EUA: JBS responde à criticas de produtores

A JBS Swift & Co., divisão da JBS-Friboi dos Estados Unidos, localizada em Greeley, Colorado, quer responder aos grupos que afirmam que as aquisições planejadas pela empresa poderiam ter um impacto negativo aos pecuaristas e aos consumidores de carne bovina, disse o vice-presidente para relações com o Governo e industriais da JBS Swift, Chandler Keys na quarta-feira.

Ele disse que executivos da companhia estão se reunindo com criadores de bovinos no Colorado e região para enviar a eles a mensagem de que os investimentos da brasileira JBS S.A. nos EUA é uma coisa boa. “Eles acreditam na indústria de carne bovina dos EUA”.

Os comentários de Keys foram feitos um dia depois de o grupo que defende a indústria de bovinos, R-CALF (Ranchers Cattlemen Action Legal Fund United Stockgrowers of America), anunciou que enviou uma carta ao Departamento de Justiça dos EUA pedindo que este “considere fortemente bloquear o acordo”.

No começo de março, a JBS Swift & Co. anunciou planos de comprar a National Beef Packing, as operações de carne bovina da Smithfield Foods e a Five Rivers Ranch Cattle Feeding. O acordo colocaria a JBS como a maior empresa processadora de carne bovina do país. O acordo também reduziria o número de grandes produtores de carne bovina nos EUA de cinco para três – além da JBS, a Cargill Meat Solutions e a Tyson Foods.

A porta-voz do Departamento de Justiça, Gina Talamona, não respondeu à carta, mas disse que o Departamento está avaliando a transação proposta.

O editor da revista comercial industrial Cattle Buyers Weekly, Steve Kay, disse que não acredita que a carta terá muito impacto no acordo. Ele disse que acha que o Departamento de Justiça aprovará o acordo.

A carta afirma que o acordo prejudicará os criadores de bovinos e os consumidores de carne. No entanto, Kay disse que a aquisição poderia na verdade beneficiar os consumidores. “Ter três ou quatro importantes participantes no processamento de carne bovina significa que eles podem operar com eficiência e fornecer carne bovina aos consumidores norte-americanos a um preço que esses possam pagar”, disse Kay.

Ele disse também que não é incomum ter apenas três competidores principais em outras indústrias, dizendo que não está preocupado com qualquer possibilidade de que o Departamento de Justiça bloqueie o acordo. A reportagem é do site Greeleytrib.com.