O mercado do boi gordo opera em ambiente fraco, registrando-se uma forte pressão de baixa.
A oferta de animais terminados ainda é irregular na maioria das praças, porém os compradores alegam que não há como repassar o custo de aquisição dos animais para a carne, impondo constantes recuos.
Em São Paulo, o preço referência do boi gordo passa a ser R$57,00/@, a prazo, para descontar o funrural. Ainda é possível conseguir R$58,00/@ nas mesmas condições de pagamento, dependendo do tamanho, qualidade e localização do lote.
Em geral as escalas de abate vão sendo formadas para 4 dias, incompletas em várias regiões. Os frigoríficos, remanejando os animais, conseguem espaço para os ajustes.
Como o consumo de carne bovina, ao menos no curto prazo, não dá sinal algum de melhora, a sustentação dos preços irá depender essencialmente de uma forte redução na oferta de animais terminados.
Somente nesse início de ano, a desvalorização do boi gordo, na média das 24 praças pecuárias pesquisadas pela Scot Consultoria, já chegou a 2%.
O resultado só não é mais significativo em razão da valorização de 8% registrada na Bahia. Os compradores baianos, em função da estiagem prolongada e do alto custo do frete (na média 50% superior ao cobrado em São Paulo), enfrentam grandes dificuldades para acertar as matanças.