Com o embargo europeu, frigoríficos brasileiros correm para ampliar a entrada em mercados com grande potencial de compra, a exemplo da Rússia, países do Oriente Médio, Egito, Venezuela e Hong Kong. É para esses locais que eles pretendem direcionar a produção que antes ia para os países da União Européia (UE).
Com o embargo europeu, frigoríficos brasileiros correm para ampliar a entrada em mercados com grande potencial de compra, a exemplo da Rússia, países do Oriente Médio, Egito, Venezuela e Hong Kong. É para esses locais que eles pretendem direcionar a produção que antes ia para os países da União Européia (UE).
Reportagem de Érica Polo, do Diário do Comércio e Indústria/SP, informou que as exportações brasileiras para muitos desses mercados já vêm aumentando nos últimos três anos. Para o Irã, por exemplo, as vendas externas nacionais de carne bovina in natura saltaram de US$ 11,8 milhões em 2005 para US$ 145,2 milhões no ano passado. A Venezuela, outro mercado promissor para a carne brasileira, importou o equivalente a US$ 19,2 milhões em 2005; no ano passado, a cifra atingiu os US$ 124,6 milhões, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
“Os países que têm maior demanda hoje são os mercados emergentes e aqueles cuja economia está baseada no petróleo”, avaliou o superintendente de relações com investidores do frigorífico Minerva, Ronald Aitken.
Para o JBS Friboi a lista de mercados compradores a curto prazo inclui Hong Kong como sendo outro destino interessante para o redirecionamento de exportações.
São países que consomem maior volume de carne dianteira, cujo preço é mais baixo, enquanto os europeus importam cortes nobres. “O fato de os europeus pagarem melhor não quer dizer que não exista demanda por carnes nobres em outros mercados”, lembrou Aitken, do Minerva.