejo com muito desrespeito ao pecuarista brasileiro o que o Mapa está fazendo, porque liberou várias firmas que também entraram no negócio para dar emprego e ter sua rentabilidade, que são as certificadoras, que sabe lá se não vão ficar a ver navios, e o coitado do pecuarista não sabe mais para onde vai se tem que rastrear para vender ou se fica quieto com seu rebanho.

    Chega o frigorífico que no começo comprava os brincos e doavam aos pecuaristas, depois o ministério descubriu várias falcatruas, faziam o rastreamento e não colocavam brincos no rebanho, e a UE vinha e ficavam nervosos e avisavam, “tá com problema”!

    E nós continuavamos a fazer do jeitinho brasileiro, deu no que deu e agora Mapa que vai pagar o prejuízo se realmente for certo o que estão anunciando. Os pecuaristas, as certificadoras, os funcionários, quem vai perder? É ruim hein.

  10. Rodolfo Endres Neto disse:

    Nós sabemos que temos problemas no sistema desde o início, quando o então ministro da agricultura o sr. Pratini de Moraes, que criou o Sisbov.

    Nestes anos, mesmo com o Sisbov funcionando só “para inglês ver” o produtor nunca foi beneficiado.

    Na verdade, hoje isto é puro protecionismo para o produtor europeu. O que precisamos é uma postura governamental que lute pelo país. Como acreditar que isto pode ser modificado quando cargos técnicos são loteados por políticos, quando verbas da defesa sanitária são cortadas, quando não controlam desmatamento em terras públicas, quando o grande estadista Evo Morales invade e leva refinaria da Petrobras na maior moleza.

    Dizer aos europeus que venham aqui escolher as 300 propriedades é não ter vergonha na cara. Quem gerou a maior fatia do superavit de 190 bilhões de dólares para o país foi o agronegócio. Acorda Mapa.

  11. Wagner Campagnaro Verneck disse:

    Nosso mercado interno tem grande capacidade de consumo, 79% da produção, e vários mercados externos estão sendo abertos. Será que não é hora de deixar a união européia de lado? Deixar que eles corram atrás da carne brasileira? Já que eles não tem a mínima condição de abastecer seu mercado interno.

    O Sisbov tem que se tornar mais funcional, ao invés de ser desculpa para barreiras sanitárias.

  12. Carlos Henrique Ribeiro Do Prado disse:

    Estamos assistindo a mais um teatro da política nacional de exportação de carne bovina. Esta mediocridade tem que sair da mídia.

    Nós, pecuaristas, temos um produto a oferecer que é o melhor que conseguimos produzir com a miséria que recebemos por ele, portanto, se o nosso boi não intaressa aos europeus, que comam a sua própria produção caríssima e com BSE (vaca louca); ou importem carne com hormônio dos EUA; ou paguem mais caro do que os japoneses e comprem a carne da Austrália.

    E nós brasileiros vamos vender nosso excelente produto a outros países que não tenham frescura, pois a carne bovina brasileira é muito boa e baratíssima, não nos faltam compradores, ainda mais agora que o IBGE reduziu o volume do rebanho brasileiro em quase 40 milhões de cabeças, a carne não vai dar para quem quer.

    Os europeus querem o que há de melhor pelo menor preço: Se é barato, é ruim; se é bom, é caro. Se querem coisa boa, vão ter que gastar muito dinheiro, e é dinheiro na mão do pecuarista.

  13. Gustavo Costa Tiveron disse:

    Tudo começa com aquela velha história de o Brasil sempre abaixar a cabeça e dizer: “Sim senhora, nós vamos fazer do jeito que vocês querem!”.

    Está na hora do Brasil dizer um basta para a Europa, e sair em busca de mercados que estão emergindo para a nossa carne.

    Há mais de dois anos que o mercado do leite vem fortalecido com a abertura de novas fronteiras, e o preço se mantém em alta desde então; preços que não passavam de R$ 0,30 por litro, hoje estão à beira de R$ 0,70, ou seja, mais de 100% de valorização.
    Temos que investir e abrir novos mercados como a China, India, e outros países que já se interessaram pela nossa carne.

