Enquanto não resolver o impasse da carne bovina, a União Européia (UE) não pretende avaliar a suinocultura catarinense. Com isso, o setor também perde com o embargo à pecuária, segundo o pecuarista e presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. "A principal questão hoje é de credibilidade. O Brasil precisa reconstruir sua credibilidade", disse.
Enquanto não resolver o impasse da carne bovina, a União Européia (UE) não pretende avaliar a suinocultura catarinense. Com isso, o setor também perde com o embargo à pecuária, segundo o pecuarista e presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Carne Suína (Abipecs), Pedro Camargo Neto. “A principal questão hoje é de credibilidade. O Brasil precisa reconstruir sua credibilidade”, disse.
“Estive duas vezes em Bruxelas em 2007 e só escutei isso: precisávamos colocar ordem no Sisbov. O pleito do setor de suínos de ser avaliado como possível exportador para a União Européia está paralisado como resultado dessa pendência”, emendou.
Segundo Camargo Neto, erraram os pecuaristas, que aceitaram conviver com um sistema claramente com irregularidades que todos conheciam; erraram os frigoríficos, que não ajudaram a implantar o sistema; erraram os governos estaduais, que produziram listas de propriedades imperfeitas; errou o ministério, muitas vezes, muitos anos.
Ele ainda defende uma rastreabilidade com sistema mais moderno e eficiente, dentro dos moldes de certificação de processos das normas ISO. “Mas negociar agora uma alteração exige a credibilidade que perdemos”.
Além de tudo isso, o pecuarista acredita que é um equívoco imaginar que o Brasil é fornecedor imprescindível. “Eles importam menos de 10% da carne bovina que consomem, o que representa ao redor de 2% da proteína animal, pois são grandes consumidores de aves, suínos e pescados. Não importar do Brasil provocaria uma alta de preços em alguns cortes, uma retração da demanda e um ajuste entre consumidores de alto poder aquisitivo. O boi da Irlanda se valorizaria”, argumentou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.