Os investidores que apostaram nas empresas do agronegócio com capital aberto perderam mais que o Ibovespa desde o dia 30 de junho. Levantamento feito pelo Centro de Informações da Gazeta Mercantil e pela Economática, mostra que até o dia 21 deste mês, o índice Bovespa teve uma queda de 13,9%. Já a média das 24 empresas do agronegócio com capital aberto na Bolsa analisadas perderam 17,6% no período.
Os investidores que apostaram nas empresas do agronegócio com capital aberto perderam mais que o Ibovespa desde o dia 30 de junho. Levantamento feito pelo Centro de Informações da Gazeta Mercantil e pela Economática, mostra que até o dia 21 deste mês, o índice Bovespa teve uma queda de 13,9%. Já a média das 24 empresas do agronegócio com capital aberto na Bolsa analisadas perderam 17,6% no período. Especialistas apontam que a queda nos preços das commodities nos últimos meses mudaram as perspectivas em torno do setor e foi um dos fatores que derrubaram os preços dos papéis no período.
A Laep, empresa que controla marcas como Parmalat e Paulista, teve uma queda de 43,61% no período, saindo de R$ 2,66 para R$ 1,50. Os papéis da companhia tiveram um forte recuo após a divulgação do último balanço, onde o aumento do custo com matérias-primas e a dificuldade em repassá-los reduziram a margem de lucro explica Luciana Leocádio, analista da Ativa Corretora. “A maioria das empresas que atuam no setor de lácteos e carnes tiveram problemas por causa do aumento nos custos”, avalia. É o caso da Marfrig (-14,2%), do Minerva (-10,5%), e do JBS (-15,1%).
Ela explica que a Perdigão, que caiu 7,2%, sentiu mais a pressão dos custos dos lácteos por causa da aquisição da Eleva no ano passado. “Mas de maneira geral todo o setor de carnes e lácteos foi fraco”.
No caso das agrícolas, a SLCagrícola, que liderou a rentabilidade no setor durante o primeiro semestre caiu 23,9% no período analisado, de R$ 32,00 para R$ 24,35. “Isso ocorreu porque os principais produtos que a empresa trabalha como soja e milho caíram muito nos últimos meses. Isso gera uma certa insegurança entre os investidores”. Comenta Luciana Leocádio.
Entre as sucroalcooleiras, os papéis da açúcar Guarani caíram 33,3%, de R$ 10,09 para R$ 6,73. O problema apontado foi a queda nos preços do açúcar.
A matéria é de Roberto Tenório, foi publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.