    Deixemos que eles, europeus, comam carne da Irlanda, Austrália, Estados Unidos a preços muito superiores do que os que eram praticados por nós. Veremos até quando eles vão dar conta de bancar com essa barreira. Barreira esta que é mais comercial do que uma questão de rastreabilidade em si.

    Quando eles voltarem para comprar a nossa carne, mais barata, é a hora de ditarmos o “ritmo da música”. Daí então, “a banda passará a tocar no nosso jeito”!
    Isso se nossos governantes tiverem um pouco de “brio” no rosto.

  14. Nagato Nakashima disse:

    A verdade é a seguinte, quem compra tem o direito de escolher o que quer e quem vende tem que produzir o que eles querem comprar. Este panorama já vem sendo anunciado efetivamente desde o embrago ocorrido com a febre aftosa no MS.

    O problema poderá agravar para o bolso do pecuarista em geral pela baixa nos preços que virão junto no mercado interno, que já estão anunciando.

    É preciso urgentemente aumentar a demanda interna quebrando paradígma da cadeia produtiva de alimentos.

  15. pedro luiz araujo filho disse:

    Estou pagando para ver, a UE tem que ir para África comer Gnu. Porque ninguém fala em outras possibilidades? Como vender mais ou abrir novos mercados, e se a UE parar de comprar nossa carne, o Brasil para?

    Temos que chegar a um entendimento sim! Pois nada que é imposto flui em mares calmos. E com relação ao número de propriedades que podem ou não exportar para UE, um minuto só. Produtores nós temos nossos direitos basta nós irmos atrás dele.

  16. Rodrigo Costa Favaro disse:

    O que o mundo tem que saber, é que a nossa carne é melhor do mundo, o nosso rebanho, as nossa fazendas, enfim, quem entende de boi é o brasileiro. Temos todas as condições favoráveis para obtermos sempre o sucesso no mercado mundial da carne, basta agora, trabalharmos sério, em busca de novos mercados, sem perder a UE.

    Temos que de alguma forma, fazer a UE sentir a nossa falta sem perdermos as relações comerciais que conseguimos com muito trabalho, é hora de arregaçar a camisa e fazer o negócio acontecer da maneira como eles sempre quiseram.

  17. Marcus Caldas Junqueira disse:

    Os Irlandeses liderando os produtores europeus estão, bravamente, tentando conter o avanço da carne brasileira (a mais competitiva do mundo), que como muitos concordam, é um merito “casual” do pecuarista brasileiro que dispõe de condições naturais e econômicas privelegiadas para a produção de proteína vermelha.

    O fato é que existe uma cresende demanda mundial por essa proteina animal, por vários fatores, inclusive o aumento de renda das economias emergentes, ou seja, é hora do Brasil valorizar o produto que possui, através de campanhas ao consumidor final, e criar medidas genuinamente brasileiras, para profissionalizar a cadeia produtiva da carne, provendo seguranca alimentar e certificação no processo de industrialização da carne. Ai sim teremos uma Demanda pelo nosso produto, sem ficar na dependência de nos adequarmos a normas, que todos sabem tem um carater muito mais protecionista do que sanitário.

    A pergunta que deixo no ar é: Por onde a carne brasileira (ilegal) vai entrar na Europa? Quem vai ganhar comprando carne brasileira, rotulando de “x” e vendendendo aos europeus? Afinal a Europa vai continuar comendo carne.

  18. João Mansur disse:

    Parabéns a burocracia brasileira, outra vez quem paga a conta somos nós, que entramos em mais essa de gaito. Até hoje não consegui ver aonde tivemos vantagem com rastreabilidade, e olha sou um dos pioneiros, conheço todos os problemas, sofri na carne e no bolso, as certificadoras e os frigorificos com certeza sabem aonde está o lucro. Mas nós vamos continuar na mesma até que alguém com responsabilidade assuma e nos tire desta situação vergonhosa.

    Viva aos nossos representantes, viva a nós.

  19. Ronaldo Lazzarini Santiago disse:

    As muitas cartas sobre o assunto mostram toda a revolta de pecuaristas com esta situação desencontrada, na qual só eles saem perdendo. Parece que os frigoríficos não estão muito preocupados, ou se estão não querem demonstrar.

