A crise da carne em Mato Grosso do Sul, provocada pela drástica redução dos abates de bovinos, atingiu frigoríficos e também as distribuidoras, responsáveis pelo fornecimento do produto a açougues e grandes varejistas (redes de supermercados).
Segundo reportagem do site MS Notícias, a crise da carne em Mato Grosso do Sul, provocada pela drástica redução dos abates de bovinos, atingiu violentamente também as distribuidoras, responsáveis pelo fornecimento do produto a açougues e grandes varejistas (redes de supermercados).
Ontem pela manhã a River Alimentos deu aviso prévio para 120 funcionários, enquanto outras duas distribuidoras, a Zacarias e a Comarella, deram férias coletivas a seus funcionários. Em Três Lagoas, o Frigorífico Margem dispensou 180 empregados.
O BeefPoint entrou em contato com o Margem, que não confirmou as informações e não quis comentar a notícia. Na unidade de Três Lagoa a informação é que o gerente, que pode comentar o assunto, só estará na unidade na próxima segunda-feira.
As informações são do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Campo Grande, Rinaldo de Souza Salomão. Segundo ele os trabalhadores estão apreensivos com esse quadro crítico que se apresenta no Estado.
Sobre as notícias veiculadas na imprensa quanto à demissão nos frigoríficos, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (FAMASUL), Ademar Silva Junior, explicou que mundialmente, o preço dos alimentos tem uma tendência de crescimento. “A carne é um entre vários produtos que estão sendo valorizados devido ao aumento do dólar e do petróleo”, destacou o presidente.
Ademar lembrou ainda da competitividade entre os frigoríficos. Conforme o presidente, o pecuarista teve que ser mais eficiente em seus negócios e absorverem cinco anos de prejuízos para manter-se na atividade. “Os pequenos e médios frigoríficos, matadouros e distribuidores precisam de representação para torna-los mais eficientes e competitivos”, destacou o presidente.
Quanto a “crise da carne”, Ademar comentou que “não há crise”. Ele afirma que a situação já era prevista.