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Abiec busca aproximação com o Mapa e treina fiscais

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) está treinando, desde segunda-feira (18), 70 médicos veterinários -- 47 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e 23 do setor privado -- para harmonizar os critérios de aplicação e auditoria do sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle sanitário (APPCC). O objetivo da Abiec é ajudar o Mapa a se adequar às regras exigidas pelos norte-americanos e restabelecer a equivalência às regras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que aguardam mudanças no sistema de defesa sanitária do Brasil para reabrir as importações da nossa carne industrializada, fechada desde o dia primeiro de agosto.

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) está treinando, desde segunda-feira (18), 70 médicos veterinários — 47 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e 23 do setor privado — para harmonizar os critérios de aplicação e auditoria do sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle sanitário (APPCC). O objetivo da Abiec é ajudar o Mapa a se adequar às regras exigidas pelos norte-americanos e restabelecer a equivalência às regras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que aguardam mudanças no sistema de defesa sanitária do Brasil para reabrir as importações da nossa carne industrializada, fechada desde o dia primeiro de agosto.

O treinamento será ministrado pela empresa americana HCG (Hacpp Consulting Goup), uma consultoria de segurança de alimentos, na superintendência do Mapa, em São Paulo. Todos os custos serão pagos pela Abiec.

De acordo com o diretor executivo da entidade, Luiz Carlos de Oliveira, desde a posse da nova diretoria da Abiec que a entidade vem restabelecendo a aproximação com o Mapa no sentido de ajudar os técnicos da Inspeção Federal e indústrias exportadoras a por em prática os controles sanitários exigidos pelos principais mercados compradores do Brasil.

“O Brasil é o maior exportador do mundo. O setor privado deve se aliar aos fiscais federais para garantir as exigências dos nossos importadores”, diz Luiz Carlos. As expectativas da entidade com relação à receita cambial de 2008 permanecem no patamar de US$ 5 bilhões. O diretor da Abiec se mostrou otimista com o desempenho das exportações nos próximos cinco meses, pois a União Européia habilitou mais fazendas, o Chile já programou uma visita a estabelecimentos brasileiros com vistas à abertura daquele mercado, fechado desde 2005, e o Peru também pretende mandar uma missão ao Brasil. Com relação aos Estados Unidos, o diretor executivo da Abiec acredita que em setembro as exportações para os americanos estarão normalizadas.

A receita cambial com as exportações de carne bovina em julho de 2008 foi de US$ 513 milhões. Este resultado representa um crescimento de 52,78% em relação a julho de 2007. No mesmo período do ano passado a receita foi de US$ 336 milhões. Os embarques foram de 195 mil toneladas, 1% maior do que o volume embarcado em julho de 2007, cujo embarque foi de 193 mil toneladas.

No ranking dos países importadores de carne in natura no período de janeiro a julho, a Rússia manteve a liderança no embarque em volume, com 352 mil toneladas e em valor, com US$ 863 milhões. A Venezuela aparece em segundo lugar, com US$ 204 milhões em valor e 77 mil toneladas em volume embarcado.

As informações são da Abiec.

0 Comments

  1. Carlos José Pedrosa disse:

    Senhores,

    Essa questão de adequação às normas de fiscalização exigidas pelos norte-americanos pode ser resolvida de maneira bem prática. O Brasil poderia adotar as mesmas regras, valendo para todos os produtos, tal como eles fazem por lá. Assim, muitos agrotóxicos, proibidos nos Estados Unidos, não seriam vendidos livremente no Brasil, prejudicando o meio-ambiente e a saúde dos trabalhadores rurais.

    Se fosse assim, as indústrias de agrotóxicos não teriam de que reclamar. O que não podem fazer lá, também não poderiam fazer aqui. Quanto à fiscalização na cadeia produtiva da carne bovina, as pseudo-autoridades precisam aprender a trabalhar. Sempre quem paga a conta do prejuízo é o produtor. Os incompetentes ficam apenas coçando a cabeça, sem entender nada, porque eles realmente não sabem nada.

    É a minha opinião!