No primeiro semestre, com os preços das commodities agrícolas oscilando bastante, o interesse pelos contratos agropecuários na BM&FBovespa aumentou. "A volatilidade dos principais mercados agropecuários tem atraído mais investidores", diz Ivan Wedekin, diretor de produtos do agronegócio e energia da BM&FBovespa. "Há um choque de demanda no mundo, e isso tem puxado os preços para cima".
No primeiro semestre, com os preços das commodities agrícolas oscilando bastante, o interesse pelos contratos agropecuários na BM&FBovespa aumentou, fazendo o número de negociações quase dobrar em relação ao mesmo período de 2007. Foram negociados 1,661 milhão de contratos, ou 92,6% a mais que o registrado entre janeiro e junho de 2007. O volume de transações superou em 6,9% o acumulado até setembro.
Segundo notícia do Valor Econômico, em junho, o volume de negócios, 379,5 mil, foi novamente recorde para um único mês, superando em 13,3% o alcançado em maio. Em relação a junho de 2007, o crescimento foi de 106,3%. O volume financeiro atingiu, US$ 6,16 bilhões, montante 22,6% maior que o de maio e 221,8% em relação ao de junho de 2007. O boi gordo foi mais uma vez o destaque, com 212,3 mil contratos negociados e volume financeiro de US$ 4 bilhões.
“A volatilidade dos principais mercados agropecuários tem atraído mais investidores”, diz Ivan Wedekin, diretor de produtos do agronegócio e energia da BM&FBovespa. “Há um choque de demanda no mundo, e isso tem puxado os preços para cima”.
Como tem ocorrido nos mercados internacionais, esse movimento atraiu a atenção de investidores que até então não tinham como foco as commodities agrícolas. “Liquidez gera liquidez”, afirma Wedekin.
As negociações de boi gordo ajudam a exemplificar esse cenário. Na ponta de compra, os investidores institucionais, entre os quais estão os fundos, responderam por 22,7% dos negócios em junho. Um ano antes, essa fatia foi de 17,1%. Pessoas jurídicas não-financeiras, categoria representada por frigoríficos e empresas ligadas à cadeia produtiva, caíram de 31,2% para 23,2%. No mercado futuro, a participação de quem efetivamente produz ficou diluída.