O fechamento imposto pela União Européia (UE) à entrada de carne brasileira a partir de 31 de janeiro pode beneficiar, no curto prazo, fornecedores alternativos, como Uruguai e Argentina. A demanda européia continua crescendo, o bloco produzirá menor volume de carne e precisará durante 2008 continuar importando de outros mercados, de forma que se prevê que os preços continuarão subindo.
O fechamento imposto pela União Européia (UE) à entrada de carne brasileira a partir de 31 de janeiro pode beneficiar, no curto prazo, fornecedores alternativos, como Uruguai e Argentina. A demanda européia continua crescendo, o bloco produzirá menor volume de carne e precisará durante 2008 continuar importando de outros mercados, de forma que se prevê que os preços continuarão subindo.
“É um benefício que terá que se ter cuidado, porque pode chegar a ser perigoso”, disse ao El País o presidente da empresa All Meat Trading, dedicada à comercialização de carne à UE e outros mercados, Patrick Long.
No caso do Uruguai, o aumento de preços pela pressão da demanda européia pode complicar as coisas no mercado interno. Long prevê também que a vantagem de ter alguns cortes com preços que podem ser historicamente altos pode trazer como conseqüência outros problemas a nível do mercado europeu. “Pode gerar um período de transição onde haja uma grande quantidade de negócios fechados a preços altíssimos que depois gerem atritos com os próprios compradores europeus”.
É por isso que Long insistiu que a medida adotada na semana passada pelas autoridades da UE “é uma vantagem relativa em curto prazo, mas podem surgir ameaças dentro dos países, quanto ao relacionamento interno com os governos, geradas pelos aumentos nos preços”.
A carne bovina uruguaia vem se valorizando no mundo, principalmente dentro dos países da UE. “Na Europa se produz menos carne e isso fez com que os preços subissem, mas a carne uruguaia também se valorizou por mérito próprio. O Uruguai realizou muitas coisas boas quanto à qualidade do produto e quanto ao marketing, sendo que hoje tem um bom posicionamento neste mercado”, comenta Long.
Porém, o posicionamento da carne uruguaia não é igual em todos os países da UE. “A Itália prefere a carne brasileira à uruguaia e o Reino Unido compra mais a uruguaia, mas também importa do Brasil. Assim, pode haver variações quanto à valorização dentro do (próprio) mercado”.
O perfil exportador do Uruguai está mudando. Durante o primeiro mês do ano, o principal mercado de carne uruguaia foi a Europa, enquanto nos anos anteriores, os Estados Unidos era o principal mercado. Também a Rússia ganhou mais importância e “segue muito ativa”, disse Long. “A Rússia importará maior volume que no ano passado porque não está podendo aumentar a produção. Também há uma tendência de maior consumo e não resta outra alternativa que não importar”.
0 Comments
Já comentei sobre isso, venderemos bois para o Uruguai e eles farão a entrega, é triste, mas se querem assim!
Por que eu estou cançado de ser humilhado, de ser chamado de destruidor da natureza, explorador de trabalho escravo, inimigo do planeta. Se eles destroíram tudo para crescerem, agora vem com lição de moral, nos deixem crecer em paz.