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FGV prevê tendência de desaceleração da inflação

A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) entrou em processo de desaceleração, e o índice acumulado nos últimos 12 meses deverá arrefecer nos próximos até setembro. De agosto de 2007 a julho deste ano, o IGP-DI tem alta acumulada de 14,81%, maior índice desde outubro de 2003, quando alcançara 15,77%.

A inflação medida pelo IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna) entrou em processo de desaceleração, e o índice acumulado nos últimos 12 meses deverá arrefecer nos próximos até setembro. De agosto de 2007 a julho deste ano, o IGP-DI tem alta acumulada de 14,81%, maior índice desde outubro de 2003, quando alcançara 15,77%.

Diante do quadro mais positivo, o economista da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Salomão Quadros alertou que a queda não significa que a inflação acabou, já que alguns índices macroeconômicos, como a pressão da demanda, continuam influentes no cenário geral.

“A tendência dos IGPs, por ora, é continuar em desaceleração. Mas a situação não é confortável, os estoques estão baixos e o mercado fica mais suscetível a alterações. Estamos voando em condições de tensão”, afirmou.

O IGP-DI teve desaceleração em julho, registrando alta de 1,12%, ante elevação de 1,89% em junho. No ano, o índice acumula alta de 8,35%. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira pela FGV.

O resultado teve influência decisiva dos preços no atacado, que pelo IPA (Índice de Preços por Atacado) subiu 1,28%, contra 2,29% em junho. A desaceleração foi generalizada e indiscutível, avaliou Quadros. Os alimentos desaceleraram para 0,28%, depois de alta de 2,66% no mês anterior. O destaque ficou por conta dos produtos in natura, que caíram 2,54%, depois de crescerem 5,64% em junho.

“Muitas dessas quedas já estão chegando ao varejo”, observou Quadros.

Entre os alimentos processados, que variaram de 1,68% em junho para 1,25% no mês seguinte, a influência nessa queda ficou por conta das carnes. A bovina, que havia aumentado 9,47%, desacelerou para 2,68% em julho. As aves tiveram aumento de 2,67%, ante alta de 4,06% em junho. No mesmo ritmo vieram o leite industrializado (de 1,34% para -0,67% em julho) e o óleo de soja refinado (de -0,89% para -1 ,22%).

Entre os bens intermediários, que desaceleraram de 2,59% para 1,86%, a influência decisiva foi dos fertilizantes, que aumentaram 0,59%, depois de subirem 6,95% em junho. Nos últimos 12 meses, acumulam alta de 86,91%.

No estágio de matérias-primas brutas, que no geral desaceleraram de 3,33% para 1,39%, Quadros destacou o menor ritmo de alta da soja (10,17% para 2,01%) e a maior queda do preço trigo (-2,47% para -5,68%). Os bovinos desaceleraram de 11,29% para 3,53%, e o leite in natura caiu 2,59%, depois de ter apresentado alta de 0,56%.

“No IPC, há mais espaço para o alimentos baixarem”, completou Quadros.

As informações são da Folha de S. Paulo.

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