    Como já fizemos a nossa parte e não sabemos mais o que fazer para mudar o rumo desta prosa, gostaria de pedir uma ajuda aos amigos do BeefPoint para que pesquisem e relacionem os produtos que o Brasil importa da Irlanda. A grande mídia não se importa e também não deu ainda nenhuma atenção a esta sabotagem irlandesa. Então nós mesmos deveremos começar uma campanha pela internet, para avisarmos à população brasileira do que está acontecendo e sugerir que boicotem voluntariamente produtos irlandeses. Não é complicado. Vamos lá.

    A propósito, o Mapa não exige rastreabilidade para venda da carne ao nosso povo, nem nunca soubemos de algum embargo a alimentos importados. Nossa gente só interessa na hora do voto.

  20. Leonardo Virgílio Gregório Guimarães disse:

    Tava demorando a acontecer.

    Na minha ótica, acho um absurdo existir o Eras com toda essa burocracia sendo que com o protocolo B se abate animais autorizando-os ao abate no próprio frigorifico.

    Outra situação é a nossa região (Norte do MT- Sinop, Colider, Alta Floresta,etc), ser considerada zona não habilitada e a região de Divisa com Bolivia ser habilitada (Como Caceres, Mirassol D´oeste, Pontes e Lacerda). Será que a região norte do MT é tão problematica assim?

    Vai ai meu desabafo de insatisfação e de indignidade perante politicos e autoridades competentes

  21. Rodrigo Vieira de Albuquerque disse:

    A confusão está instalada. Não há um lado sequer que passa ileso nesta história toda de rastreabilidade bovina no Brasil:

    – frigoríficos
    – pecuaristas
    – o SISBOV
    – Mapa
    – Institutos de defesa sanitária estaduais
    – negociadores europeus

    Todos os citados tem seus erros quanto à questão envolvida. Isto é fato. Todos nós somos testemunhas disto.

    Agora, o cerne de mais este capítulo é absolutamente incompreensível. Porque a Europa imaginava que receberia uma lista com somente 300 propriedades? De onde veio este raciocínio? Será que eles não sabiam que existem quase 6.000 fazendas no SISBOV? Será que ninguém apresentou os números básicos de produção de carne no país? Será que 300 propriedades teriam rebanho para alimentar a Europa com proteína animal? Tem algo muito estranho nesta história toda.

    Só um fato todos sabem: a @ está despencando. Hoje um frigorífico “grande”, destes de destaque na exportação, nos ligou solicitando bois não rastreados. Não quer comprar “bois com brincos” mais. É o “começo do fim da picada”! Parece brincadeira. Daria para rir, não fosse o prejuízo para a nossa empresa. A realidade mimetiza uma conversa entre loucos que não se entendem. E o produtor no meio disto tudo. Não duvido de mais nada.

  22. SERGIO LOPES SANDIM disse:

    Vai aqui uma dica.

    Vamos começar de baixo para cima. Primeiro oficializar o que já existe “As unidades Sanitarias de cada estado”. Se todos nós pecuaristas sempre solicitamos, informamos vacinas,tiramos guias de transito, por que, não se credencia os animais( SISBOV). Já temos as informações de nascimento, faixas etarias, baixas e todas as vacinas cadastradas no banco de dados das unidades sanitárias. Vamos simplificar a fiscalização, vamos acreditar em alguma coisa, chega de sermos enganados, Mapa, figorificos, (que abusam na parte comercial formando carteis.).

    Se isto não é verdade o porque do tal “plano B”, agora depois que UE falou em barrar as importações do nosso produto. Vamos deixar de conversa fiada e entrar numa mesa de negociação, com governo, frigorificos, setores da cadeia da carne, pecuaristas e mostrar a real situação que isto está. Tem muita gente falando e mandando sem ser do ramo.

  23. Frederico José Souto de Freitas disse:

    É incrível como esse negócio de SISBOV não anda.
    Todo santo dia tem uma querrela, uma pendenga, um “trem”, como dizemos aqui em Minas.

