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Faesc denuncia problemas com identificação de animais em SC

O presidente da entidade, José Zeferino Pedrozo, diz ter sido informado por vários pecuaristas que, em alguns escritórios da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), os brincos de identificação dos animais estão em falta.

Problemas na identificação do gado catarinense, exigida pelo governo do Estado, estariam comprometendo boa parte dos cerca de 180 mil criadores em Santa Catarina. O alerta é da Federação da Agricultura do Estado de SC (Faesc), após tomar conhecimento da situação através de reuniões com sindicatos rurais de todas as regiões.

O presidente da entidade, José Zeferino Pedrozo, diz ter sido informado por vários pecuaristas que, em alguns escritórios da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de SC (Cidasc), os brincos de identificação dos animais estão em falta.

Em outros, a estatal estaria com estrutura deficitária para atender à demanda. Um terceiro problema seria o fato de o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), onde devem ser registrados os animais destinados à exportação, não reconhecer o sistema catarinense.

A identificação de todos os cerca de quatro milhões de bovinos em Santa Catarina é uma exigência principalmente dos países da Europa, em especial a Itália, para importarem os animais vivos do Estado. Assim, no fim do ano passado, através do Projeto de Rastreabilidade dos Bovinos e Bubalinos, havia sido firmado um compromisso com a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) de todo o rebanho estar identificado. Santa Catarina é o único Estado brasileiro que possui o seu próprio sistema, pois pretende manter a condição de ser também o único livre da febre aftosa sem vacinação.

Assim, a partir de 1º de outubro, todo gado catarinense precisará do brinco para poder transitar pelo Estado. Os que não tiverem a identificação deverão ser abatidos.

O presidente da Cidasc, Edson Henrique Veran, contesta os problemas levantados pelos sindicatos rurais e repassados ao presidente da Faesc. Segundo ele, devido à alta demanda, pode realmente estar faltando brincos em alguns municípios, mas isso se resolve facilmente, com o remanejamento de materiais entre os escritórios da empresa.

Quanto à falta de estrutura da Cidasc, Edson Veran também discorda, e lembra que foram contratados 250 funcionários terceirizados para dar suporte aos produtores até o fim de setembro, quando acaba o prazo para identificação dos animais. De março até agora, aproximadamente 60% do rebanho catarinense foi identificado, e Veran garante que os 40% restantes serão beneficiados em tempo.

“A responsabilidade de identificar o gado é do produtor. Ele vai à Cidasc, informa o número de animais, que é conferido em nossos registros, e leva os brincos. Sem a identificação, o gado estará clandestino e será abatido, pois estará colocando o rebanho catarinense em risco. Mas não adianta, por exemplo, um grande produtor pedir centenas de brincos poucos dias antes do término do prazo, pois ele poderá ficar sem naquele momento”, conclui o presidente da Cidasc.

As informações são do Diário Catarinense.

0 Comments

  1. Roni Barbosa disse:

    Gostaria apenas de esclarecer que o Projeto de Identificação dos Bovinos e Bubalinos de Santa Catarina representa o atendimento ao compromisso assumido pelos governos federal e estadual, através do Ministério da Agricultura junto à Organização Mundial de Saúde Animal – OIE, como um requisito para a obtenção da certificação de “Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação”, em maio de 2007.

    Além disso é de fundamental importância para a execução de um adequado e moderno programa de defesa sanitária animal, a partir da identificação individual das quatro milhões de cabeças.

  2. Edgard Pietraroia Filho disse:

    Todos temos que parabenizar e incentivar a iniciativa do Governo do Estado de Santa Catarina, pois são atitudes serias e firmes que levaram o estado a ter hoje classificação nobre junto a OIE. Problemas são certos e com certeza serão resolvidos e devemos todos da cadeia produtora se envolver, ajudar e fazer com que o programa tenha êxito, dando mais um verdadeiro exemplo para o resto do Brasil.
    Quanto a integração do sistema e a reconhecimento das numerações do SISBOV para quem quer certificar a propriedade, sem comentários, só nos resta mais uma vez aguardar a adequação do sistema federal.