Mercados Futuros – 22/08/08
22 de agosto de 2008
Nelore Brasil: ACNB apresenta as características da raça Nelore Mocho (Vídeo)
26 de agosto de 2008

Noruega aprova controle de desmatamento do Brasil

Vista por autoridades brasileiras como exemplo do que fazer com as riquezas do petróleo, a Noruega vê o Brasil como modelo do que fazer no combate ao desflorestamento. O governo norueguês se dispõe a pagar para apoiar e acompanhar a experiência brasileira, e pensa em exportar esse conhecimento a outros países de floresta tropical. Quem afirma isso são o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, e o ministro de Meio Ambiente do país, Erik Solheim. Eles viajam em setembro ao Brasil para apoiar o recém-criado Fundo de Preservação da Amazônia.

Vista por autoridades brasileiras como exemplo do que fazer com as riquezas do petróleo, a Noruega vê o Brasil como modelo do que fazer no combate ao desflorestamento. O governo norueguês se dispõe a pagar para apoiar e acompanhar a experiência brasileira, e pensa em exportar esse conhecimento a outros países de floresta tropical. Quem afirma isso são o primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, e o ministro de Meio Ambiente do país, Erik Solheim. Eles viajam em setembro ao Brasil para apoiar o recém-criado Fundo de Preservação da Amazônia.

“Nos impressionou o que o Brasil tem feito em biocombustíveis e com a preservação da floresta”, diz o primeiro-ministro Jens Stoltenberg. “Vocês estão muito além de qualquer outro país nesse tema”, confirma o ministro Solheim. “Há experiências positivas que podemos usar no Congo, em Papua-Nova Guiné e em outros países da América Latina.”

Os noruegueses sabem do aumento recente da taxa de desmatamento e das ameaças à floresta, mas Solheim argumenta que não existe em nenhum outro lugar do mundo um mecanismo tão sofisticado de acompanhamento em tempo real, por satélites e relatórios periódicos, do que acontece nas áreas de mata tropical. A criação do fundo de proteção da Amazônia, discutido nos últimos meses entre autoridades brasileiras e norueguesas, também impressiona o governo de lá.

Embora haja ministros na coalizão governista norueguesa que temem apoiar agricultores na floresta, governo e organizações não-governamentais do país concordam que o combate ao desmatamento no Brasil deve incluir apoio monetário a atividades econômicas alternativas para as populações amazônicas. “Já passamos da fase de projetos-piloto, localizados”, comenta o secretário-geral da ONG Amigos da Terra na Noruega, Jan Odegard. “Com o dinheiro destinado pela Noruega para enfrentar a mudança de clima, temos de financiar políticas nacionais contra o desmatamento”, diz ele, que vê o Brasil como possível “modelo para o mundo”.

Para ele, o Brasil, mesmo com “problemas”, avançou impressionantemente nos mecanismos de policiamento e repressão à derrubada das matas. “É importante ter iniciativas positivas ao lado da fiscalização”, endossa o coordenador da Amigos da Terra para a Amazônia, Torkjell Leira, que critica apenas o pequeno número de representantes da sociedade civil no conselho gestor do fundo brasileiro, dominado pelo governo.

O ministro brasileiro do Meio Ambiente, Carlos Minc, já declarou que o Brasil receberá US$ 100 milhões, dos cerca de US$ 600 milhões anuais que a Noruega pretende destinar, por cinco anos, à projetos de redução das emissões de carbono, mas o primeiro-ministro Jens Stoltenberg afirma que a quantia a ser doada ao país ainda é segredo, a ser revelado durante a visita ao Brasil, em setembro.

O apoio da Noruega a projetos de meio ambiente é defendido pelo país como uma maneira de compensar a contribuição negativa, para o meio ambiente, da indústria de petróleo – principal atividade econômica, responsável por 24% do Produto Interno bruto e 50% das exportações norueguesas.

As informações são de Sérgio Leo para o jornal Valor Econômico.

Os comentários estão encerrados.