    Interessante como todas as opiniões acima nos fornecem mais argumentos prós e contra o SISBOV. É certo que o SISBOV nunca, e olhem que estou nisso desde 2002, funcionou direito.

    No início eram os bois brincados no frigorífico, depois pegaram alguns fazendo isso e aí os frigoríficos começaram a “dar” os brincos para os fazendeiros, com a garantia de compra dos animais no abate, o governo descobriu e acabou com a festa. Depois tivemos a época da obrigatoriedade que caiu menos de 6 meses depois.

    Depois tivemos o advento do Botton, ou se preferíssemos, da marcação a fogo ou da tatuagem (eu tatuei 800 animais num dia, o peso da tatuadora no final do dia era algo em torno de 250 kg), e por aí vai.

    Um amigo comentou aí em cima que fizeram o diabo para complicar o que não havia nascido direito mas, convenhamos, com a nossa mania de se fazer o jeitinho, só fizemos complicar mais e mais as coisas todas.

    É justo a União Européia reclamar que não fazemos as coisas direito mas, queiramos ou não, fomos nós mesmos que oferecemos o Sisbov a eles, como foi mostrado em entrevista já comentada aqui nesse espaço.

    Acho que o SISBOV, se tivesse sido seguido na íntegra desde sua criação em 2002, hoje não teríamos nada disso que está acontecendo, afinal de contas os europeus queriam, desde o início, somente um melhor controle sanitário do nosso rebanho o que é salutar para eles e para nós também.

    Mas, como era de se esperar, o governo aproveitou a deixa para poder fiscalizar mais a fundo a pecuária nacional, o que levou muitos pecuaristas a não aceitar o SISBOV até hoje, com receios de que o governo iria saber quantos bois eles possuíam, etc.

    Devemos nos lembrar que, mesmo agora depois do SISBOV, a maior demanda ainda continua sendo o mercado interno e, com isso, o campo está aberto a todos os pecuaristas, os que querem exportar e os que não querem exportar.

    Entretanto, acho que se as regras fossem mais fáceis de serem aplicadas, a maioria se adequaria e nada disso estaria acontecendo.

    Enquanto acontecerem coisas como as que ocorreram comigo nessa semana onde o frigorífico recusou abater 150 bois por causa de um erro de digitação no número do cnpj da fazenda, estando o gado todo ok, a fazenda vistoriada, os documentos todos ok, isso não funcionará nunca a contento.

    É o que eu acho.

  24. ODETH GOULART FERNANDES disse:

    Infelismente nossos governates não tem “brio” no rosto, tanto é que a situação chegou onde chegou, acho que a questão é mais politico-administrativa do que a rastreabilidade em si.

    Agora estão pecuarista, certificadoras, frigorificos e mais meia dúzia de gente remando em um barco furado sem saber de onde veio e para onde vai. Quem saiba isso sirva de um alerta para que se unão e fação algo antes que o barco se afunde de vez.

    E a pergunta é quem vai arcar com tanto prejuizo?

  25. Marcelo Janene El-kadre disse:

    Não é um brinco e uma tirinha de papel que vai mostrar a qualidade da carne do animal. Nós brasileiros temos que aprender a valorizar o que produzimos e mostrar para o mundo que somos competentes no que fazemos.

    Se não produzimos a melhor com certeza produzimos uma das melhores carnes do mundo, e é isto que precisamos mostrar lá fora. Chega de lobby de frigoríficos e alguns grupos poderosos que querem levar vantagem e abocanhar todo o mercado.

    É preciso aprender que no mercado internacional não existe o jeitinho brasileiro, e sim atitudes sérias que dêem credibilidade, principalmente quando falamos em produção de alimentos para o mundo.

  26. Frederico Fick disse:

    Caros, a UE tem um objetivo, manter seu status quo. Ou seja, quem dá as cartas do jogo são eles. No final de dezembro reintroduziram subsidios à exportacão de carne suina. Por que? Porque a Rússia reabriu seu mercado ao suíno de Santa Catarina. Foi quase automática a decisão. Isso se chama politica comercial e poder. Eles tem!

