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Doha: EUA propõem limite de US$ 15 bi para subsídios

A representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, propôs nesta terça-feira (22) um limite de US$ 15 bilhões por ano no pagamento de subsídios aos produtores agrícolas americanos, como forma de fazer avançarem as negociações na Rodada Doha de liberalização do comércio global. A proposta anterior dos EUA era de adotar um teto de US$ 16,4 bilhões em pagamentos de subsídios.

A representante comercial dos Estados Unidos, Susan Schwab, propôs nesta terça-feira (22) um limite de US$ 15 bilhões por ano no pagamento de subsídios aos produtores agrícolas americanos, como forma de fazer avançarem as negociações na Rodada Doha de liberalização do comércio global. A proposta anterior dos EUA era de adotar um teto de US$ 16,4 bilhões em pagamentos de subsídios.

Atualmente, o limite dos EUA para as subvenções à agricultura é de US$ 48 bilhões, mas a representante americana reconheceu que nunca foi desembolsada essa quantia. Por outro lado, ela disse que há cerca de cinco anos essas ajudas alcançaram US$ 24 bilhões. Os países do G20 (grupo de países emergentes, liderado por Brasil e Índia) consideram adequado um limite de US$ 12 bilhões para os subsídios aos agricultores americanos.

“Em troca de um acesso ambicioso aos mercados, estamos prontos para reduzir nosso apoio interno que distorce o comércio a US$ 15 bilhões”, disse Schwab, em entrevista durante o segundo dia de reuniões de representantes de países-membros da OMC (Organização Mundial do Comércio). “É um passo muito importante, que damos de boa fé, à espera das propostas dos outros”, afirmou.

A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia, considera “razoável” a proposta dos Estados Unidos para reduzir até US$ 15 bilhões suas ajudas agrícolas, disse o porta-voz de Comércio europeu, Peter Power. Se gundo ele, a União Européia pode mostrar disposição semelhante, reduzindo em 60% suas tarifas aduaneiras sobre produtos agrícolas, contra os 54% que já haviam sido anunciados.

Para o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o primeiro dia da retomada das negociações da Rodada Doha foi “sem surpresas, mas também sem idéias. Estamos no mesmo ponto anterior da reunião”, afirmou Amorim. “Talvez tenha sido uma reunião necessária, era preciso fazê-la, mas realmente e totalmente inútil do meu ponto de vista, porque não ouvi nenhuma idéia nova, nenhuma sugestão”, afirmou.

Schwab foi mais positiva ao comentar o primeiro dia de discussões. “Alguns países começaram a falar realmente do que podemos fazer, centralizando-se no que podem fazer e no que não podem”, declarou.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

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