As exportações de carne bovina in natura a Hong Kong, de 46,4 mil toneladas até maio deste ano, com receita de US$ 100,4 milhões, mostram o crescimento do consumo do produto pelos chineses, já que o país é plataforma para reexportações para o resto da China.
As exportações de carne bovina in natura a Hong Kong, de 46,4 mil toneladas até maio deste ano, com receita de US$ 100,4 milhões, mostram o crescimento do consumo do produto pelos chineses, já que o país é plataforma para reexportações para o resto da China.
O país deu um salto no ranking dos maiores compradores da carne brasileira, aparecendo em terceiro agora. Entre janeiro e maio do ano passado, Hong Kong ocupou a 12ª posição no ranking de destinos de exportação de in natura levando em conta o volume e a 11ª posição se verificado valor exportado.
“Sem dúvida que os números também refletem aumento de consumo na China, já que Hong Kong não consome sozinha o volume que importa. Uma das cidades mais ricas da China, Shenzhen, tem população de 10 milhões de pessoas e faz divisa”, comentou o presidente da Câmara de Comércio Brasil-China de Desenvolvimento Econômico, Paul Liu.
Além do preço competitivo, a carne bovina ganha espaço porque o jovem chinês aprecia alimentos diferenciados. “Há mais de 200 milhões de jovens, número maior que o da população brasileira”, informou Liu.
Para o diretor comercial do frigorífico Independência, André Skirmunt, o salto no ranking não reflete somente aumento de consumo. “Houve uma situação de mercado que também contribuiu. Hong Kong passou a comprar do Brasil alguns cortes nobres que importava de outros países, como o filé mignon, porque os preços do produto brasileiro estão melhores”, apontou.
O Independência obteve receita de US$ 18 milhões com exportações para Hong Kong no acumulado de 2008 – cifra 35% superior ao mesmo período de 2007, informou Érica Pólo, do Diário do Comércio e Indústria/SP.