    A 5 anos atrás os Irlandeses comecaram com esse projeto para barrar o Brasil. Atencão “projeto”. Analisaram profundamente todos os nossos pontos fracos, emitiram relatórios e atacaram impieodosamente todos os pontos fracos do Brasil através da imprensa e lobby em Bruxelas.

    Alguém no Brasil atacou os 17 casos de vaca louca na Irlanda em 2007? Temos plano? Alguém analisou a situacão sanitária da carne e pescado da Europa?

    O que o Governo e cadeia produtiva fez? A impressão que fica é que tá todo mundo correndo atrás do seu práprio rabo. Sem falar em nossos diplomatas que parecem mais office-boys de luxo.

    Desabafei!

  27. Ivo Gregorio Lima Wagner disse:

    Acredito que essa novela está chegando em um ponto bastante decisivo. Pois o que parece é que realmente o que a UE quer, é que o número de propriedades seja reduzido, para que eles possam fiscalizá-las quase que diretamente.

    Nessa situação acredito que alguns caminhos podem acabar ocorrendo:

    1. Apenas grandes confinamentos irão poder exportar para a UE. Visto que pelas exigências os confinamentos teriam condições de manter todas as informações exigidas e com custo menor pelo volume de animais e ao mesmo tempo com volume de animais para manter o volume de “cortes” para exportação. Talvez até confinamentos com capital europeu, quem sabe?

    Não imagino “grandes” propriedades produtoras de boi a pasto com condição de manter os registros necessários para atender as exigências e volumes necessários.

    2. A Cadeia produtiva brasileira produz um auto-embargo e deixa os europeus sem o “gostinho” da nossa carne barata; até que seja estabelecido níveis de exigências mais compatíveis com a extensão territorial e número de propriedades do nosso país.

    3. O SISBOV cresce de uma maneira mais efetiva com apoio efetivo para que os produtores de toda a cadeia produtiva se integrem sem um aumento de custo insustentável e que seja compatível com nosso país. Talvez fosse realmente interessante ouvir o que a nossa Embrapa Gado de Corte tem a dizer, acredito que se eles não tem a resposta, pelo menos o caminho deve ser melhor.

    Não imagino outras milhares de possibilidades que podem ocorrer na combinação dessas acima. Mas uma coisa tenho certeza, os europeus terão que ceder para continuar a comer.

  28. CHARLES ROBERTO HILGERT disse:

    Maravilha que Argentinos e Uruguaios possam vender sua carne aos europeus, mas seu rebanho é bem menor que o nosso.

    Não acredito que os Europeus irão comer Gnus da Africa, como disse outro reclamante acima.

    Só podemos ter certeza de uma coisa: Não fizemos o dever de casa em nenhum momento. Brincamos nosso rebanho no frigorífico, ou colocamos em sacolinhas e entregamos no abate, no passado. O Frigorífico inventou que estava rastreando alguma coisa e acatou isso. O Mapa endossou a operação e chancelou que nossa carne estava Ok. E depois os “homi” não podem reclamar?

    Acredito piamente que estão usando um enorme entrave econômico contra nós. Barreira Sanitária é história pra “boi dormir”.

    Mas nós demos todas as armas para eles fazerem isso. E ainda carregamos elas e apontamos pro nosso próprio pé, e deixamos atirar.

    Acredito que temos condições excepcionais para contornarmos a situação, porém não podemos aguardar nosso Governo fazer isso sem base concreta de respostas. Somos nós (cadeia produtiva, desde o colono produtor até o frigorífico exportador) quem tem um enorme dever de nos profissionalizarmos realmente, e não continuarmos a brincar de produtores, exportadores e fiscalizadores.

    O mercado Europeu é muito atraente. O americano (que nem atendemos) também é. Ásia, então, tem um campo gigantesco de crescimento. Mas temos de fazer o dever de casa para sermos melhor remunerados. Não temos de vender porque é o mais barato. devemos sim, receber pela melhor qualidade de nossos produtos e devemos nos valorizar por isso.

    Mas devemos dar a base de argumentação para os nossos negociadores.

    Vai sair caro fazer o dever de casa. Mas se continuarmos a brincar de produtores, mais uma vez saíremos no prejuízo.

