Ontem o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez declarações, no mínimo, bombásticas para a cadeia produtiva da carne. As críticas aos exportadores de carne bovina foram feitas na Comissão de Agricultura do Senado. "Hoje eu tenho certeza disto: eles (frigoríficos) exportaram para a União Européia carne rastreada e não rastreada", disse.
Ontem o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, fez declarações, no mínimo, bombásticas para a cadeia produtiva da carne. As críticas aos exportadores de carne bovina foram feitas na Comissão de Agricultura do Senado. “Hoje eu tenho certeza disto: eles (frigoríficos) exportaram para a União Européia carne rastreada e não rastreada”, disse.
O ministro aproveitou para conclamar os frigoríficos exportadores a liderarem o processo de rastreabilidade dos rebanhos. “Se os frigoríficos não liderarem o processo de rastreabilidade, ela não acontece. É preciso fidelizar clientes, ou seja, fornecedores e pagar um adicional”, defendeu, admitindo saber do embargo desde o ano passado. “Naquela época as posições foram colocadas de forma muita rígida e não conseguimos mudá-las”, justificou.
Já a senadora Kátia Abreu criticou o ex-ministro da Agricultura Pratini de Moraes, que atualmente preside a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). “Eu queria saber se a Abiec está triste ou feliz com essa lista Schindler (lista de fazendas)”, disparou, numa alusão ao filme que conta a história de como Oscar Schindler conseguiu salvar judeus da morte durante o Holocausto.
Para ela, o embargo vai reduzir os preços no mercado interno, o que favorece os exportadores.
A senadora ainda pediu que o governo brasileiro não entregue a lista à UE e que mantenha uma posição mais dura de negociação. O argumento é que o bloco não terá de quem importar carne, caso o Brasil não aceite as regras impostas. De acordo com Katia Abreu, a UE importa 725 mil toneladas por ano e 50% desse volume é do Brasil.
O Brasil não pode aceitar as determinações sem questioná-las. “Nós não somos vassalos desse pessoal”, criticou a senadora.
As informações são de Fabíola Salvador, da Agência Estado.
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Gostaria de saber o que um senador, um deputado, governador, secretário da Agricultura e entidades podem fazer para impedir que se fale e se faça tanta besteira?
O governo está perdido e quem paga a conta somos nós!
Trabalho com certificação desde 2002! Pergunto: quem vai pagar o meu investimento esses anos todos? Só a minha carteira dentro da certificadora, conta com cerca de 150 (cento e cinquenta clientes)!
Todos os produtores me perguntam: Estou na Lista?
Não tenho nem o que dizer a eles!
“Hoje eu tenho certeza disto: eles (frigoríficos) exportaram para a União Européia carne rastreada e não rastreada”, disse o Ministro da Agricultura, veja então como seria o comércio de carne se o Ministro for levar em frente o pronunciamento que realizou em Londrina, dizendo que, quem irá inspecionar a carne dentro do frigorifico será o Controle de Qualidade e Responsável Técnico pelo Frigorífico.
Já disse há oito dias atrás , quando do artigo sobre rastreabilidade : vamos bater panela, vamos derrubar o ministro ! O grilo falante quer ajoelhar pra UE. Pelo menos o nosso presidente gosta de churrasco ! Ele podia comprar toda a carne e fazer churrasco o dia inteiro ! Aceitamos cartão corporativo !
Mais uma vez se prova que frigorificos são os culpados pelas barreiras impostas a carne Brasileira, depois ficão jogando o consumidor contra os pecuaristas dizendo que nós não cumprimos as normas.
Querem mais bois rastreados dem garantias de preço, pois estamos cansados de imposicões e de pagar a conta sozinhos.
Com um ministro destes, para que inimigo?
Festival de incompetências federais, tudo é feito às pressas, não há planejamento convincente. Apesar disso, é inegável que devemos persistir na rastreabilidade.
Acho que com uma declaração tão infeliz quanto esta do nosso “ilustríssimo” Sr. ministro da Agricultura, podemos ter uma noção do real motivo da falta de capacidade do governo brasileiro de mudar as posições que foram “colocadas de forma muita rígida” pela U.E desde o ano passado sobre as restrições às importações da carne brasileira para este bloco.
Uma autoridade brasileira deveria estar contribuindo para o crescimento socio-econômico do Brasil (crescimento este comandado pelo PIB e do qual 25% é proveniente do Agronegócio) e não fazer declarações vãs e que, mesmo caso sejam verdadeiras, acabam por abranger uma série de estabelecimentos que não compartilharam da mesma, conseqüentemente, prejudicando-os também e abalando ainda mais a imagem do Brasil no mercado internacional.
Táticas protecionistas de mercado sempre foram aplicadas em um mundo capitalista como o nosso. E quem cede à força acaba sendo submisso e explorado pelos fortes. E é isso que o governo brasileiro está fazendo: cedendo.
A imagem do produtor, do rebanho, dos frigoríficos e do Brasil está abalada. E o foi por falta de pulso firme de um governo diplomaticamente inexperiente, que um grupo de produtores irlandeses conseguiu restringir a entrada da carne brasileira na Europa (até então sua maior concorrente devido à melhor qualidade e aos preços mais acessíveis) acabando, assim, por comprometer as estratégias de mercado brasileiro fazendo com que este ao invés de conquistar cada dia novos países tenha que regredir a reconquistar a confiança de velhos.
O mercado de alimetos é baseado na confiança do consumidor naquele alimento, e uma vez que esta confiança é abalada para que se consiga reestruturá-la requer um investimento muito maior do que o inicial e um tempo que podem ser fatais (e já está sendo) a produtores, certificadoras, frigoríficos e muitos outros que se incluem neste segmento.
Declarações como esta devem ser retaliadas com auxílio da mídia e posições mais firmes e patriotas de nossos governantes reclamadas por nós mesmos para que não sejamos “marionetes nas mãos de palhaços”.
Sábias palavras essas do Ministro da Agricultura da Irlanda!
Ah, o Reinhold Stephanes é Ministro da Agricultura do Brasil?
Pobre da cadeia produtiva da carne bovina brasileira.
Resumindo, pessoas erradas, nos lugares errados, nas horas erradas!
Sr. Ministro, gostaria muito de saber, quem faz a inspeção da carne, não é alguém do ministério? A liberação para excportação, não é do ministério?
O Sr. falou dos frígorificos exportando carne rastreada e não rastreada, não teria ninguém do ministério evolvido? Ou este desserviço, foi para tentar derrubar preço da carne para cesta básica.
Ministro leia acima, batemos novo recorde de exportação de carne in natura, no mês passado. Sabe porque ministro, temos a melhor carne do mundo.
É lamentavel a situação que chegamos, se um ministro que comanda um órgão que libera guias de esporção através de inspeções, dizer uma besteira ou uma sinceridade destas, o que podemos esperar do nosso governo que faz de tudo para a nossa agropecuária não dar certo, porque quem quer dar comida para seus eleitores, não poderia mesmo pensar de outra maneira.