  29. Wendell L. Alves disse:

    É hora do Governo Federal, através do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento assumirem seu papel em defesa de toda a cadeia formada para o atendimento às exigências da União Européia.

    Visando o mercado europeu surgiu novo setor de mercado. Certificadoras, veterinários, especialistas em informática e desenvolvedores de tecnologia. Um mercado que envolve milhares de pessoas direta e indiretamente além de movimentar milhões de reais, que vem alavancando a economia brasileira ano após ano.

    Pecuaristas investiram pesado em tecnologia, capacitação de pessoal e estruturação das fazendas, que se tornaram empresas de produção de bovinos. Esforço que parece apenas ter sido percebido pelo Mapa, que insistiu em remendar um sistema caótico desde seu início, o SISBOV, que além de confuso estava constantemente em mutação, correndo atrás da satisfação – inatingível – da UE que sempre esteve cercada de protecionismo, fomentado principalmente pela Irlanda.

    Apesar do “baque”, a pecuária e o agronegócio brasileiro irá superar em pouco tempo a imediata crise da carne. O Mapa deve-se difundir mundialmente através de campanhas publicitárias a alta qualidade de nossa carne além das certificações necessárias de segurança sanitária, a nossa esta entre as mais seguras do mundo.

    É hora de buscar mercados mais atraentes como o asiático, algo já percebido pelos australianos. A UE não tem noção exata de nossa extensão geográfica e tão pouco de nosso rebanho.

    Explorar a potencialidade de outros mercados ao máximo e valorizar nossa carne junto a UE, que em breve virá buscar carne aqui. Se aceitarem apenas 3% de nossas fazendas, que não tenha nenhuma. Essa é a posição que esperamos do Mapa e Governo Federal. A posição de Bruxelas extrapola todos os princípios da ética comercial e merece sim retaliação de nossa parte.

  30. Marcelo Augusto Barbosa Figueiredo Alves disse:

    A UE vai sempre fazer restrições deste tipo à nossa carne. Sabe por que? Porque produzios carne com qualidade no mínimo igual a deles, porém a custos menores. E, se deixarem, inundamos o mercado deles com carne boa e barata.

    Desta forma, como eles precisam de nossa carne, mas também pecisam manter “vivos” os seus produtores ineficientes, escorados por subsídios, ficam inventando moda. É igual ao dono da bola no futebol de crianças que não sabe jogar bem. Fica criando obstáculos para poder jogar, senão leva a bola embora e o jogo acaba.

    O que nós precisamos fazer é não depender da bola deles.

  31. Humberto de Freitas Tavares disse:

    Apesar de todas as pressões e notícias plantadas, inclusive por analistas que por coerência deveriam revelar se detêm posições vendidas no mercado futuro, a carne que a Europa barrou corresponde apenas a 3,6% de nossa produção.

    Quem opera com análise gráfica, pode tranquilamente esperar um sinal de fundo e comprar contratos, pois há falta de boi e a tendência é de alta. Vamos aplicar um “short squeeze” nestes especuladores.

    Os europeus continuarão sendo abastecidos por carne in natura brasileira, só que agora triangulada via Egito, África do Sul e Índia, entre outros.

    Os confinamentos brasileiros estão praticamente inviabilizados pelo ERAS, com exceção talvez daqueles de um único dono. Quem pensava em mandar boi para boitel pode tirar seu marruquinho da chuva. Afinal, este pecuarista atônito pode ser condenado a pagar o preço da interdição de milhares de bois de terceiros se, no abate de seu gado, acontecer de um único e escasso boi ser considerado “impuro”. Imaginem só, num confinamento de 100.000 bois, eu ser chamado a pagar um prejuízo causado a terceiros de, digamos, 7 reais por arroba. Isso dá a bagatela de 13 milhões de reais. Quem se habilita?

    Colocando sob outra perspectiva, boitel não vai poder ser ERAS, óbvio. Essa vai ser a resposta do mercado.

    O ministro Stephanes tem uma oportunidade de ouro em meio a este festival de trapalhadas, usando o argumento – verdadeiro – de que ele nada tem a ver com isso, e fazendo retornar a rastreabilidade ao modelo que ela sempre teve, por lotes. Com GTA, marca do criador a fogo e defesa agropecuária a cargo de cada estado, com uma Inspeção Federal eficiente nos abates. Tudo isso já existe, precisamos apenas valorizar estes processos e estas carreiras, e dar-lhes condições de trabalho, com adequado repasse de verbas federais.

    O Sisbov continuaria apenas para animais importados e para quem queira produzir para nichos que exijam identificação individual.

    Chega de incompetência, deixem-nos trabalhar. Nosso grito de protesto tem que ser:

    — SISBOV? Não brinco mais!

  32. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Cartas e mais cartas. Todas bem claras quanto à realidade do negócio. Desabafos competentes! Mas está na hora de fazer mais que desabafo, está na hora de união da classe. Procure seu vizinho, seu conhecido, seu cliente! Procure a CNA! Vamos derrubar o ministro da agricultura e pecuária. Vamos bater panela! Chamar a atenção do povo!

    Eu não sei se conheço o caminho todo, mas será que tem mais gente que quer percorrer comigo? Tenho uma propriedade de cria em MS, entre Aparecida do Taboado e Selviria, será que algum vizinho meu está lendo isto?

    Abraços a todos

  33. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Ah, quando falei vamos chamar a atenção do povo, falo de marketing! E a rastreabilidade não me parece nada mais que marketing, no sentido de agregar valor ao produto. Mas pode ser simples e correta, diferente de abaixar cabeça para o europeu. Mas o valor agregado, nos dias de hoje, é imprescindível!

  34. Antonio Sergio Bertini disse:

    Nâo aderi aos ERAS, não quero vender meu gado para UE, enquanto essa bagunça perdurar.

    Por outro lado, não acho intressante e nem adequado perdermos este mercado tendo em vista que, apesar da baixa tonelagem em equivalente carcaça (3%) a partcipação do faturamento no todo é alta. Ainda que eu não queira aderir ao Eras, mesmo assim serei beneficiado com essas exportações – meu gado substituirá o exportado a UE, por outros mercados.

    De alguma forma, deixar esse gerenciamento nas mãos de burocratas – ditos como “urbanóides variedade asfaltica” – é esperar demais.

    Vale lembrar que: “o cliente tem sempre razão”. Se querem bananas verdes, não adianta mandar amarelas. Se querem carne de 300 propriedades, na tradução para o bom português significa 300 propriedades. É pegar ou largar

  35. Marcelo Freitas disse:

    Não podemos abrir as pernas, pois se eles querem comprar nós temos os bois. Se quer fazer o controle sanitário é uma coisa, mas palhaçada de SISBOV é de mais.

    Eu estou aderindo a bela campanha.

    Amigos pecuaristas nossa classe é uma piada e muito desunida. Vamos fazer desse ato da UE um basta a humilhaçao.

  36. Henrique de Freitas Tavares disse:

    Concordo com o Sr. Antonio Silvio Abeid Moura. Devemos, nós pecuaristas, fazermos algo para chamarmos a atenção. Como fizeram os moto-boys em São Paulo, fechando as marginais e chamando a atenção da imprensa; ou o MST invadindo fazendas e/ou impedindo rodovias.

    Nossa classe é muito desunida, cada um por si. Está na hora de fazermos a nossa parte, afinal temos a matéria prima – que é o boi – e os frigoríficos estão rindo de nós, pois alguns estados que nem exportam para a UE já baixaram o preço da arroba para até R$10,00 ou mais! Chega!

    Ou nós seguramos os bois no pasto para que os frigoríficos tomem atitudes para conversar e dividir as responsabilidades, ou então continuaremos sempre os coitadinhos, com ministra achando que a pecuária é que acaba com a amazônia e tudo mais!

  37. Antonio Silvio Abeid Moura ( Silvio Moura ) disse:

    Caro Henrique F. Tavares, obrigado pela força! Pronto , meu apelo já está sendo acolhido. Vou anotar seus dados para o futuro, quem sabe, nos conhecermos e lutarmos juntos.
    Grande abraço.